domingo, 29 de abril de 2012

Coisas que só a Déia faz por você - parte III

     Sábado de chuva e frio na região, dia perfeito pra ficar enfurnada em casa. Mas o sábado foi cheio. De manhã, depois de sair do consultório, fomos até Horizontina, num almoço do motogrupo do qual o Bruno faz parte. Já na chegada, abaixo de chuva, fiquei incumbida de levar a papinha da Laura, e o Bruno levou ela na cadeirinha do carro e a sacola dela pra dentro do salão da AABB.

     Aqui começa a minha saga do dia: caí um tombo na entrada do salão, digno de vídeo cassetada do Faustão, com direito a reprise e comentário do ex gordo chato. Não me perguntem como, mas consegui bater as pernas, a barriga, braços, mãos, costelas e os peitos no chão. Salvei os dentes por instinto. A papinha voou longe e ainda bem que estava congelada, se não a Laura iria ficar sem almoço. Fiquei estatelada no chão molhado, sem conseguir respirar e agradecendo aos céus por pouca gente ter presenciado o tombo. Fui acudida pelo Bruno e pelas duas únicas testemunhas oculares do fato. Tudo certo, mas o peito esquerdo, avariado devido aos últimos acontecimentos, ficou dolorido.

     Á tarde, fui ao chá de fralda do Antônio, que nasce provavelmente final de maio, filho dos compadres Ado e Dica. Estava muito bom! Reencontrei pessoas bacanas, conheci outras muito legais e fiquei o tempo todo com a Laura no colo, fato que me deixou com os braços e os ombros cansados.  Quase todas as mulheres estavam com bebês de até 1 ano e o burburinho foi grande. Acho que as que não têm filhos ainda devem ter se assustado um pouco com o furdunço. Uma hora fui juntar um brinquedo da Laura que caiu no chão e dei com a testa na cadeita do lado. Ok, nem doeu! Só rendeu boas risadas e um gancho pra eu contar do meu tombo de horas antes.

     Fomos convidados pra jantar com o Ado e a Dica, mas tive que vir pra casa buscar o Bruno porque levei a chave do outro carro comigo, na bolsa (coisa de loira, os precunceituosos já iriam dizer...). Tomei uns dois cálices de vinho, nada que comprometesse as minhas faculdades mentais, mas que me deixaram "solta", digamos assim. Depois da janta, voltamos pra casa. O Bruno ficou com medo que eu caísse outro tombo daqueles e por isso trouxe a Laura no colo e eu o resto: a sacola dela, a minha bolsa, a cadeirinha do carro... mas o melhor ainda estava por vir. Vim na frente pra poder abrir a porta do apartamento, mas passei do nosso andar e continuei subindo as escada, pensando na morte da bezerra. Dali à pouco o Bruno começou a me chamar e perguntar pra onde eu estava indo. Como assim? Pra casa, respondi. "Então desce um lance de escadas que a nossa casa é aqui, no andar debaixo".  Desci rindo, pois não me restava muita coisa a fazer.

     Pra completar o dia, fui organizar o banho da Laura e consegui bater o nariz no box do banheiro quando fui pegar o balde cheio d'água pra colocar na banheira. Aí me sentei no vaso e dava altas gargalhadas! Que dia!!

     Hoje amanheci com uma dor no corpo semelhante ao primeiro dia de academia e com um galinho de leve na testa. Pelo jeito vou me lembrar deste sábado pelos próximos dias... Ainda bem que a Laura saiu ilesa de tudo isso. Agradeço à Deus por ter um marido mais centrado, com a cabeça no lugar e menos desastrado do que eu e por ele estar perto quando a lei de Murphy resolve me achar.  

    
    

    

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