sexta-feira, 22 de março de 2013

Papo Culinária

     Ontem, depois de um dia de trabalho árduo, o pessoal da equipe Tao/Boliche foi confraternizar com suas excelentíssimas esposas no Bistrô, um lugar aconchegante e com um cardápio de primeira que abriu aqui em Santa Rosa. É o Bistrô do Ricardo, o cara que faz o melhor sushi da região. 

     Estavam lá o Marco, a Andressa e a Bela (que foram embora cedo por causa da Bela, que como toda criança pequena, tem horários e hábitos que necessitam de disciplina), nós sem a Laura (que ficou aos cuidados das vovós corujas Mari e "Lulu"), o Gibran (responsável pelos comes do boliche), a Niara e o Gio (um fofo, querido e comportado).

     Depois dos comes, o Ricardo sentou-se conosco e fechamos a noite brindando com uma espumante, que além de ser uma gostosura, veio numa garrafa lindíssima. Esperadamente, o papo inclinou-se para assuntos relacionados às panelas, pois tínhamos ali dois chefs estudados e entendidos de gastronomia. 

     Entre coelho ao molho de mel e castanhas, até vinhos que custam uma pequena fortuna, passando por queijos que necessitam quase de um financiamento para serem adquiridos, fiquei de boca aberta com o mundo gastronômico. De vez em quando dava uma olhada pro Bruno e tinha a impressão que ele também estava viajando nos tartufos e lambruscos dos chefs. A Niara já está mais familiarizada com os termos que eles usam, por conviver mais neste mundo. Já o casal TurraSala... viajou legal. 

     A impressão que dá é que a gente vive no mundo das cavernas em se tratando de comida. Vestindo roupas de pele de animais, com um pedaço de carne crua nas mãos, uga, uga. É um mundo fascinante, elegante, "phyno", sofisticado e caro, pelo que deu pra perceber na conversa. 

     Fico feliz em adentrar nesse universo, mesmo que seja só dando uma espiada na porta, já que meu negócio são braquetes e fios ortodônticos. Até me viro bem na cozinha, mas espero não ter que cozinhar pros meus amigos chefs.


sábado, 16 de março de 2013

Como andam as coisas

     Meu organismo anda me xaropiando. Já providenciei as consultas, os exames e as providências de praxe. Mas até tudo ficar pronto e descobrir o que se passa realmente, leva um certo tempo. Ando estufada, cansada, irritada, com dor de cabeça constante, chorona, melancólica e saudosa de uma série de lugares e pessoas. Não posso escutar uma música mais calminha que me lavo chorando. 

     Inferno astral? Talvez. Reza a lenda que o mês do aniversário da gente é medonho.
Hormônios? Bem provável, pois as minhas "tensões"  menstruais já descritas aqui me atormentaram de novo nesse mês de março. 

     Gostaria muito de seguir estudando esse ano, depois que a minha pós terminar em maio. Acho que não vai dar. Ok, paciência. Fica pro ano que vem, quem sabe...

     Meus colegas de faculdade resolveram comemorar nossos 10 anos de formados no feriado da Páscoa. Não vou no encontro. Uma porque queria muito que o Bruno fosse comigo, e como nessa data sempre sai festão na Tao, não quero deixá-lo aqui sozinho, trabalhando, enquanto eu faço festa. E tem o boliche, que inaugura por esses dias. Outra por causa da Laura. Tenho que organizar a logística muito bem se quiser viajar pra tão longe (Torres), com ou sem a pequena. E em terceiro lugar, nos formamos em agosto. Vou comemorar no mês 8 e não no mês 3. 

     Mas nem tudo são lamúrias nesse mês de março. Com o falecimento do tio Grilo, pude perceber como a família da Nona tem amigos queridos e como nós nos gostamos. E isso me emociona ao ponto de me fazer chorar só de escrever isso. Estamos todos dando força pra tia Ita, pro Felipe e pra Lari e nos ajudando também, pra que todos possam se recompor o mais rápido possível do acontecido.

     A Laura está uma figuraça. Seu vocabulário está se expandindo dia a dia. Hoje, por exemplo, ela falou "dedo" e "totô" (cocô). Quando termina de tomar o suco, aponta pro copo e diz: "Tudo!!". Hoje ela foi na festinha de 1 ano do Joaquin com a Bruna e o Uri. Fiquei sem a companhia da pequena por umas 3 horas. E ela se divertiu bastante, pelo relato que a Bruna fez.

     Bueno, os resultados de alguns exames saem dia 20. Dia 25 tenho outra consulta. Aguardo melhoras. Enquanto isso, vamos levando.


quarta-feira, 13 de março de 2013

O Paulo

     Mês passado, quando estávamos na praia, em B.Camboriú, tive que ir de lá á Porto alegre pra minha pós.  Na volta, peguei um ônibus leito da Pluma, fiquei na parte de baixo do ônibus de dois andares.  Tinha pouca gente na parte de baixo, e eu fiquei de papo com o Paulo, o cara que sentou do meu lado. Muito gente boa, ele. Desembarquei em Camboriú às 5 da manhã, caí um tombo no corredor do ônibus, acordando o Paulo, que tentou me socorrer. Ainda me perguntou se não tinha ficado nada meu no banco ao lado dele. Respondi que não, desejei boa viagem pra ele (seguiria até Curitiba), desembarquei, peguei um táxi e às 5:20 estava em casa. Só aí percebi que esqueci uma mochila no ônibus, no banco ao lado do Paulo.

     O conteúdo: meu pijama, minha necessaire com maquiagem, protetor solar, escova de dentes, base, rimel..., um par de chinelos, meus óculos escuros e o meu computador velho de guerra. Nele, as fotos dos últimos meses da Laura, todas as fotos de Buenos Aires e todas as fotos dos meus pacientes de ortodontia.

     Liguei na hora pro 0800 da Pluma. A atendente estava de mau humor pelo jeito, mas registrou o meu extravio. Infelizmente não acharam a mochila, e eu fiquei muito triste por causa da minha falta de atenção. O computador já tinha alguns anos e era um peso só, não valia muito, mas fiquei chateada pelo conteúdo dele...

     Volta e meia me lembrava do Paulo e pensava que ele bem poderia ter achado a mochila. Mas os dias foram passando e nada. Dei por perdido mesmo meu computador e bola pra frente.

     Nessa segunda feita acessei o Facebook e vi que tinha um recado do Ama, marido da Cláudia, minha cunhada. Quando comecei a ler, dei um pulo.  Era um recado do Paulo, dizendo que tinha viajado comigo e tal, e tal, e tal e que tinha ficado coma minha mochila!!!! O Ama me encaminhou a mensagem que o Paulo tinha mandado pra ele.  Deixou os números de telefone e eu liguei na hora.
 
     Então fiquei sabendo que o Paulo estava em viagem e não teve tempo de deixar a mochila na Pluma. Andou com ela pra cima e pra baixo até desembarcar em Porto Alegre, quando ligou o computador a fim de conseguir alguma pista de quem eu era.
 
     Santa alma! Sabia que ele era gente boa!! 
Agora no final do mês vou pra Porto Alegre de novo, pra minha aula mensal e pra recuperar as minhas coisas, que estão com o santo Paulo.

quinta-feira, 7 de março de 2013

Perda

     A gente passa o tempo todo se perguntando um monte de coisas, desde a tenra idade. São inúmeros caminhos que podemos seguir, com inúmeras consequências também. Surgem dúvidas a cada encruzilhada, e temos que tomar decisões sempre; nem sempre certas... Mas a única coisa certa nessa vida é a morte.
Nunca esperamos por ela, não queremos ela perto de nós, da nossa família, dos nossos amigos. Mas ela vem, mais cedo ou mais tarde. 

     Dia 2 de março perdemos o tio Grilo. Inesperadamente, rapidamente, inacreditavelmente. Só o tempo vai amenizar esse vazio que ficou dentro de todos nós. 

     Tia Ita, Felipe e Lari: amo vocês. Se eu pudesse, tiraria essa dor dos seus corações. Assim como todos da família. Vocês são pessoas maravilhosas, a família Grila, tão querida por todos. 

     Estarei sempre ao lado de vocês. E vou parando por aqui, que o tio Grilo não iria gostar de ver o pessoal da Nona triste.

Fica em paz, tio. Te amo pra sempre.