quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Medo

     Agora de manhã, saí de casa pra vir pro consultório e deixei a Laura aos cuidados da Angélica e do Bruno, que assim que terminasse o seu café, rumaria com a neninha até a creche.

     Pra "animar" o dia, ele colocou um sertanojo no Ipad (me apavorei com a potência sonora daquela bostica...). A letra dizia mais ou menos assim:  "'As mina pira' quando a gente chega com um balde de pinga na balada..."

     E a Laura dançando, pulando e com os olhos vidrados no clip do sertanojo. O Bruno ria, achando o máximo a dança da Belezinha. 

     Meu receio é que ela tome gosto por essas bobagens e queira escutá-las diariamente. Amanhã vou providenciar uma música bem dançante, da faixa etária dela no nosso café da manhã.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Semelhantes

     Que engraçado, nas últimas semanas tenho descoberto pessoas com pensamentos semelhantes aos meus. E o mais engraçado ainda, é que são pessoas que eu me relaciono há um bom tempo já.

     Minha profe de pilates me comentou que é difícil ela fazer a unha em salão de beleza, uma por falta de tempo, e e outra por achar um investimento perdido, digamos assim. Bingo! Penso igual. Não que eu e ela saiamos por aí com as unhas descascadas, a lá china pobre, mas preferimos fazê-las em casa ou pagar um preço justo pelo serviço.

     Me identifiquei muito com as gurias que trabalham comigo na prefeitura, em Santo Ângelo. São elas: duas auxiliares e uma dentista. Comentávamos sobre a velhice, o que acontecerá conosco quando chegarmos na terceira idade. Opinião unânime: Achamos casa de repouso uma ótima alternativa (desde que sejam de qualidade) e queremos morrer cedo pra não estorvar a vida dos outros. Perguntei a elas se por pensarmos assim somos consideradas pessoas más, sem coração. Resposta da que mais se parece comigo: "Não somos más, somos práticas e realistas."

     Então tá. Bom saber que não estou sozinha nesse mundo, tanto em assuntos de manicure quanto de terceira idade.

Novidades da Laura

- Mais um: O quarto elemento deu o ar da graça na boquinha da pequena Laura. Veio em seguidinha, logo que o terceiro dentinho apareceu. 4 dentes compõem a dentição na neninha no momento.

- Em consulta na pediatra pra conferir o peso da Laura, ganho mais na altura. 2 cm mais alta e 0,50 gramas de peso, totalizando 7,650 Kg. I importante é que engordou alguma coisa.

- Apetite: Há alguns dias a Laura vem comendo tri bem. Mamadeiras cheias de leite de manhã e à noite, lanchinho de manhã, almoço (sim, almoço!!!), lanche na tarde e janta (sim, janta!!!!). Hoje, na creche, foi a primeira vez que ela aceitou o almoço de bom grado. Felicidade e alegria pra mim e pro Bruno.

- Bebenês: Pra quem não sabe, o bebenês é a língua oficial das crianças com até dois anos e pouco, três anos. É composto por palavras incompreensíveis, mas ditas com muita convicção. A Laura encontra-se nessa fase. Fala, fala, gesticula, aponta e segue no monólogo do bebenês. Muito engraçada! 

-Banheira: Aposentamos a banheira e o suporte dela, que estavam no quarto da Laura. Acessório muito útil, mas que ocupava um baita lugar no aposento pequeno. Agora somos 3 os usuários assíduos do box do banheiro. Os banhos de verão da Belezinha são dados na banheira inflável ou no balde de ofurô.

- Aniversário: 1 ano e 1 mês completados essa semana. Cada dia mais esperta, mais atenta e mais amada. Ah! E com os cabelos cada vez mais claros (alguma herança genética eu tinha que deixar!).

domingo, 25 de novembro de 2012

O terceiro elemento.

     Há tempos que os dentes superiores da Laura estão restes a erupcionar, mas só ficavam no quase. Assim, ela ia se virando com os únicos dois dentinhos que possuía. Isso até hoje. Ao tirar uma pedra que a neninha havia colocado na boca, a vó Mari descobriu o primeiro dentinho superior da Laura. Em termos técnicos, é o 51.

     Pelo estado da gengiva e babança, logo logo teremos mais elementos dentários vindo aí.

sábado, 24 de novembro de 2012

Apetrechos natalinos

     Quem me conhece sabe da minha ojeriza pela época do ano a qual estamos adentrando. Não gosto de Natal. Acho esse período extremamente depressivo e apelativo. Aos primeiros indícios dos laços vermelhos e pinheirinhos enfeitados, murcho completamente. Quando era criança, nunca entendia porque o Papai Noel se vestia daquele jeito, se no Natal sempre faz calor. Quando fiquei sabendo que importamos uma cultura criada pela Coca Cola (sim, meus amigos, o Bom velhinho foi criação da Coca Cola) e investiguei a verdadeira história do Natal, me decepcionei de vez. Isso é assunto pra um post à parte, mas só pra instigar a curiosidade de vocês: alguém aí sabe que mês que Jesus Cristo nasceu? Não, meus queridos, 25 de dezembro é história da carochinha. Março é a resposta certa.

     Ano passado, a Laura era bem pequena, e pelo menos aqui em casa, o Natal passou em branco. Até porque nunca comprei nada que fizesse alusão ao evento. Teve ceia, troca de presentes e aquele ritual todo na casa dos parentes de ambos os lados, os quais nos revezamos todos os anos.

     Mas este ano, não tive como escapar. Vários amigos já haviam me indagado se o pinheirinho já tinha sido montado aqui em casa e me olhavam com aquela cara de: " E aí... o que será que ela vai responder? Sim, porque que ela não goste de Natal, tudo bem, mas agora tem a Laura!" 

     Ontem, num momento de lazer com a Fer Gudini (mulher do Kéko, que tem um sobrenome comprido e difícil de escrever...), a pergunta foi feita novamente. Como sempre, respondi que ainda não tinha providenciado nada e que não estava com pressa. Pois a Fer me respondeu prontamente: " Então vem comigo que eu preciso comprar uns arranjos de Natal novos lá pra casa, vai que tu te entusiasme?!". Revirei os olhos e fui, meio a contra gosto, mais pela parceria do que pela vontade de comprar algo.

     Lá chegando, a Fer foi pra um lado pra procurar as coisas que ela queria, e eu fiquei vagando pela loja, achando aquela bando de pinheirinhos, bolinhas e bonecos vestidos de lã um saco. Perguntei pra vendedora se ela tinha um Papai Noel de bermuda e camiseta, mais condizente com o nosso clima. Pra minha surpresa, ela respondeu que sim. Quando vi o bom velhinho do tamanho da Laura, de bermuda vermelha, camiseta floreada, chinelos de dedo e segurando uma prancha de surf, comprei na hora e entreguei pro Bruno, num pacote de presente bem lindo e grande. 

     Ele achou o máximo o Papai Noel, comentou que era a minha cara a vestimenta dele. Respondi que sim, que se temos que ter itens natalinos em casa, que sejam segundo o nosso clima, no mínimo. Brinquei que se ele me liberasse uma verba, compraria guirlanda, pinheirinho e demais apetrechos natalinos. Resultado: recebi o cartão de crédito dele  e a instrução: "Compra uma guirlanda bem bacana pra porta do nosso apartamento."

     Experiência no mínimo diferente, porque não sou nada consumista e não sei como montar uma guirlanda. No final, deixei a tarefa ao encargo da dona da loja, a Leti, entendida em montagem de guirlandas e pinheirinhos. Ah! Acabei comprando um pinheiro também. Nada convencional, pra seguir o estilo do papai noel dos trópicos, mas bem bonita.  

     A Laura adorou o Papai Noel. Sai caminhando com ele pela casa e põe o guizo da touca dele na boca. Está devidamente instruída a não mexer na árvore e nas suas luzinhas. A guirlanda ficou bonita (não tem nada em dourado e vermelho) e já está pendurada na porta do apê.

     Tudo isso pela Laura, que por ser criança, passará muitos anos acreditando que se ela se comportar bem durante o ano, o Papai Noel vai trazer um presente pra ela, tirado de dentro do seu saco vermelho, bla, bla, bla... A experiência nem doeu, achei que seria mais difícil, mas o espírito natalino ainda demora a me pegar, disso eu tenho certeza.

O Papai Noel Tropical. Esse sim é de fundamento ao meu ver!

A nossa guirlanda diferente.

Pinheirinho estilizado...

... e suas luzes.

domingo, 18 de novembro de 2012

"De um tudo"


     Primeira vez que a mamãe Déia viaja sem a Laura. Tudo tranquilo, apesar da saudade. Passeamos com ela de manhã cedo com a motoca e depois a deixamos aos cuidados da Vó Mari e do vô G. Viajei a tarde toda de ônibus. Aproveitei pra colocar a leitura em dia. Estou lendo um livro do Osho, que á primeira vista me pareceu uma baita viagem, mas que no final das contas faz todo o sentido.

     Confusão e muvuca na chegada. Quem já passou pela rodoviária de Porto Alegre em volta de feriadão sabe do que estou falando. A alma caridosa que atende pelo nome de Daniel (meu querido "ermão") foi me buscar na rodô.

     O combinado foi enchermos o pandulho com algo muito bom, pois os três (eu, Camila e Dani) estávamos varados de fome. Dito e feito. Comemos tri bem no Al Nur, restaurante árabe que tem aqui perto do ap deles. Coruja de acompanhamento, depois veio o Tiago pra completar a companhia. Tinha um monte de crianças no restaurante, de 3 anos a 3 meses. Que saudades da Laurinha!!! Mudando de saco pra mala,  comentei que vim de bus executivo por causa dos meu joelhos. O Daniel se matou rindo, disse que eu estou  na capa da gaita, etc, etc. Não tirei a razão dele, e já avisei o garotão que quando ele passar dos trinta, o papo vai ser outro. Quando se tem vinte e poucos, se faz "de um tudo", até passar frio debaixo de chuva, dormir em barraca molhada e escalar 6 horas de montanhas, como ele (se bem que eu nunca fiz uma indiada dessas, nem pretendo!!).

     Notícias da Laura: foi na festinha de dois anos da Luzia, dançou muito e comeu docinho (comida que é bom, neca de pitibiriba...). Está em Santo Ângelo com o pai e a mãe.

    O Bruno ainda está viajando. A Bella ficou na casa da D. Lurdinha e do Seu Bruno.
   
     Amanhã tenho aula o dia todo e vou direto do curso pra rodoviária. Tenho saudades da pequena e do marido, mas quarta (ou quinta...dependendo de quando ele voltar de viagem) tudo volta ao normal.


sábado, 17 de novembro de 2012

Sábado legal

Manhã: Logo cedo fomos comprar os presentes de aniversário das festas que a Laura tem nesse final e semana. A do Fernando hoje e da Luzia amanhã. Passeio de motoca pela cidade e visita á obra da tia Márcia e do tio Temi. A Laura se encantou com uma mangueira de led e foi muito simpática com os eletricistas da obra.

Almoço: Muito diver. Brincadeiras com os amigos Santiago e Domenico no restaurante. Dois queridos que interagem tri bem com a pequena. Ela comeu legumes refogados e várias ervilhas (prato predileto dela). Cós as mãos, mas comeu. Tomou suco e água  e depois foi com o papai Bruno no sítio do nosso amigo Beto, dar os parábéns pelo aniversário dele. Enquanto isso fui trabalhar e depois descansar um pouco.

Tarde: sestia e a festa do Fernando. Acho que foi a primeira festa que ela realmente aproveitou. Pulou na cama elástica com as amigas Jô, Camila e Maria. Pena não te levado a máquina fotográfica pra registrar o quarteto fantástico. Dançou muito com a Galinha Pintadinha, brincou com as cadeirinhas infantis, com os balões e o mais surpreendente de tudo: comeu. Claro qu e nada saudável,mas vibrei ao vê-la abrir a boca pros pastéis, cachorrinhos quentes , docinhos e gelatinas.

Noite: fomos dar um abraço no Estefano, meu conterrâneo de Tuparendi e amigo de longa data do Bruno. A Traudi, mãe dele e do nosso querido compadre Gabriel, também está na área, e  eles curtiram muito d Laura. Mas quem mais aproveitou a neninha foi o tio Jairo, tio do Estefano. fomos até a casa dele encontrá-los, e o Jairo se derreteu todo com a Laura. Brincou, pegou-a no colo e Té ninou a pequen quando o sono começou a chegar. Ela, claro, adorou a atenção. Ainda conseguimos dar um upa no Renê e na Ju, que chegaram lá pouco antes de voltarmos pra casa.


Amanhã será um dia atípico na família TurraSala. Eu viajo à Porto Alegre e o Bruno vai á Balneário Camboriú. A Laura vai ficar aos cuidados da vó Mari até Terça, quando volto pra Santo Ângelo. Vou deixar a mala dela pronta e tenho certeza que ela vai se comportar.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Mazelas

     Prometi à minha amigona do peito, Joana, que quando meu nariz parasse de pingar escreveria um post no blog em honra ao comentário que ela fez esses dias no Facebook. Vou transcrever o trecho onde ela relata brevemente o saco que é quando a gente fica doente.

'A pessoa vai pro pronto atendimento se babando, com uma puta dor de garganta, começa a chorar (sim, qdo adoeço eu choro) e assusta a enfermeira e a médica. Recebo uma injeção e saio de lá ainda por cima renga. Não sei qual foi a parte do "se babando"que a médica não entendeu, porque me deu um supositório oral de remédio. Inferno astral, seja bem-vindo.'


     Comentei que eu também estava "podre". Ela respondeu que eu ainda tinha a Laura pra cuidar, e que se hoje ela tivesse um filho, doente do jeito que estava,  ela dava o rebento. Ri muito com o comentário, porque assim como ela, fico imprestável quando estou doente.

Claro que nem penso em dar a Laura, mas emprestar ela para os dindos e avós por algumas horas pra poder me recompor, isso sim.


     Mas hoje me dedicarei a escrever sobre as minhas mazelas, que não têm sido poucas. 

Citando-as: Rinite alérgica: fiel companheira há anos, em 2012 resolveu não de dar trégua. Ando sempre com um descongestionante nasal junto, se não, fica impossível respirar pelo nariz. E se te coisa na vida que eu não consigo é respirar pela boca. 
                  Labirintite. Moderada, mas tonteio legal. Tive duas crises desde que a Laura nasceu. Elas duram cerca de duas semanas. Parte do tratamento consiste em tomar Dramin. Já deu pra imaginar como eu fico: sonolenta, com cara de paisagem e sem conseguir prestar atenção em nada.
                 Gripe: tenho lá de vez em quando, mas quando ela vem me visitar, me derruba. Estou com aquela gripe "dilícia" de verão. Foi aí que comentei com a Joana que ando podre. Podre de gripe.
               Joelhos: doem desde que a Laura tinha uns 3, 4 meses. Consegui consultar e diagnosticar o problema só recentemente. Resumindo: não sei dizer o nome da patologia, mas tenho um deslocamento das patelas (sim, de ambos os joelhos). Isso gera dor. Não é o caso de cirurgia, mas de fisioterapia e medicação pra repor cartilagem (coisa de nona...). Tratamento longo, segundo o médico e as fisioterapeutas que me tratam. Essa função dos joelhos meio anda me incomodando. Não posso mais fazer yoga, nem brincar com a Laura sentada no chão com as pernas cruzadas, dói pra subir e descer escadas... 

     Fora que sinto que cada vez fica mais difícil perder peso, andam surgindo manchas no rosto, pés de galinhas que não me pertenciam... Mas que coisa! Ando me esfarelando! Imagine quando ficar mais e mais velha. 

     Não pretendo me esticar igual couro de pandeiro, mas ficar pra maracujá de gaveta também não! Quero ter saúde, isso sim. Espero que essas encrencas passem logo. No mais, vou mudar a faixa etária dos cremes anti sinais (+ 35 daqui uns anos - ai...).
                    

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

A creche

     A lida diária pra alimentar a Laura continua. Ontem, depois que cheguei de Santo Ângelo com ela, fui com o Bruno até a creche da tia Miti, pra bater um papo com o pessoal de lá sobre a Laura. Decidimos por fazer uma experiência pra ver como a Belezinha se sai vendo outras crianças na hora do lanche e do almoço. A tia Elaine nos disse pra mandarmos junto com a Laura o objeto que ela mais gosta, no caso de ela querer dormir ou se sentir segura, o objeto em questão é o cobertor amigo. Portanto, pelos próximos meses não teremos mais a companhia dela ao meio dia. Corte no coração da mamãe. Senti muito essa decisão, mas sei que tudo é para o bem dela.

     Conheço bem o trabalho da equipe da Micheli (tia Miti), pois volta e meia eu e a Daia vamos até lá pra fazermos palestras para os pais e para os pequenos. É sempre muito divertido e prazeroso estar naquele ambiente. Não dormi muito bem na noite passada por causa da gripe, mas nas horas que o sono vinha, meus sonhos eram povoados com a escolinha da Miti e a Laura, brincando por lá.

     Hoje, bem cedo, arrumei o lanche da manhã dela, o suco, a bolsa com fraldas, lencinho úmido e tal. Deixei a roupa reserva e a que ela deveria usar no dia prontas. Não acompanhei ela até a creche, pois tinha fisioterapia ás 8:00 e mais uma série de compromissos depois disso. Incumbi o Bruno da missão.  Acho que se eu fosse junto, deixaria a pequena insegura, pois fiquei um tanto apreensiva com a decisão que tomamos. Ele achou por bem levar a Angélica junto, caso ela estranhasse o ambiente.

     Que nada!! Chegou e já começou a brincar com as crianças. Com isso, a Angélica seguiu pra casa.  Lá pelas 10:30 fomos avisados que ela estava com sono e não estava conseguindo dormir. Erro de principiantes: esquecemos de mandar o cobertor amigo. 

     Fui buscá-la perto das 11 horas, e o ranço estava grande. Fora o detalhe do sono, a neninha se comportou exemplarmente no seu primeiro dia de aula. Comeu bem pouco do lanchinho da manhã, verdade seja dita, mas estamos no início da caminhada. Dormiu no carro e acordou só na hora do almoço, em casa. Se alimentou razoavelmente bem, espalhando comida na Angélica, na mesa, no chão... mas faz parte.

     Agora a Laura tem uma agenda da escola, onde são anotadas todas as trocas de fralda, se comeu ou não, quantas vezes fez xixi ou cocô, como se comportou durante o dia e demais atividades dela. O orgulho da mãe e do pai ao lemos o diário de classe. Não me lembro exatamente das palavras, mas o pessoal da escola desejou boas vindas e escreveram que ela "arrasou" no seu primeiro dia de escola.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Meus loiros

    Se tem duas coisa que eu gosto em mim são os meus peitos e o meu cabelo. Mais especificamente a cor dos cabelos. A pauta de hoje serão meus fios, que não são mais tão dourados assim desde que engravidei da Laura.  

     Pra quem ainda não sabe, sempre tive cabelos loiros. Nunca pintei, nunca fiz luzes, nem reflexo, nem nada dessas coisas pra clarear os fios.  Na adolescência (ute fasezinha desgraçada...), até passei aqueles tonalizantes sem amônia pra escurecer os cabelos. Fiquei com a cabeça de uma cor de burro quando foge, e ainda bem que o efeito durou pouco. Tá certo, confesso que queria que os fios fossem ondulados ou crespos, mas paciência. Adoro a cor deles.  Por ter eles finos, lisos e dessa cor legal, pouco frequento salões de beleza. Vou a cada 3, 4 meses, aparo as pontas e deu pros côcos. Como comentei no parágrafo acima, noto que desde que engravidei da Laura, meus cabelos escureceram bastante. É nítida a mudança de cor. Perguntei aos entendidos do assunto o que aconteceu e se a cor natural dos fios volta algum dia. Resposta: os culpados são os hormônios. Não se sabe se os loiros voltarão, quem sabe quando eu parar de amamentar. Como ainda amamento, o jeito é esperar.

     Uma vez, há uns 10, 11 anos atrás, encontrei a mãe no salão onde ela retoca as luzes. Por anos quem fazia as tais luzes era uma mulher muito mas muito chata. Mal amada, feia em quantia,  com um cabelo feio, reclamona, fofoqueira, com cara de cu com cãibra... enfim, tudo o que uma mulher pode ter de pior.  Eu já tinha perguntado pra mãe porque ela continuava cliente dela, e a resposta foi essa: "É uma baita chata sim, mas faz as luzes como ninguém." Voltando á minha historinha. Cheguei no salão, dei oi pra todas as mulheres que lá estavam, e essa cara de cu com cãibra me olhou de cima a baixo e a mãe me apresentou pra ela: "Essa é a Déia, minha filha mais velha.". Sorri pra ela, disse "Tudo bem, fulana?". Recebi um olhar de desdém em troca do meu sorriso simpático. Me sentei bem quieta, comecei a ler uma revista e nem puxei assunto com a mal amada.  Aí ela começou:

- Tu pinta teu cabelo, né?
-  Não, nunca pintei.
- Ah! Então espera tu começar a tomar anticoncepcional pra ti ver. Teu cabelo vai escurecer assim que tu começar a tomar. Isso se já não escureceu quando tu menstruou. (Com cara de nojo e de sabichona ao mesmo tempo, sabe como é?)
- Engraçado... tomo anticoncepcional há anos já, e o cabelo continua assim...
- Então espera tu engravidar! Teu cabelo vai escurecer. Tenho certeza. Escuta o que eu tô te dizendo!!

     Me olho no espelho e quando penso nos meus cabelos loiros que já não são tão loiros assim, lembro da cara de sabichona daquela chata. Teria a mala me rogado uma praga de mulher com cabelo ruim?



O feriado

     Dois feriados em Santa Rosa na mesma semana: Dia da Reforma Protestante, 31 de outubro, depois Finados, como no resto do país, 2 de novembro. Matou a semana. Aproveitamos a folga forçada pra irmos a Porto Alegre no show do Maná na quinta feira (último dia útil da semana santarosense). 

     A Laura ficou aos cuidados da Tani, com vasta experiência em crianças de idades diferentes. Eu, o Bruno mais o casal de vizinhos e amigos Vania e Paulo nos esbaldamos no Pespi on Stage. Encontramos um povo de Santa Rosa lá e foi muito legal. Show maravilhoso, fiquei mais fã ainda do Maná.

     Nesse meio tempo, a Laura só se alimentou de bolacha, tomatinho uva, iogurte Grego e leite. Nada de comida. Os dias que se seguiram foram bem difíceis no quesito alimentação.  Tentamos de tudo, e a guria nada de comer.  Provavelmente tudo o que ela anda comendo não é recomendado pelos pediatras e nutricionistas, mas azar. Não sei mais o que fazer. Eu, o Bruno, a Tani, o Fábio, a Camila... todos envolvidos, preparando pratos diversos, dando palpites ("dá leite", "não, não dá leite ainda, ela vai ficar com fome uma hora dessas", "vamos levar ela pra piscina, água sempre dá fome nas crianças"...). Perdi a paciência.

     Pra piorar, ela começou com uma tosse na quarta feira e o nariz trancado. Comecei a dar um xarope e a limpar o nariz. No sábado liguei pra pediatra, pois a tosse piorou consideravelmente e ela mandou eu fazer exatamente o que já estava fazendo. Comentei a falta de apetite, mesmo com o remedinho. Aprendi mais uma coisa: Catarro alimenta. Sim. Me caiu "os butiá" do bolso com essa. Solução: dar bastante líquido e esperar o ciclo da gripe terminar. Também me pestiei, tosse e gripão. Engraçado que o meu apetite não diminuiu. Que digam as muitas "ribs" consumidas na tarde e noite de sexta. Rolou o reconhecimento da Laura com os motivos natalinos no shopping. O urso falante deu ibope, assim como as bolinhas dos pinheiros.

     O Bruno voltou pra Santa Rosa na sexta a noite pois tinha que trabalhar no sábado. Fiquei em Porto Alegre pra passear na Feira do Livro. Mesmo dormindo pouco por causa da tosse da Laura na madrugada e já sem paciência com o fato da neninha não querer comer nada (até que ela quis porque quis o iogurte Grego), fomos dar umas bandas com ela na capital.

     Parcão no sábado de manhã. Descoberta do turno: a areia e as pedrinhas dos caminhos entre as árvores. Saldo: unhas encardidas, vestido sujo e a alegria estampada no rosto da Laura. Tinha um certo preconceito com o Parcão. A única vez que fui lá, me impressionei com a quantidade de "pati" por metro quadrado. Gente metida e arrumada demais pra um passeio num domingo à tarde. Aos sábados de manhã, o público é outro. Pessoal caminhando e com crianças pequenas, curtindo um solzinho. 

      Almoço num restaurante indiano muito legal. Depois da sestia da tarde, fomos pra Feira do Livro. A Laura fez sucesso lá. Abanava e mandava beijos pra todos que sorriam pra ela. Mesmo ranhentinha, espirrando muito e com tosse, estava bem faceira.

     Voltamos ambas de carona com o Paulo e a Vania. Cheguei entregue. Não conseguia nem falar de tão cansada. A Belezinha ficou aos cuidados do papai Bruno e a mamãe tomou um remédio pra gripe e capotou o jipe.

     Ainda tenho dor de cabeça, muita tosse, espirros de 300 Km por hora e o nariz mais do que entupido. Espero que esse resfriado da Laura passe logo, e que ela não sinta tanto os efeitos dele como eu.