quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Janeiro triste

     Tristeza. Essa é a palavra que resume o mês de janeiro. Salvo poucos momentos felizes vividos por mim, o mês que se finda hoje foi difícil de passar.

     O pai que esqueceu a filhinha no carro e faleceu (que era coleguinha de creche da Laura), o estudante de Odonto que há uma semana da formatura foi atropelado e morto e o trágico incêndio na Kiss em Santa Maria deixaram o Rio Grande do Sul com o coração apertado.

     Não consigo encontrar palavras pra expressar o que eu, em particular, estou sentindo nesse momento. Impossível avaliar a dor do pai da bebê, o que se passa da cabeça da mãe dela. E os pais, parentes e amigos do jovem que morreu atropelado... e todos os pais e amigos de todas as pessoas que perderam a vida em Santa Maria.

     Além disso, fico pensando nos donos da Kiss, na carga que eles têm de carregar nos ombros a partir de agora. Afinal, é o ramo do Bruno também. Acompanho de perto tudo que diz respeito á TAO, desde quando surgiu a ideia de de montar uma boate em Santa Rosa. Sei da burocracia que envolve os tais alvarás e quanto foi investido em segurança lá dentro. 

     Ontem ele deu uma entrevista ao RBS Notícias local, mostrando a Tao suas saídas de emergência, sinalizadores e demais itens exigidos pelos Bombeiros e falando que a comunidade pode ficar tranquila, que a casa é um local seguro.

     Que fique registrado aqui também, a seriedade do trabalho do Bruno. Sei que sou suspeita em falar, pois ele é meu marido e admiro ele demais, mas conheço poucas pessoas com a índole tão correta quando ele.

     E vou parando por aqui, que pensar em tudo que aconteceu nesse mês me deixa com um nó na garganta e os olhos cheios d'água. Que venha fevereiro, e sem maiores percalços, por favor.  





quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Promessa pós amamentação

     Prometi que quando parasse de amamentar a Laura iria fazer uma viagem. Eis que o dia chegou. Malas prontas rumo a Buenos Aires. A Laura vai ficar com o Bruno em casa. Ele tem muitas coisas pra fazer em Santa Rosa e não vai poder viajar junto (obra do boliche, show do Papas amanhã...). A neninha começou com uma tosse chata segunda e estará sob os cuidados do pai, da tia Márcia, da Angélica e da vó Mari.

    Os viajantes: eu, Camila e Daniel. Estou com o coração na mão de deixá-la, mas paciência...
Bueno, hasta la vista, baby.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Jabu da Nona

Vantagem de criar filhos no interior: Laura comendo jabuticaba do pé, na casa da Bisa (nona) Sibylla.




segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

O pai

     Depois das festas de final de ano, que pra família TurraSala resumem-se em muito cansaço, saímos do país. Que chique!!! Quem mora perto da Argentina tem que aproveitar. Passamos o primeiro final de semana do ano de 2013 em Posadas. Objetivo: descansar, comer bem e descansar mais um pouco. 

     Conto neste post um história que merece toda a atenção dos meus queridos leitores:
     Estávamos eu, o Bruno e a Laura num restaurante na Costaneira, jantando, quando na mesa ao nosso lado acomodaram-se um homem e uma menina. Calculo que ele deva ter a idade do Bruno mais ou menos. Presumimos que se tratava de pai e filha. Ela, muito comportada, linda, olhando desenho no celular dele e tomando um suco de laranja. Ele, jantando e tomando uma garrafa de vinho (como todos os argentinos que lá estavam).

     Mesmo enquanto jantava e bebericava seu vinho, o cara brincava com a guriazinha, conversava com ela e trocava o desenho do celular de vez em quando. Pensei comigo: deve ser separado da mãe dela e é o final de semana do pai ficar com a pequena...

     Então o Bruno começou a puxar papo com o cara, e a guriazinha a brincar com a Laura. Conversamos por um bom tempo sobre os mais diversos assuntos, inclusive como resolvemos aumentar a família e ter a Laura e ele nos contou um pouco da sua história.

     Ele se chama Lucas, mora em Posadas e estava tri bem com a mãe da Victoria (que hoje tem dois anos e meio e é a cara dele), se davam muitíssimo bem. Conheceram boa parte do mundo juntos, ele era "muy enamorado" dela, tudo certo, e a Victoria nasceu. Quando a pequena tinha vinte dias, sua mãe sumiu. Nunca mais se soube notícias dela. Nem ao menos os pais e irmãos dela sabem onde a mulher se meteu. Depressão pós parto é a explicação mais plausível pro que aconteceu, segundo o Lucas. Ele ficou sem saber o que fazer, com uma criança recém nascida nos braços e sozinho.  Nos contou que levava a filha até o hospital local onde tem banco de leite materno, pois a Victoria ainda mamava no peito. Lá ela era amamentada pelo leite do estoque e por outras mães. A Victoria convive com os avós, tios e tias maternos, é rodeada por muito amor de ambas as famílias e mora com ele. O único temor do Lucas, segundo ele próprio, será o dia que ela irá pedir pela mãe. 

     Eu e o Bruno ficamos estarrecidos com a história. Vá saber o que se passa na cabeça de uma mulher pra abandonar uma filha com menos de um mês. E pior, não dar notícias nunca mais. Será que ainda está viva ou pulou de uma ponte? E os pais dela, como devem estar? E quando a Victória querer saber da mãe, o que o Lucas vai dizer a ela?

     Depois de saber da história desse cara, fiquei pensando em todo o sofrimento que ele passou, que a família da mãe que sumiu passou, do que isso vai acarretar na vida da Victoria no futuro... e desejo pra esses dois toda a felicidade possível.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Novas da Laura

          A Laura está uma figura. Comendo tri bem, brincando sempre e conversando mais ainda. Bebenês, claro, mas é um sarro ver ela dialogando com a gente como se entendêssemos tudo o que ela diz.  Nesse final de ano ela aproveitou muito a companhia dos primos, primas (de primeiro e segundo graus), tios, tias e tios avôs. Tomou muito banho de piscina e foi bastante paparicada por todos.

     Ao mesmo tempo em que fica mais independente a cada dia em certos aspectos, em outros temos que redobrar os cuidados. Escadas, sacadas e degraus em geral são os obstáculos da vez. Trepa em tudo e joga tudo o que encontra pela sacada. Uma noite dessas, o nãna (cobertor amigo) sumiu em casa. Eu e o Bruno reviramos tudo e nada. No outro dia, encontrei o acessório debaixo do carro da vizinha, no estacionamento do prédio. Esses dias a Fran, nossa vizinha do andar debaixo, veio nos entregar uma camiseta da Laura, que caiu na sacada dela. Claro que a neninha tocou a camiseta pela sacada, num momento de distração dos papais.

     A Bella é vítima frequente das brincadeiras e afagos da Belezinha. A diversão é pegar no rabo da Peluda e sair pela casa. Outra coisa que a Laura faz é pegar a guia na mão e levar a Bella pra passear. Com aquela paciência de sempre, a Peluda caminha calmamente, sem puxar a coleira, pra satisfazer a pequena. E quando está na sacada tomando uma fresca, bem tranquilona e a Laura se deita no colo dela? É lindo de ver!

     Ontem ela voltou pra creche, depois de uns breves dias de recesso. Tive que avisar a profe que o copo de transição pra água e suco é coisa do passado. O negócio agora é tomar tudo no canudinho ou direto da garrafinha ou do copo mesmo.     
Limpando a mesa com o pano.
Varrendo.

Comendo, comendo, comendo. Que bom!!!

Peladona, sentada na cadeirinha, brincando de cozinhar.

Os presentes de Natal resumiram-se em apetrechos pra dona de casa. Kit de vassoura, rodo, balde e pazinha, coocktop com panelinhas e tal. A brincadeira da vez é faxinar tudo. Além da vassoura (a predileta) ela pega um pano e sai limpando as mesas e paredes de onde quer que esteja. 

A última novidade: bolinhas de cuspe. Muito calmamente, ela forma a bolinha e emite um som junto, até estourá-la e formar outra. Passa um tempão fazendo isso e acha o máximo.

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

2012

     E finda 2012, o mundo não acabou e o saldo foi positivo no final das contas. Um  ano de muito crescimento pra mim. Há anos que me queixo que não gosto das festas de final de ano, por vários motivos. E em 2012 resolvi "tratar" desta questão. Não atingi os 100% de êxito, mas melhorei consideravelmente as minhas atitudes e pensamentos sobre essa época do ano.
Veio o cansaço, o calor, as andanças pra cima e pra baixo pra nos dividir entre as famílias, as músicas chatas de Natal... e eu firme. Enfeitei a casa com guirlanda etc e tal presenteei e até comprei uma roupa nova pra virada do ano. Mesmo tendo encrencas na vida dignas de novela mexicana (como todo mundo), estou feliz por ter resolvido pendegas que considerava casos perdidos. Ah, que bom!! Menos várias batatas no saco. Sabem a historinha das batatas? Diz o seguinte: a gente sempre carrega um saco conosco. Quando tu não estás feliz com alguma coisa, quando algo ou alguém te incomoda, coloca-se uma batata no saco, e onde formos, tempos que carregar o saco. A regra é esvaziar o saco ao invés de enchê-lo. Esse ano consegui tirar algumas batatas podres de dentro do meu saco.

     Por isso faço minhas promessas pra 2013 e espero cumpri-las.
- Continuar educando a Laura da melhor forma que eu puder (mesmo às vezes não tendo certeza se estou fazendo a coisa certa - eterna dúvida materna...).
- Passar mais tempo com os amigos. Coloquei em prática já no final desse ano. Reencontrei o Eduardo, a Veruska, a Emanuelle e seus maridos, conterrâneos que me receberam de braços abertos e chimarrão quente em Tuparendi. Revi também a Fabi, o Everton e conheci seus gêmeos figura. Quero fazer isso com mais pessoas legais.
- Dividir melhor o tempo em casa, com o Bruno. Negócio novo à caminho será sinônimo de mais trabalho. O Boliche do Bruno inaugura agora em Janeiro, por isso acho que vou ensinar a Laura a derrubar uns pinos, pra podermos ficar mais tempo juntos.
- Continuar estudando.
- Continuar lendo e ler mais pra Laura.
- Ser menos crítica e mais tranquila.
- Fazer umas festas boas com o Bruno, assim como foi o show do Maná , a formatura da Raque e o casamento da Daia e do Tiago em 2012.

     Um ano cheio de realizações, saúde, pila no bolso e alegrias.
Upa da Déia