quinta-feira, 26 de junho de 2014

Histórias da Laura

     Que fase boa! Certamente vou dividir as Histórias da Laura em partes, pois a cada dia ela surge com uma coisa nova. Segue abaixo algumas pérolas da crespa.



     Quando a Laura está brincando de algo muito divertido, ou abraçada à Bella no sofá, ou quando a elogiamos por estar comportada, logo ela diz:
- Tira uma foto então!
E dá um sorriso de orelha a orelha, cruzando as pernas.  Temos uma coleção de fotos desses momentos. Pra quem não mostrava os poucos dentes às câmeras quando era bebê, a crespa está se saindo uma super modelo.

"Tira uma foto da Laura!" Aqui com a Peppa e a "Zouri", deitada sobre o livro.



     Semana do meio ambiente na creche. Era dia de levar uma mudinha pra fazer um amigo secreto entre os colegas. Quando faltava duas quadras pra chegarmos, me lembrei da plantinha, e que tinha esquecido de providenciá-la. 
- Ai, Laura! A mãe esqueceu da plantinha!
     E continuei pensando em voz alta:
- Putz.. e agora? Será que tem um lugar aqui perto onde eu possa comprar uma plantinha? Ou vou ter que voltar pro centro? Mas que coisa... como pude me esquecer??
A bonita, bem acomodada no seu cadeirão, no banco de trás do carro, espalma a mãozinha fazendo sinal de calma pra mim e, responde, pausadamente:
- Tá, tá, tá. A gente vai dar um jeito de conseguir a plantinha. Tudo bem, mãe!



     Há umas duas, três semanas, a Laura brinca de falar no telefone e no interfone de casa com a "Zouri".
- Oi, Zouri! Sim, já abro a porta pra ti! (trepada na caixa de brinquedos pra poder alcançar o interfone)
- Oi, Zouri! Tudo bem contigo? Ahã, eu tô bem sim! (falando no celular de brinquedo)
     Perguntei quem era a Zouri, e ela respondeu que era uma amiga (a qual suponho ser imaginária...). E de onde ela tirou esse nome??  Cheguei a anotá-lo porque volta e meia me esquecia dele. Como ela ficou a semana passada toda em Santo Ângelo por causa da mudança, começou a chamar a boneca Bebezinho (quem lembra da Bebezinho???) que era da Camila de Zouri. Pronto! Boneca devidamente batizada.  A mãe e a Camila também esqueceram o nome "Zouri" e perguntaram uma pra outra, o nome da boneca não vinha à cabeça. Bem na horaa Laura pega o telefone e diz:
- Zouri! Oi! Sim, sim, abro a porta pra ti, sim!


     Enquanto lidávamos no apartamento a fim de deixá-lo pronto, a Laura ficava com a tia Ita, com a Márcia ou com a mãe. Ás vezes ia nos visitar, e se divertia em meio á bagunça. A escada que leva ao segundo andar (ainda) está sem corrimão e sem guarda corpo, o que nos faz limitar a subida dela sozinha até lá. Mas algumas escapadas sempre aconteciam durante a obra. Numa dessas poucas vezes, peguei-a no quinto ou sexto degrau e tive que dar um ralhada, olhando com cara feia pra ela:
- Laura! Tu queres se quebrar toda??
- Não, mãe.
-Então desce já daí. Tu sabes que não pode subir sozinha!
     Ela veio descendo sentada nos degraus, calmamente. Aí, me olhou com cara de pidona, de madalena arrependida, com os olhos baixou e disse:
-Ai, mãe... não fala assim. Eu não quero se quebrar toda, não!



     O Jacson, Jacó pros mais chegados, é uma figura ímpar. Que diga quem o conhece. É um dos melhores (se não o melhor) eletricista da cidade, e tem um jeitão muito peculiar de ser. A Laura morre de amores por ele. Ela pode estar no momento de maior mau humor  e ranço do dia, basta ver o Jacó que tudo fica colorido. Temos visto muito o Jacó no último mês e ontem, quase chegando em casa da creche, o Bruno me disse por celular que o Jacó estava instalando umas luminárias no apartamento.
- Laura, sabe quem está lá em casa?
- Quem?
- O Jacó.
- Ah... o Jacó. Ele é muito lindo.
     Gargalhei contidamente depois de tal declaração. Contei nosso diálogo ao "lindo" e, obvio, ele achou o máximo. 


     Agora no feriado, a Camila estava lendo alguns livrinhos pra Laura, os quais ela já sabe os diálogos de cor. Tem um deles, que trata de uma borboleta que acaba de sair do casulo e tem medo de voar. Os amigos da natureza, passarinhos, formigas, etc... insistem pra que ela tente bater as asas, pois é primavera!! Pois a Laura queria saber quem era a primavera.  A dinda Camila explicou que primavera é uma época do ano, e tal e coisa e coisa e tal. Mas o que a Laura queria saber era onde estava a primavera no livro. Apontava pros desenhos e perguntava:
- Aqui tá a primavera, dinda?
     Não sei se a crespa ficou totalmente convencida do que é primavera, pois a busca por ela continuou durante toda a leitura do livro.




quarta-feira, 25 de junho de 2014

Lar, nosso lar

Enfim, a casa própria! Vamos à uma brave preleção do quadro: em fevereiro, a Família Turra Sala adquiriu o seu imóvel próprio. O mesmo é composto de dois andares (yes, duplex!!), uma área aberta espetacular (com uma vista mais espetacular ainda - vide foto em anexo), 3 dormitórios, 3 banheiros, cozinha espaçosa, área de serviço idem. O imóvel se encontrava aos pandarecos, mas tinha potencial. Previsão da reforma: 3 semanas.   Tempo real da reforma: 3 meses.

Desde o final de maio, eu e o Bruno estamos na lida pra ajudar o cara que está reformando o ap. Pegamos parelho com ele pra podermos nos mudar ainda no mês de junho, na lua boa. Pra quem não sabe, quando se vai abrir um negócio, casar, fazer mudança... deve-se prestar atenção nas fases da lua. Crescente e cheia são as ideais.   Tudo o que fizemos até agora (casamento, Tao, consultório aqui em Santa Rosa, Boliche...) foi na lua certa. Com a mudança pra nossa casa própria não poderia ser diferente.

Enquanto o  faz tudo contratado terminava de instalar o laminado no chão, o pessoal da mudança descarregava os móveis, caixas, sacolas, etc... Como o laminado não estava totalmente pronto, as coisas foram sendo postas onde havia lugar. Resumindo: o caus se instaurou no lar doce lar. Fui à Santo Ângelo trabalhar, quando voltei e vi aquela bagunça, minha vontade era de fechar a porta do apartamento e sair sem rumo. Aos poucos e depois de muito trabalho, consegui encontrar tudo e colocar a casa em ordem.

Hoje, passada uma semana do dia que nos mudamos, temos um banheiro totalmente funcionando, a máquina de lavar em ação, a cozinha pronta e várias coisas inacabadas. O faz tudo sumiu do mapa, deixando pra trás dois banheiros a serem montados, o acabamento do lado de fora das janelas por terminar (o que nos faz despertar junto com os passarinhos, pois ainda não instalamos as cortinas e as persianas não podem ser acionadas até a totalidade do acabamento externo) e o tanque jogado num canto da área de serviço. Enquanto fiquei em Santo Ângelo trabalhando essa semana, o Bruno terminou de instalar os rodapés e demais coisas que pegou a manha de como se faz.

Ainda há muito trabalho até que tudo fique nos conformes, mas estamos felizes, pois essa é a nossa casa, e está com a nossa cara!
Agradecimentos especiais à tia Ita, nossa vizinha nota 10, que nos ajudou muito na lida e ficou com a Laura por tantas vezes. Obrigada também à Dona Lurdinha e à Márcia pela mão, e à mãe, por ter ficado com a Laura na semana da mudança.


Esse pôr do sol faz parte da vista no lar doce lar dos Turra Sala.

quinta-feira, 12 de junho de 2014

Namorados



     Há 9 anos passo o Dia dos Namorados muitíssimo bem acompanhada.

     Na maioria dos dias 12 de junho, o Bruno está trabalhando, por isso as nossas comemorações são atrasadas em um dia, geralmente. Aí cai no dia de Santo Antônio, santo de devoção da Vó Luiza (a vó do Bruno, que nos deixou há 4 anos), o qual virei fã também, pois foi depois de um papo cabeça que  minha mãe teve com ele que eu e o Bruno  "engatamos" o namoro.

     Esse papo com o Toninho (Santo Antônio) ocorreu em 2004, quando eu, recém formada, sem um pila no bolso, estava morando em Porto Alegre e trabalhava nas clínicas falcatruas que existem por lá. Minha situação era um tanto desfavorável: minha auto estima estava no dedão do pé, gorda, comia um boi pela perna (nunca tive tanto apetite na vida), não pegava nem gripe... minha única alegria era o Bruno, que sempre me ligava dos EUA. Dividia o ap com a Camila (minha irmã) e a Preta (minha irmã de coração, amigona de longa data). Tínhamos uma sacada com um varal de roupas instalado pro lado de fora, daqueles sanfonados.  Certa tarde, a mãe foi nos visitar e a escutei  conversando com alguém na sacada e fui ver com quem ela estava dialogando tão fervorosamente. Esse era o final do papo:

- ... então tu faça-me o favor de arrumar alguém de fundamento pra Déia. Ela merece! Vou te deixar aqui pendurado tomando chuva e passando frio até que ela arrume um namorado de fundamento. E nÃao me venha com qualquer um!!!

Perguntei o que ela estava fazendo. Eis a resposta:

- Quero que o Santo Antônio te arrume um namorado que preste. E ele tá sabendo que vai ficar aí ao relento até que esse namorado apareça.

     Algum tempo depois, pedi a ela que voltasse  à Porto Alegre e tirasse o pobre santo do relento; eu e o Bruno estávamos namorando.

 Tenho que agradecer ao universo, à Deus, a mãe (por ter pedido um namorado de fundamento pra mim), ao Santo Antônio... pelo grande homem que eu tenho o prazer em dividir os meus dias.

Te amo, meu eterno namorado!



Casal diver.

quarta-feira, 11 de junho de 2014

Gente fina, elegante e sincera

     Há 11 anos, por intermédio da Tani, minha tia que eu adoro, conheci a Nívea, a Nai e a Carol, pessoas que me identifiquei e gostei desde a primeira vez que as vi. Entrei na turma e as três se tornaram especiais pra mim, daquelas amigas que sei que posso contar à qualquer hora. Já chorei, ri, me diverti, aconselhei, fui aconselhada e sei que por mais longe que estejamos, a amizade que nos une é verdadeira.  A vida se encarregou de levar cada uma pra um canto, mas internet e telefone servem pra amenizar a saudade.

     Por intermédio delas, conheci mais um monte de gente legal, que há anos não encontrava. O primeiro sábado de maio foi o dia que pude reencontrar alguns deles, no  aniversário da Nivea, comemorado em Viamão.

São eles:

     A Carol (acima citada) e o Artur, seu excelentíssimo esposo. Revejo as figuras depois de passarem uma temporada de 1 ano em Paris. O tempo foi curto pra colocarmos todos os assuntos em dia, mas nas minhas próximas idas à Porto Alegre, iremos regularizando os que ainda ficaram pendentes.

     A Malu, filha da Nivea, que tá uma mulher. Conheci a criatura quando ela tinha uns 5, 6 anos. Agora está toda toda, de namorado (ou não, vá saber...), linda, no auge dos seus 15, 16 anos, por aí. 

     A Adri, irmã da Nivea. Gravidinha da Amanda, consegui dar um abraço nela e desejar uma boa hora (que por sinal foi ontem de noitinha; mãe e filha passam bem, segundo a titia Nivea).

     A Cris e o Marcelo, irmãos divertidíssimos. A Cris é uma figura, contadora de histórias do tempo do Ariri Pistola. O Marcelo se parece muito comigo no quesito "velhice". O programa perfeito pra reunir o pessoal, na sua opinião,  seria à tarde, em casa, aconchegado num bom cobertor, degustando um chá de boldo. Ah! Me vi falando a mesma coisa!    

     A Carla. Me lembro dela dançando no GPowers. Agora ela me deu dicas de filmes e dei altas risadas com os papos dela.  De quebra conheci o marido da Carla, outro Marcelo.  

     O Ricardo, par da Nivea de muitos carnavais atrás. Um cara muito gente boa, parceiro, engraçado e friorento, como eu. Acho que ele também gostaria de um chá e de um cobertor. 

     A Camila e o Paulo, um dos casais mais legais que eu conheço. Umas figuras! Conversamos sobre nossas viagens (pra perto e pra longe), ri muito com eles e descobri que o Paulo volta e meia dá uma chegada em Santa Rosa. Já intimei ele pra tomar uma gelada, um vinho ou até um chá de boldo lá em casa.   

     O Lizandro: é daquelas pessoas que tu se acalma só de olhar pra ele. Fez o papel de promoter da festa. Gerenciou a atenção da aniversariante nas mesas e fez a social. Pelo que sei, ele está morando um sítio com horta e tudo mais. Meu sonho na vida. Conheci a Carol, mulher dele. Achei ela tri gente boa, apesar de termos conversado pouco. 

     Enfim, espero que eu possa rever essa galera com mais frequência, pois foi muito bom passar algumas horas com eles.  E que não demore mais tanto tempo! 

Do contra

     Então amanhã começa a Copa do Mundo Fifa 2014, no Brasil. Faço parte do grupo de não concorda que tal evento seja feito aqui, mas como meu voto não elegeu esse governo que aí está e portanto não me representa, a única coisa que me resta fazer é lastimar. Ou melhor, nem isso, pois sei que vão me chamar de chata pra baixo. Os que concordam com a papagaiada estão tão eufóricos que minha opinião pouco importa pra eles. Espero que os que dividem da mesma opinião, sintam-se um pouco melhores por não estarem sozinhos nessa.

     Não concordo com a construção de um monte de estádios de futebol em Estados que não tem sequer um time que os represente, não concordo com o investimento de bilhões e bilhões, sendo que "falta verba" pra educação e saúde. E principalmente, sou contra, completamente contra os desvios e maracutaias nacionais que envolvem a copa e o padrão Fifa de ser.

     Li vários artigos em revistas, blogs e afins, declarações de pessoas conhecidas ou nem em redes sociais que  defendem ou criticam a Copa no Brasil. Respeito a opinião de quem torce, mas ainda discordo. A maioria diz que devemos revindicar mudanças em Outubro, nas urnas. Com isso eu concordo. Acontece que a Seleção Brasileira de Futebol periga ganhar o campeonato, e o povo brasileiro certamente esquecerá da grana desviadas, das maracutaias e de todo carnaval feito com o dinheiro  público. O resultado? Veremos em outubro...

     O Brasil não funcionará durante os jogos da Seleção Brasileira.  Fábricas, lojas, empresas... a maioria de tudo o que faz o país produzir, decretou ponto facultativo durante os jogos. Se alguma gestante entrar em trabalho de parto durante os 90 minutos em que o jogo estiver acontecendo, provavelmente a equipe médica vai se dividir entre as contrações, as respirações e os pênaltis.  Escolas, creches, repartições públicas... todos estarão com os televisores ligados assistindo a bola rolar, menos eu. Não irei assistir a nenhum jogo da copa, nem torcer pra nenhuma seleção. Melhor, não irei assistir televisão durante o evento. Mas, como disse lá no início, que diferença faz pra um país futebolístico a minha opinião?