sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

É outro nível

     O tempo passa, o tempo voa. Com 4 anos, a Laura está no nível II da Educação Infantil. Desde o final do ano passado, ela chega das aulas cheia das novidades do "nível II".
- Hoje a gente conheceu a sala de aula do nível II.
- Mãe, sabia que no Nível II a gente vai sozinha no banheiro, sem a profe?

     Como as aulas na creche iniciaram no início de janeiro,  adaptação á nova sala e as novas profes foi bem tranquila. E as novidades da nova etapa continuam: ela escreve o nome certinho, com as letras bem desenhadas; os desenhos estão cada vez com mais detalhes e as pinturas estão caprichadas.
- Sabe, né, pai... a gente tá no nível II.
- Sim, tô sabendo.
-Pois é. Tu acredita que o meu colega fez xixi na calça hoje! No nível II!!
Quem a escuta falando assim, acha que só as crianças no Nível I podem fazer xixi ca calça, as maiores nem pensar.
- Sabe que ano que vem eu vou pro nível III e depois eu vou pra outra escola?


     Desde o Nivel I (ano passado), as crianças da escola realizam as atividades numa cartilha. Esse ano, providenciamos a cartilha nova e eu perguntei:
- Filha, já começaram a usar a cartilha?
- A POS TI LA, mãe. cartilha é pras crianças pequenas, Nós, no nível II, usamos apostila.
- Ah, tá... entendi.
- Eu vi as crianças menores usando a cartilha, elas estão naquela sala velha, lá do nível I. E a gente é do nível II. 

     Há algumas semanas, o papo foi esse:
- Mãe, eu já tô grande, né?
- Sim, filha. Tu estás crescendo bastante.
- Então, a gente vai combinar uma coisa: quando a gente chegar na creche, tu não precisa descer e me levar até a porta da escola. Eu vou sozinha. Porque eu já tô no nível II! 

     Desde o dia dessa conversa, quando estamos chegando na creche ela já avisa:
- Pode deixar que eu vou sozinha,
- Mas eu preciso falar com a tia Miti.
Aí ela dá aquela virada de olhos característica e me responde, a contra gosto:
- Tá bom, então...

     Penso cá comigo que ano que vem ela vai me pedir pra deixá-la na esquina... 




quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Segundo post do ano.



     Dizem que o ano só começa mesmo depois do carnaval. Pois se eu levar em consideração a quantidade de vezes que tenho escrito no blog, tenho que concordar. 
Os meses de janeiro e fevereiro desse novo ano tem sido um tanto quanto atribulados, por isso que escrevi tão pouco.
Prometo ser um pouco mais assídua nos relatos, até pra não acabar esquecendo de tudo o que a Laura faz e fala. 



Papos de banho

     Seguido eu e a Laura tomamos banho juntas. Primeiro pela necessidade de auxílio em lavar e condicionar os cabelos (ultimamente ela está se saindo bem nessas tarefas, supervisiono de fora do box), depois porque é um momento que consigo conversar com ela tranquilamente.
Dia desses, estávamos no bem bom do banho quando ela me perguntou:
- Mãe, porque eu não tenho peitão?
- Porque tu ainda és criança.
- E quando que eu vou ter peitão pra poder usar a parte de cima do biquini e ela não ficar subindo?

Boa pergunta! A conversa de alongou para o pós banho, até eu convencê-la que é ótimo usar somente a parte de baixo do biquini.
- Mas quando tiver banho de piscina na escola eu quero usar a parte de cima. Na escola precisa da parte de cima.



O anel de Santa Rosa

     Alguns dias de férias em Santo Ângelo, na casa da Vó Mari e do vô G, em janeiro. Comportamento exemplar.  Não sei especificar qual era a atividade que a Laura estava desempenhando com a vó Mari, mas sei que a mãe me contou que percebeu o olhar cuidadoso da crespa na mão esquerda dela (que tem um aparador e a aliança de casamento no dedo).
- O que foi, Laura?
- Lá em Santa Rosa o anel de casamento é diferente; ele é menor e tem só uma pedrinha (obviamente falando da minha aliança).


O sorvete

Numa tardinha calorosa, levei a Laura pra tomar um sorvete, Chamou a nossa atenção avariedade de sabores que havia disponível. E a apresentação... era espetacular. Impossível não experimentar. No sorvete de morango, um monte de morangões maduros por cima, no de sonho de valsa, bombons picados...
A Laura, depois de pensar um pouco, escolheu o sorvete de KinderOvo, que, como charariz continha o próprio KinderOvo na tijela.
- Vou querer aquele ali.
A garçonete pegou a colher e começou a servir o sorvete no potinho. A Laura acompanhando a atividade, fez um pedido pra ela:
- Tia, tu podia encaixar o KinderOvo na bola do sorvete, junto com a colher?

Destemida

     A Laura foi convidada pra uma festa de aniversário com a temática da Chapeuzinho Vermelho. Além da Chapeuzinho, o Lobo Mau estava presente com o intuito de animar e assustar as crianças. As maiores adoraram brincar com o Lobo, as menores (3 a 5 anos), se escondiam dele, se abraçavam nos pais aos berros. 
Chegando na festa, a Laura deu uma olhada geral no panorama, cumprimentou a aniversariante, deu uma abanadinha pra Chapeuzinho e, puxando o rabo do Lobo Mau, foi se apresentando, sem a menor cerimônia:
- Oi! Meu nome é Laura e é a minha prima que tá de aniversário hoje. 

Castarela e Panvera

     Sábado de manhã, passeio comigo e com a Dinda Ita no centro da cidade. Tínhamos que comprar algumas coisas, e a Laura sugeriu que fôssemos numa loja procurar um presente para um aniversário:
- Vamos lá na Castarela, mãe! Lá deve ter o presente que a gente tá procurando.
- Onde?
- Lá na Castarela, onde tem um monte de brinquedo e um monte de outras coisas.
 A Dinda Ita que se antenou e decifrou o nome da Loja.
- Aquarela, Laura?
- Sim, mas eu valei do meu jeito. 

     Seguimos com o passeio e a crespa deu uma sugestão:
- A gente podia tomar chá lá na farmácia que a Dinda da Camila trabalha.
- Sim, vamos passar lá.
A tia Ita quis saber qual era a farmácia e perguntou pra Laura. 
- A Panvera, tia. Lá sempre tem chá!