domingo, 29 de abril de 2012

Coisas que só a Déia faz por você - parte III

     Sábado de chuva e frio na região, dia perfeito pra ficar enfurnada em casa. Mas o sábado foi cheio. De manhã, depois de sair do consultório, fomos até Horizontina, num almoço do motogrupo do qual o Bruno faz parte. Já na chegada, abaixo de chuva, fiquei incumbida de levar a papinha da Laura, e o Bruno levou ela na cadeirinha do carro e a sacola dela pra dentro do salão da AABB.

     Aqui começa a minha saga do dia: caí um tombo na entrada do salão, digno de vídeo cassetada do Faustão, com direito a reprise e comentário do ex gordo chato. Não me perguntem como, mas consegui bater as pernas, a barriga, braços, mãos, costelas e os peitos no chão. Salvei os dentes por instinto. A papinha voou longe e ainda bem que estava congelada, se não a Laura iria ficar sem almoço. Fiquei estatelada no chão molhado, sem conseguir respirar e agradecendo aos céus por pouca gente ter presenciado o tombo. Fui acudida pelo Bruno e pelas duas únicas testemunhas oculares do fato. Tudo certo, mas o peito esquerdo, avariado devido aos últimos acontecimentos, ficou dolorido.

     Á tarde, fui ao chá de fralda do Antônio, que nasce provavelmente final de maio, filho dos compadres Ado e Dica. Estava muito bom! Reencontrei pessoas bacanas, conheci outras muito legais e fiquei o tempo todo com a Laura no colo, fato que me deixou com os braços e os ombros cansados.  Quase todas as mulheres estavam com bebês de até 1 ano e o burburinho foi grande. Acho que as que não têm filhos ainda devem ter se assustado um pouco com o furdunço. Uma hora fui juntar um brinquedo da Laura que caiu no chão e dei com a testa na cadeita do lado. Ok, nem doeu! Só rendeu boas risadas e um gancho pra eu contar do meu tombo de horas antes.

     Fomos convidados pra jantar com o Ado e a Dica, mas tive que vir pra casa buscar o Bruno porque levei a chave do outro carro comigo, na bolsa (coisa de loira, os precunceituosos já iriam dizer...). Tomei uns dois cálices de vinho, nada que comprometesse as minhas faculdades mentais, mas que me deixaram "solta", digamos assim. Depois da janta, voltamos pra casa. O Bruno ficou com medo que eu caísse outro tombo daqueles e por isso trouxe a Laura no colo e eu o resto: a sacola dela, a minha bolsa, a cadeirinha do carro... mas o melhor ainda estava por vir. Vim na frente pra poder abrir a porta do apartamento, mas passei do nosso andar e continuei subindo as escada, pensando na morte da bezerra. Dali à pouco o Bruno começou a me chamar e perguntar pra onde eu estava indo. Como assim? Pra casa, respondi. "Então desce um lance de escadas que a nossa casa é aqui, no andar debaixo".  Desci rindo, pois não me restava muita coisa a fazer.

     Pra completar o dia, fui organizar o banho da Laura e consegui bater o nariz no box do banheiro quando fui pegar o balde cheio d'água pra colocar na banheira. Aí me sentei no vaso e dava altas gargalhadas! Que dia!!

     Hoje amanheci com uma dor no corpo semelhante ao primeiro dia de academia e com um galinho de leve na testa. Pelo jeito vou me lembrar deste sábado pelos próximos dias... Ainda bem que a Laura saiu ilesa de tudo isso. Agradeço à Deus por ter um marido mais centrado, com a cabeça no lugar e menos desastrado do que eu e por ele estar perto quando a lei de Murphy resolve me achar.  

    
    

    

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Refeição

     Agora sim! Podemos dizer que a Laura fez sua primeira refeição!! Hoje tentamos novamente dar a papinha gostosa que fiz ontem pra ela e obtivemos êxito. Ela comeu um bom tanto e só não comeu mais porque eu achei por bem ir aos poucos. Ao todo deu meia colher de sopa de papinha.

     Como tudo na vida dos bebês é baseado em rotina (que diga a hora de dormir da Laura), resolvemos instituir uma rotina também na hora do almoço dela. Primeiro nós dois almoçamos calma e tranquilamente e ela fica no cadeirão brincando. Quando terminamos de almoçar, é a vez da neninha. Hoje, em especial, cada vez que ela engolia uma colherada inteira, fazíamos a maior festa. Elogiamos bastante e incentivamos ela comer mais e mais.  Rolou até um chá de camomila no final da refeição, mas, como aconteceu com a papa, a primeira reação não foi das melhores. Amanhã tentaremos dar o chá novamente.

     E me empolguei! Já estou ansiosa pra fazer a papa de amanhã! Vou virar especialista em papinhas infantis, pois já tenho umas quantas receitas de tal iguaria gastronômica. Vou sair do consultório e ir ao mercado comprar abobrinha, mandioquinha... 

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Pernoite fora de casa

     No sábado passado foi a primeira vez que a Laura dormiu fora de casa. Fomos na festa de aniversário das amigas Vania, Lu e Mari e deixamos a pequena aos cuidados da vó Mari. A mãe e o pai estavam na casa da Nona, em Tuparendi. Então na hora combinada arrumei a sacola da Belezinha e a levei pra casa da Nona. Depois das devidas instruções, voltei a Santa Rosa e fomos pro evento.

     A festa estava muito divertida, e todos perguntaram pela Laura. Ao responder que ela estava com a avó, me dava um aperto no peito em saber que quando nós voltássemos pra casa ela não estaria lá. Fiquei a noite toda com o telefone à postos e como a mãe não ligou nenhuma vez, percebi que tudo estava correndo bem.

     Quando chegamos em casa, tive que me segurar pra não ir até Tuparendi e buscar a Laura. Só não fui porque o vento estava gelado lá fora. Achei um pecado tirar ela do quentinho da cama e ainda pegar a estrada com ela de madrugada.

     Muito estranho não ter a Laura em casa. Mais estranho ainda acordar cedinho da manhã com os peitos cheios de leite e não amamentar a pequena. Fiquei meio perdida, sei lá...

     Fomos ao encontro da nossa bonita às 10 h da manhã de domingo e recebemos o relatório da vó Mari:: na mamada da meia noite, ela não curtiu muito o Nan, dormiu a noite toda como de costume, já na mamada das 6 da matina, tomou tudo porque estava dormindo. E na das 9 da mahã, não teve o que fizesse ela tomar a mamadeira com o Nan. O titão tinha que entrar logo em ação. E assim foi feito.

     Tudo na mais perfeita ordem. Agora sabemos que ela se comporta bem quando dorme em um lugar diferente e que podemos deixá-la de vez em quando com os vovôs pra podermos nos divertir.

A 1ª Páscoa da Laura

    


     Não ando sendo uma mãe muito aplicada em se tratando de registros forográficos. Deixei passar a Páscoa sem tirar nenhuma foto da Laura com a família. Mesmo não sendo nada ligada nessas datas religiosas e tal, afinal de contas foi a primeira Páscoa da neninha.

     Acho que consigo me redimir por meio dos relatos escritos mesmo.
Este ano me escapei da função ''Pascoal'', não teve marcas das patinhas do coelhinho pelo chão, nem pistas  nem ninho escondido pela casa. Tenho que providenciar um coelho e coisas referentes à Pascoa pra enfeitar a casa no ano que vem.



O banho delícia no ofurô, presente dos tios de Sampa.



    Já que a Laura ainda não conhece os prazeres do chocolate, a tia Nanda e o tio Jan trouxeram de pra ela nessa Páscoa um presente um tanto quanto diferente: um ofurô infantil. Trata-se de um balde com a boca mais larga e cheio de desenhos, onde o bebê fica sentadinho, se divertindo muito e obviamente, molhando todos os que se encontram perto. Alegria total!  Da vó Lulu e do Vô Bruno ela ganhou um super cercadão inflável, que vai ficar na casa deles esperando pelas visitas da Laura. Da tia Márcia, o presente foi uma joaninha de pelúcia que virou o xodó da Belezinha. A Ana Joana (assim a joaninha foi batizada) é o brinquedo inseparável da Laura desde o domingo.


A nova geração dos Bruns na casa da Nona: Martina, Isabelli (a mais pequerrucha) e Laura.

 
     No mais nos revezamos entre Tuparendi e Santa Rosa, entre os Salas e os Bruns. Deu pra cansar.
Ah! Já ia esquecendo! A Laura tomou um beliscão na bochecha da Martina. Amor de primas...

A cabeleira da dinda Moni na Laura.
 
     Na semana posterior à da Páscoa, os dindos Tuchos deram o ar da graça em Santa Rosa. Novamente não me antenei de tirar uma foto bonita dos dindos, da Belezinha e do primo Luca. Sei que na náquina deles tem um monte de fotos, mas nenhuma que eu tenha acesso por enquanto. Das poucas fotos que eu bati, as acima mostram a dinda Moni colocando mechas de cabelo na faixa da Laura, deixando-a mais cabeluda ainda.

Sexto Mês!!! A primeira papinha

Delícia de papinha!

     Hoje nossa pequena completa seis meses de vida.  Como já citado no post anterior, a levamos na pediatra ontem. Aí estão as medidas da bonita: 6 Kg e 61 cm. Tudo certo no seu desenvolvimento. Sobre as assaduras, estamos fazendo tudo o que a Dra. Maria Antônia recomendou, e elas estão cedendo, as "partes íntimas" da Laura estão melhorando.

     Em comemoração aos seis meses, hoje introduzimos papinha no cardápio da Belezinha. Por causa das assaduras, a Dra. disse pra começarmos com as papinhas salgadas ao invés das frutas (por elas serem ácidas). Receita da primeira papinha: arroz, batata, cenoura e frango, tudo devidamente amassado com o garfo e feito com todo o amor e carinho pela mamãe. O papai Bruno foi quem deu a papinha pra ela. Ou melhor, tentou dar, porque ela não gostou muito da novidade. Já sabíamos que a primeira reação não seria das melhores, mas que foi engraçado, ah foi...

     O que ela queria mesmo era o bom e velho titão, e depois da primeira tentativa da papinha, coloquei ela no peito e foi só alegria.  O sofá, as almofadas e o babeiro ficaram cheios de pedaços de batata e cenoura, mas nada que um pano úmido não resolveu depois.

     As outras novidades são a variedade de palavras no vocabulário da Laua: aiaiaiai, eieieiei, ditos em alto e bom som e geralmente com uma das mãos na boca.

terça-feira, 24 de abril de 2012

Assaduras do mal

     No domingo, antes de irmos à Santo Ângelo, eu e o Bruno notamos que a Laura estava começando a ficas assadinha. Passamos a pomada indicada pela pediatra e eu e ela pegamos a estrada.
     
     Na noite de domingo pra segunda, ela não dormiu nada bem. Acordou várias vezes durante a noite, chorava muito e só pegava no solo depois de um tempo razoável e no meu colo. Na segunda feira de manhã, vi que a assadura tinha piorado e liguei pra pediatra na mesma hora. Fui orientada a fazer banho de luz pra ajudar a pele a se regenerar. E assim foi feito.

     A Laura é tão querida que não reclamava das assaduras, só chorava na hora da troca de fraldas. Hoje levei ela pra fazer a consulta dos 6 meses (amanhã) e pra mostrar as assaduras. Diz a Dra. Maria Antônia que pode ser rotavirus. E já que as crianças são vacinadas contra ele, um dos sinais clínicos deixou de ser diarréia sereva (que requer internação)  e passou a ser caracterizado pelas fezes ácidas, que causam as assaduras feias que a Laura tem.

     Vamos ter que fazer alguns exames pra confirmar se é rotavirus mesmo, mas os cuidados com a bundinha e a titaca dela começaram hoje mesmo. Limpar com chá de camomila e intercalar com 3 pomadas diferentes contra as assaduras do mal. Banho de sol a partir danhã cedo e com a lâmpada do abajur de tarde e de noite.

     Fora esse probleminha, nossa Belezinha está cada vez mais querida. Amanhã posto sobre os 6 meses da bonita.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Os talentos da mamãe

     Há algumas semanas gravei um áudio pra um comercial do consultório que passa em uma rádio local aqui de Santa Rosa. Escrevi uma paródia do clássico "coelhinho da páscoa o que trazes pra mim...", cantei e o Severo fez a mão com aquela aparatologia genial que ele tem. Pra quem não conhece, o Serevo (ou Paulo Severo) é o radialista mor da cidade, além de ser nosso amigão e vizinho. Ele tem um estúdio musical completo em casa com programas de computador que fazem coisas do arco da velha com músicas, vozes e afins.

     O comercial ficou no ar por duas semanas e eu fiquei muitíssimo orgulhosa de participar da "confecção" dele. Coloquei pra todo mundo escutar e até recebi elogios pela minha afinação!

     E hoje participei da gravação de mais alguns áudios, brilhantemente escritos pelo Severo. Foi rapidinho mas muito divertido. Ele me dirigiu, coordenou as falas e a entonação das vozes que eu deveria  fazer. Interpretei aquela voz sexy do aeroporto e a de uma bruxa, que modéstia a parte, ficou perfeita!!!

     Agora posso contar pra Laura quando ela crescer que além de deixar os sorrisos das pessoas mais bonitos e escrever com o coração, a mamãe também é boa de gogó.

Suculenta parte II - a missão

     Podem me chamar de suculenta mor. Ao invés de emagrecer depois da gravidez, meu peso aumentou. Recapitulando: quando a Laura fez 1 mês, faltavam 4 kg pra eu voltar os meus cinquentinha de sempre. Agora estou pesando 55,600 Kg. Semana passada troquei as roupas de verão pelas de inverno no guarda roupas, aí reavi as minhas calças ''das antigas''. Me apavorei quando tentei vestir a que ficava mais larga. Simplesmente minhas coxas impossibilitaram que eu conseguisse vestir a calça por inteiro. Socorro. Aí vi que a coisa tava feia pro meu lado... marquei hora com a nutricionista pra essa semana e tentei fechar a boca o máximo que consegui até ter a dieta em mãos.

     Eis que ontem de tarde recebo o e-mail com a dieta.  Perguntei pro Bruno se ele queria encarar essa comigo,e depois de ler o cardápio pra ele e fazer as substituições de costume de certos alimentos, ele topou. E já me atraquei a segui-la minuciosamente ontem de tarde mesmo! Comprei tudo o que precisávamos e mandei ver na cozinha.

     O Bruno burlou a dieta já de saída, pois como não comeu nada de tarde, acabou com um pacote de Passatempo enquanto eu preparava nosso lindo prato de salada e o peito de frango grelhado. Mas eu sigo firme e forte. Já tenho as castanhas, as ameixas secas e todo o resto dentro da bolsa.

     Vamos ver se agora volto aos meus almejados cinquenta quilos.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

A hora do banho

     Já comentei que a nossa pequena adora "se banhar". Mas a fase que a Laura está acredito que seja a mais complicada pra dar banho. Vários fatores contribuem pra essa constatação. Primeiro porque a neninha não pára quieta durante o processo, quer brincar com a água e com os brinquedos, faz uma baita bagunça, molha tudo e todos que estão ao redor da banheira. Tem também o fato da Belezinha não se firmar sentada ainda, só fica sentada com ajuda. Então imaginem como é a hora do banho. Tenho que segurar e equilibrar a pequena com uma mão e ensaboar, enxaguar, lavar os cabelos com a outra.  A hora de secar e vestir é outra que está ficando divertida e complexa. Ela conversa muito, coloca a toalha, os pés e as mãos na boca, brinca, se vira, quer ficar de bruços, quer pegar a pomada pra assadura, a escova de cabelo... 
     Quando estamos em Santo Ângelo então... o banho vira uma aventura! Isso porque a banheira que a Nona Mana comprou é inflável, sendo assim não tem aquele cucuruto no fundo que ajuda a criança a ficar sentadinha. Aí ela se esbalda! Corcoveia de um lado pra outro, quase gira 360 graus. Ensaboada fica difícil de segurar!

     Acredito que quando ela conseguir ficar sentada sozinha o banho vai ficar mais tranquilo. Ou não?

domingo, 15 de abril de 2012

Agruras da maternidade II - final feliz

     Voltamos a apresentar: Meu Seio Esquerdo.
    
     Na sexta a noite fui até o hospital mostrar o dito pra Dra. Maria Antônia. Eis o diagnóstico: tratava-se de um nódulo inflamatório causado por obstrução de um ou mais canais onde o leite sai. Consequentemente o aintiinflamatório que ela havia me receitado estava ajudando. Ela também dise que estava bem feio, grande, mas que com a ajuda de Deus, os banhos mornos e um relaxante muscular a bola se desmancharia e tudo voltaria ao normal. Comentei que estava com dores na hora de amamentar daquele lado e ela disse que o meu seio inteiro iria doer e que era pra cuidar pra não rachar o bico do seio. Era o que me faltava!!! Pois o bico começou a me doer mais e mais. Tomei o Miosan (relaxante muscular) e capotei, virei as patas, desmaiei na cama.

     Passei o sábado em função de massagens e remédios, e o bico doendo cada vez mais. Passei uma pomadinha que usei nas primeiras semanas da Laura pra evitar rechaduras nos seios. Santo remédio.
Resumindo: depois de duas noites a base de Miosan e Nimesulida, eis que hoje amanheci sem a bola. Com o passar das horas o incômodo no bico também foi diminuíndo, e agora de noite  a dor está até que bem amena.

     Espero começar a segunda feira com o pé direito e sem dor no peito.

Os créditos deste episódio vão para:
Dra. Maria Antônia: pela dedicação
Bruno, o pai da Laura: pela paciência
Miosan, Nimesulida dispersível e a duchinha do chuveiro: pelos resultados satisfatórios
Laura: por continuar mamando e ajudar a desmanchar a bola

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Agruras da maternidade

     Eita semaminha doída essa. Vamos aos fatos doloridos então:
     Primeiro relato da semana foi a massagem power pra colocar tudo o que quase 9 anos de profissão fizeram com as minhas pernas. Descobri que o movimento que eu faço com as pernas no mocho (a cadeirinha com rodinhas que os dentistas usam pra trabalhar) diariamente, inúmeras vezes por dia detonaram meus joelhos e o restante das minhas pernas. Isso fora a torção no tornozelo que eu consegui fazer em setembro, resumindo: tá tudo fora do prumo. E pra colocar tudo pro seu devido lugar doeu, mas doeu muito. E segue doendo, já que além de ficar com as pernas sensíveis e cheias de marcas arroxeadas, não podia tomar anti inflamatório por causa da amamentação. Escrevi certo, não podia porque o relato a seguir me permitiu a ingestão de tal medicamento milagroso.

     Segundo relato dolorido da semana: leite empedrado. Pelo amor da vaca jérsey.... não há como descrever a sensação se ter o seio com uma bola de tênis dentro. Percebi a bola (ainda do tamanho de uma de ping pong) ontem pela manhã. Mas amamentei e segui com a vida, coloquei a Laura dormir depois do almoço e fui trabalhar. No meio da tarde, não consegui mais atender os pacientes, tamanho era o incômodo e o crescimento visível da bola no meu seio esquerdo.

     Fui pra casa e segui as orientações do Dr. Juarez: banho quente, massagem pra desfazer o caroço e esgotar o leite com a bombinha, amamentando ou ordenhando com as mãos. Depois de vários banhos, massagens e analgésicos, a bola continuava me perturbando. Fui até a maternidade na esperança de que alguma enfermeira bondosa me ajudasse a ordenhar e me livrar da tal bola. As enfermeiras bondosas não me deram a mínima boa e me mandaram falar com o meu obstetra. Liguei de novo pro Dr. Juarez, agora aos prantos, de tanta dor. Ele me receitou um spray nasal que ajuda o leite a descer. Pouco adiantou.  Consegui passar a noite rezoavelmente bem depois de tomar uns analgésicos e de mais uma boa quantia de banhos quentes e massagens no peito.

     De manhã falei com a pediatra da Laura, a Dra. Maria Antônia, que me receitou - quem diria!!! - um antiinflamatório dispersível (que desmancha na boca). Pelo menos agora consigo pegar a Laura no colo e trabalhar. A bola parece não estar mais tão dura (mas segue firme e forte) e a dor agora deu uma amenizada. No final da tarde vou mostrar o peitão pra Dra. e ver o que ela acha.

     Foi só elogiar o titão há alguns dias atrás que deu no que deu... Comentário da minha cunhada Márcia no início da tarde: "Bem vinda à maternidade, meu bem!".

     A seguir cenas do próximo capítulo.

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Mulheres

     Dizem que em todo homem tem uma porção de mulher e vice versa. Concordo plenamente com isso. E na minha vida o meu lado masculino se acentua muito mais que o feminino. Não nos gestuais, mas sim nos pensamentos e atitudes.
     Sou muito prática, decidida e completamente sem  frescura, características essas ditas bem masculinas.  Não gosto de programas tipicamente femininos, como passar horas olhando vitrine em shopping, por exemplo. Sou mais de sentar num barzinho e tomar uma gelada. Quando eu e o Bruno temos um casamento ou uma festa pra irmos, contrariando a maioria, sou a primeira a ficar pronta em casa, quem se atrasa pra se arrumar é ele. Raramente reparo nas roupas, no peso nem nos cabelos das demais mulheres em um evento (a não ser que a fêmea em questão se apresente como um atentado ao bom gosto, claro), quero mais é curtir a festa e dar boas risadas .  Modéstia à parte, Deus me privilegiou com os cabelos lisos e de uma cor legal, então pouco frequento cabeleireiro; o mundo das tinturas, luzes, reflexos, chapinha e afins não me pertence, muito menos as fofocas clássicas dos salões de beleza. Apareço no salão pra cortar o cabelo de 3  vezes por ano, aí aproveito pra fazer uma escova. E só.

     Meu lado feminino aparece na programação da televisão: GNT, novela (obvio!!), séries tipo Desperate Housewives e programas de comidinhas, receitas e afins. E um sinônimo de mulher é a tal de TPM, e ela aparece por culpa do turbilhão de hormônios que toma conta de mim. E quem sabe o que é uma TPM entende que a mulher não ''exala feminilidade'' nesses dias. No meu caso, fico furiosa, com dores de cabeça torturantes, sem o mínimo de paciência... resumindo: nem eu me aguento. Graças à amamentação, estou livre dessa tortura por enquanto (por isso que quero continuar amamentadno por muito tempo ainda).

     Já disse que na próxima encarnação quero nascer homem, pois acho mais fácil a vida deles. Depilação, mestruação, salto alto, celulite, estria... nada disso faz parte do dia a dia masculino. No máximo eles se incomodam com aquela barriguinha de cerveja e olhe lá!

     Agora como mãe de uma menina, por vezes me pego pensando como vai ser quando ela começar a entender o universo feminino e suas milhares de possibilidades. Claro que gosto de colocar roupinhas bonitas na Laura, bebéis no cabelo e tal... mas sem perder muito tempo com essas coisas. Eu quero mesmo é que ela seja bem resolvida, que saiba se cuidar mas sem neuras. Que sim, seja vaidosa, mas que não gaste todo o seu (e o nosso) rico dinheiro em exageros comuns às mulheres (aliás, outra coisa que não me pertence...).  Vou fazer o possível pra que isso aconteça e espero do fundo do coração que, neste caso querer seja poder.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Divino titão

     O aleitamento materno é realmente uma coisa espetacular. Onde quer que se esteja, é só colocar o titão pra fora e pronto, tá feito o serviço. Além de ser uma gostosura ficar com o bebê bem pertinho da gente, ainda é prático, rápido e indolor - depois que se pega a manha.
Uma lata de Nan nos durou 5 meses aqui em casa; eu só uso a mamadeira com Nan quando eu preciso trabalhar e o estoque do meu leite esteja escasso no freezer (o que é raro).

     O ritual que envolve a amamentação materna é uma delícia e muda conforme o bebê vai crescendo. No início, me lembro que a Laura demorava até 1:15 min pra mamar, dormia no meio, eu tinha que acordá-la trocando a fralda, mudando de lado... com 2 meses ela começou a mexer nos seus vastos cachos durante a mamada, agora mexe no meu peito, rosto, na minha gargantilha, nos meus cabelos e nos dela também... a última novidade é o pedido de exclusividade dela na hora "H". Eu não posso falar com ninguém, tenho que dar toda a atenção do momento pra ela, caso contrário ela reclama. Se alguém falar comigo ou a televisão estiver com o volume muito alto, ouço reclamatórias também. E hoje o revezamento quatro por quatro foi instituído pela Belezinha na hora da mamada. Troco de peito quatro vezes, e ainda assim ela precisa de umas paradas pra averiguar o que se passa ao redor.

     Suponhamos que vamos sair com a Laura e que a saída coincida com a hora do mamá. Se ela tomasse só mamadeira, olha a mão que seria: levar na bolsa a água fervida, o leite em pó na medida ou a lata inteira mesmo, a mamadeira e a tampinha interna da mamadeira. Isso contando que vai ter um microondas pra aquecer a água, se não, deve-se manter a água na garrafinha térmica já aquecida antes de sair de casa.  Chegada a hora do mamá: é preciso se deslocar à cozinha ou local aprorpiado mais próximo, misturar tudo, aquecer... faz-se uma labuzeira e ainda se corre o risco de escutar o chororô da pequena esfomeada.

     Agora vamos à mesma situação, porém com o titão em ação: hora da mamada, pega-se a pequena no colo, abro a blusa, o sutiã e pronto!!! Leitinho na temparatura certa, delicioso e pronto pra beber! Pela praticidade do titão, fico com ele e não abro mão!!

     Falando em peito, ainda não sei se é mito ou verdade essa história de que os peitos caem depois da amamentação. No momento, meus peitos não estão como antes (modéstia à parte, sempre gostei dos meus titis...), estou achando eles meio caídos, estranhos... espero que tudo volte ao normal depois dessa fase. Não vou esquentar a cabeça com isso (pelo menos por enquanto).

     Claro que com o passar dos meses, quem sabe o meu leite fique escasso a ponto de termos que abandonar o titi de vez e a Laura tenha que fazer uso da mamadeira diariamente. Mas enquanto isso não acontece... vamos de peito!

domingo, 1 de abril de 2012

A Tao do papai Bruno

     Ontem, dia 31 de março, a Tao Danceteria completou 5 anos. Nesse tempo todo muita coisa aconteceu na nossa vida. Na época da inauguração, eu e o Bruno éramos namorados, depois veio o noivado, o casamento (que teve a Tao como local da festa) e agora a Laura.
     A gente sabe que a vida noturna é "sazonal", e que a cada temporada o ambiente deve mudar, reformas devem ser feitas pra que os frequentadores não enjoem do lugar. Nesses anos todos aconteram várias mudanças na casa, mas mesmo assim sabe-se que a vida útil de danceterias é curta. Por isso estou tão orgulhosa do Bruno pelos 5 anos de sucesso da Tao.

     Trabalhar neste ramo requer muito jogo de cintura, uma dedicação ferrenha e uma responsabilidade enorme. São muitos funcionáris pra gerenciar, clientes pra agradar, estoque pra manter em dia... O maior desafio é encarar aquilo como um lugar de trabalho e não como festa; é fazer festa para os outros e não para si mesmo. O Bruno preenche todos esses requisitos.

     Como bônus ele tem horários bem flexíveis durante a semana, mesmo trabalhando bastante de segunda a sexta, liberdade pra fazer as coisas que ele gosta - como andar de moto - e colabora bastante na hora da ficar com a Laura caso eu não possa estar presente, principalmente pela manhã. Isso sem falar nos grande shows que a Tao trouxe à Santa Rosa. Ver o público curtindo as atrações da casa é empolgante.

     Já como ônus, vem as madrugadas em claro, os feriados que temos que ficar em Santa Rosa por causa das festas, os domingos perdidos pelo cansaço... agora com a chegada da Laura estamos sentindo mais os ônus, mas entendo que é o trabalho dele.

     Espero que a Tao continue firme e forte, que tenha no mínimo o dobro de anos de sucesso e que o Bruno contiunue com a garra e o amor que sempre tocou a casa. Vida longa à Tao do papai!