domingo, 30 de setembro de 2012

Onze meses

     O décimo primeiro mês da Laura chegou, e junto com ele uma preocupação. A falta de apetite da moça. Já comentei aqui que as horas das refeições têm nos deixado um pouco tensos, pois na grande maioria das vezes a Laura cerra a boca e não come por nada no mundo.

     Ligamos pra Dra. Maria Antônia há uns 20 dias atrás pedindo socorro. Muito atenciosa, nos deu algumas dicas e nos emprestou um livro sobre alimentação infantil. Deu resultado. Paramos de forçar e a Laura começou a pegar a comida com as mãos e comer sozinha. Aceitava melhor os alimentos em pedaços, dados por nós com as mãos (colher nem pensar). Mesmo comendo com vontade, a quantidade era pouca, fora os dias que ela não comia quase nada.

     Resultado:  67,5 (crescimento de 2 cm em comparação ao mês passado) e 7,100 Kg, ou seja, perda de 200 g que ela havia ganho nos 10 meses. Não é por falta de tentativa que ela não come. Nos esmeramos ao máximo pra tornar a hora das refeições prazerosa e tal, mas sempre acaba em choradeira e frustração. Escrevi aqui sobre o circo que eu e o Bruno fizemos pra que ela comesse. Agora, a cada colherada que ela engole, bate palminhas esperando a exclamação: "Viva a Laura!". 

     Entramos ontem com um medicamento que aumenta o apetite e um complemento alimentar. Pelo visto na janta, acho que vai funcionar. Ainda faremos uma ecografia da tireóide e um exame de sangue, pra descartar qualquer distúrbio que possa causar a inapetência.

      Segundo a Dra., o mais provável é que tenha um fator genético envolvido, já que eu era uma sarna galega na hora de comer quando pequena. A mãe conta que eu só comia ao som de Cabocla ("Cabocla... seu olhar tá me dizendo que você tá me querendo..."). 

     Tá aí então. Laura Turra Sala: é a cara do pai e puxou à mãe no stress da nora das refeições. Se ela puxou mesmo por mim neste aspecto, essa inapetência está com os dias contados, porque a mamãe aqui é boa de garfo.

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Bodas de trigo

     Há 3 anos atrás eu e o Bruno estávamos "contraíndo matrimônio". Foi um dia mágico, especial e inesquecível.

      Inevitável comparar essa data no ano passado. Eu estava no final da gestação e comemoramos o segundo aniversário com muita parcimônia, já que a Laura chutava o tempo todo e eu tinha muitas contrações. Este ano o dia 26 de setembro iniciou com um problema doméstico. Nossa táta, a Angélica, está com o pai bem doente e pediu uns dias de folga do trabalho pra cuidar dele. Então o negócio foi botar a cabeça funcionar pra ver quem poderia ficar com a Laura nesses dias.

     Santa tia Ete, a aposentada e viajante mor! Mora um pouco em Porto Alegre um pouco em Santa Rosa. Vai nos acudir durante a folga da Angélica, pois está na cidade no momento.  Com as coisas da neninha prontas (sacola com fraldas, mamadeira, brinquedos, carrinho), rumamos para a casa da tia Ete pra deixarmos a Laura aos seus cuidados. Mãozinha providencial no dia da nona Sibylla e da vó Mari. Participação diária da Greici e do Rafa.

     De tarde, recebi um buque de flores maravilhoso
 §~m aqui no consultório, com um cartão contendo poucas mas lindas palavras. Na minha meia hora de folga, corri pra retribuir o carinho do Bruno, e como ele correu o dia todo também, não conseguiu pegar o presente que deixei no escritório da TAO.

     De noite, deixamos a Laura com a tia Márcia e o tio Temi, pra que papai e mamãe pudessem comemorar as bodas de trigo (ou couro, como queiram).

Que dia mais lindo. Parece que foi ontem!

     Surpreendentemente, conseguimos ficar juntos por um tempo razoável, buscar a Laura na Márcia, seguir a rotina diária dela (banho, titão, cama) e ainda sentamos no sofá e assistimos a TV derradeira antes de caírmos no sono, tudo antes da meia noite. 

    Tinha planejado uma viagem pra comemorarmos a data, mas a grana da viagem encontra-se em poder da Receita Federal (vide post sobre o felino). Comemoramos mesmo assim, com as agruras domésticas, correria do dia a dia e rotina da Laura. Felizes. E que venham muitos e muitos aniversários de casamento.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

O casal mais animado

     No último final de semana fomos ao casamento dos queridos Tiago e Daia. A Daia é minha comparsa aqui no consultório em Santa Rosa. Eles estão entre os casais mais animados que nós conhecemos. Festeiros em quantia, estão sempre prontos pra uma folia. 


     A Laura ficou aos cuidados da tia Márcia e da vó Lulu, e o papai e a mamãe se esbaldaram na festa. Fomos escolhidos pelos noivos como o casal mais animado do evento, e ganhamos troféu e tudo! Na minha modesta opinião, merecemos o prêmio. Dançamos tanto, mas tanto... que não teve pra mais ninguém! 
O Bruno se encheu de folhas no peito e começou a se intitular de Bruno "Ramos". Pegou o prêmio que o noivo sorteou das mãos do ganhador (pobre Diego, ficou sem nada!). Fora as coreografias que fazíamos a cada música que tocava.

     Voltamos pra casa por volta das 5 da manhã, e só porque estourei meu joelho e não tinha mais como caminhar (nem dançar, infelizmente). Não fosse pelo joelho doendo, iríamos ter visto o dia raiar na festa. 

     O domingo foi de muito cansaço, ressaca e risadas, quando  me lembrava da festa. Almoçamos com os noivos frescos em Giruá e depois descansamos.

     Adoro casamentos. São as festas mais animadas que existem. Esse foi o primeiro casamento que nós fomos depois da chegada da Laura. Fico feliz em ver que não perdi o embalo desse tipo de festa depois que me tornei mãe.

     Hoje, segunda feira, o joelho dói menos, mas o corpo todo me dá sinais de sábado: o saracoteio valeu como uma aula de academia, das bem puxadas...

O noivo, mais faceiro que lambari em sanga!


Bruno "Ramos" Sala Júnior, sua esposa e a noiva balançando o esqueleto.

Merecido troféu. Valeu Daia e Tiago!

Os ganhadores do mimo que o noivo jogou.   

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Enfim, caminhando.

     Dez meses e dezessete dias. 11 de setembro de 2012. Neste dia emburrado aqui em Santa Rosa, nossa pequena Laura começou a caminhar. Se soltou de vez, está fazendo atá curvas!! Não quer mais os nossos dedos como auxílio.  Caminhou por todos os cômodos da casa, dava meia volta, fazia curvas (como já comentei), às vezes se apoiava nos móveis e gargalhava. Muito querida!!! Tentei filmar os primeiros passos de independência, mas a filmagem não ficou lá aquelas coisas. 

     Infelizmente o Bruno não pode estar presente nesse momento, pois saiu em viagem alguns minutos antes do acontecimento do mês. Mas foi devidamente avisado via celular. 

     Como a maratona foi grande, a Laura caiu no sono sem maiores dificuldades. E a mamãe aqui está entregue; mas muito feliz com mais essa conquista da neninha. 

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Caminhando e gargalhando

     Em se tratando de quilometragem, acho que a Laura está quase quase alcançando a querida Dra. Rosa e o Zeca, que estão fazendo o caminho de Santiago de Compostela, lá na Espanha.

     Hoje à tardinha, enquanto esperávamos a visita da Marcella e da Isabelli, a Laura deu altas caminhadas sozinha. Não quis mais o meu dedo e saiu caminhando pela sala, dando gargalhadas. Claro que eu fiquei atrás o tempo todo, e salvei ela de umas boas batidas de cabeça. Mas me diverti muito com a independência dela e do modo que ela reagiu a isso. Gargalhando!

    Não sei se estou me apressando em achar isso, mas acredito que a Laura vai caminhar antes de completar 11 meses. Minhas costas agradecem. se tal previsão se concretizar.

domingo, 9 de setembro de 2012

Merecia uma filmagem...

     Imaginem a cena: eu, sentada no chão, com a colher cheia de comida à postos, o Bruno segurando nas mãozinhas da Laura, ela caminhando na minha direção, fazendo festa. A Bella me rodeando esperando ganhar um pouco da janta da neninha. Assim que ela abre a boca e eu consigo colocar a comida lá dentro, nós dois começamos a gritar: "Viva a Laura!! Ehhhh!!!" Em seguida, o Bruno sai com ela caminhando pela sala, dando a volta completa no cômodo, os passos dois dois ao ritmo do nosso coro: "Eu sou comilona, eu sou comilona!!".  A cena se repetiu por no mínimo umas oito vezes.

     Foi essa a única forma de fazer com que a Laura fizesse uma refeição completa, desde quinta feira á noite. Da maneira convencional, com um brinquedinho por perto não obtivemos nenhum exito. Ela cerrava a boca e não comia de jeito nenhum. Nem o doce gostoso que a vó Lulu trouxe ela quis! Não filmamos a cena porque não podíamos perder o foco da tarefa. Mas que merecia ser registrada, ah isso merecia!

     Depois que ela comeu o necessário sem choradeira, manha e estresse da nossa parte, nos olhamos e rimos. O que os pais são capazes de fazer pra que as crianças comam. Parecíamos dois patetas! No final das contas foi divertido.

sábado, 8 de setembro de 2012

"Meu Deus..."

     Esse feriadão da república está sendo bem legal. Revi pessoas que eu adoro e que fazia horas que não encontrava. O Fábio, a Tani e as crianças, a Greici e o Rafa, o Felipe e a Maíra, a Preta e o Éder, os pais dela (que eu gosto demais!), a Gabi, filha da Deni e do Jair (figuraça!).

     E hoje de tarde a Fabi veio aqui em casa. Ela é uma guria muito legal, que conheci por intermédio da Vânia, que a acompanhou na visita. Pois vi na Fabi hoje reações minhas de tempos atrás e me diverti com isso.

     Ela e a Vânia vieram aqui em casa porque a Laura estava dormindo. Mas quando chegaram, a Belezinha já estava acordada e, como sempre, com a corda toda. Conversava com as duas caminhando com a Laura pela casa, tentando fazer com que ela sossegasse por 5 minutos com os brinquedos (em vão). As duas, muito solícitas, auxiliavam a Laura nas caminhadas enquanto eu tomava o chimarrão, e assim passamos o tempo nos revezando.
Conseguimos com que ela ficasse uns 7 minutos no andador. Foi o tempo em que as três permaneceram sentadas.

     A cada reclamatória da Laura (por não querer ficar no cercado, no andador ou sentada brincando), ou a cada tombo de bunda que ela caía, ou ainda, a cada encontrão dela nos móveis da casa, a Fabi dizia: "Meu Deus..." com um olhar um tanto apavorado.

     Depois de incontáveis "Meu Deus..." da Fabi, dei uma gargalhada e disse pra ela que eu fazia exatamente igual a ela antes de ser mãe. Quando via as mães troteando de um lado pra outro com seus filhos, pensava: "Meu Deus... nunca vou conseguir exercer esse papel! Isso é pra louco! Como elas aguentam?".

     Agora que a Laura finalmente dormiu, estou dando gargalhadas de mim mesma. De como as coisas mudam na vida da gente. Eu que pensava exatamente como a Fabi, agora estou às voltas com uma neninha que consome todas as minhas energias, conseguindo tomar chimarrão e bater papo ao mesmo tempo.

     A mãe da Preta (a queridíssima Ladi) disse estar surpresa comigo, pois nunca me imaginou mãe. Confesso que eu também estava curiosa em saber como me sairia!! Claro que a Laura é um anjo de criança e colabora, mas a fase que ela está cansa até maratonista.


     Bueno, Fabi, se Deus quizer um dia tu vais ter o prazer inenerrável (e cansativo, não vou omitir...) da maternidade. E vai rir da reação das tuas amigas que ainda não são mães, se vendo nelas como eu me vi em ti hoje. E o melhor de tudo: tu vais se sentir capaz de muito mais quando olhar pro rostinho do teu (a)  filho (a) e ele (a) abrir aquele sorrisão pra ti.

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Os ouros da Laura

     A Laura ganhou de batizado, entre outros presentes, três jóias: uma pulseirinha com bolinhas de ouro (Dinda Moni e Dindo Alvaro) e dois pingentes (Dinda Ita e Dindo Grilo e Dinda Claudia e Dindo Ama), também de ouro. Um deles eu coloquei na berloqueira que ela usa desde que nasceu e o outro coloquei na pulseirinha nova, a de bolinhas.

     Eis que esses dias, na hora do banho, dei por falta da pulseirinha de bolinhas e do pingente. Comentei com o Bruno a perda, bem triste, já que achei que jamais encontraríamos as jóias. Até rezei pra Santo Antônio, pra ver se ele poderia dar uma mãozinha na procura. No final das contas, nem tivemos tempo de procurar nada, logo em seguida fomos dormir e na manhã seguinte, saímos cedo de casa.

     No outro dia, depois do meio dia, coloquei a Laura no cercadinho - que vive cheio de brinquedos dentro - e fui me arrumar pro trabalho. Enquanto a Angélica estendia as roupas molhadas no varal, fui da tchau pra Laura e notei que ela tinha algo na boca. Coloquei o dedo dentro da boca dela e encontrei a pulseirinha de bolinhas.  Surpresa e aliviada por ela não ter engolido a pulseira, olhei dentro do cercadinho e encontrei o pingente. Fiquei ainda mais aliviada por encontrá-lo, pois me poupou do trabalho de escarafunchar os cocôs da Laura dos dias posteriores.

     Depois dessa, o Bruno achou por bem guardar as jóias quase engolidas. Provavelmente vamos reforçar o engate da pulseira pra evitar futuras novas perdas.