Conte até 100...

     28 de julho, dia do batizado da Laura. O dia está lindo, ensolarado, com temperatura agradável. Mesmo assim confesso que não estou nos meus melhores dias. Pelo menos a manhã não foi das mais legais. O Bruno saiu cedo, não sei pra onde, então dei o café da manhã e ajeitei a Laura pra podermos sair. Tinha hora no salão pra fazer uma escova no meu cabelo (não que vá fazer alguma diferença, mas ás vezes a gente quer se fazer um agrado...).  Quando estava me vestindo, minha barriga começou a doer tanto que andava curvada. Uma dor chata, na lateral do abdomen. Mas que nada, pensei, vamos embora.

     O salão fica no quarto andar de um prédio comercial. Lá chegando, constatei, pela espera de alguns intermináveis minutos, que o elevador não estava funcionando. Bolsa no ombro, Laura no colo, juntando o brinquedo que ela teimava em jogar no chão, com dor no lado da barriga, esperando um elevador que nunca chegou. Que raiva!!!! Contei até dez, vinte... e o Bruno ligou. Expliquei onde era o salão e ele disse que passaria lá pra pegar a Laura. Ok! Mas o tempo passava e ele não chegava. Contei até trinta. 

     Cansei de esperar e subi os quatro andares com ela no colo, a bolsa no ombro e me esbaforindo no último lance de escadas. Quando fui abrir a porta de vidro do salão, apertei o dedo na porcaria do engate do miolo. Alguém pode me explicar quem é o molóide que inventa uma porta que aperta os dedos das pessoas que vão abri-la?? É pegadinha, só pode!!!

     Contei até quarenta, pra conter minha vontade de gritar de indignação. Ao adentrar no recinto, fui recebida pelas quatro funcionárias que fizeram a maior festa quando viram a Laura. Prontamente elas pegaram ela, saíram brincando, segurando nas suas mãozinhas e ela caminhando faceira, conhecendo o lugar. Então liguei pro Bruno pra dizer que não precisava mais vir ao nosso encontro, que as gurias ficariam com a Laura. "Mas eu estou chegando aí!", disse ele. Em seguida, levou a pequena e eu fiquei com as gurias do salão e minha dor de barriga.

     Agora estou em casa, sozinha (por vontade própria, não estou sendo boa companhia pra ninguém), com sono e rolos na cabeça (que me impedem de deitar e dormir) pensando porque cargas d'água concordei em colocar os rolos. Meu cabelo é o mais liso do universo!!! O efeito de cabelo de revista vai durar menos do que a missa do batizado, aposto.

     Espero que a dor de barriga passe e que a tarde leve embora meu mau humor. Tenho que encarar uma missa e um jantar ainda hoje, e quero fazer isso sorrindo, porque com a cara que me encontro, não vai ser legal e eu não quero ter que contar até cem.

Os vizinhos

Dança supervisionada pelo Paulo.

Pula, pula, pula!!

     Esses dias pedi ao Paulo, nosso amigo e vizinho do andar de cima, que baixasse na internet os 3 DVDs da Galinha Pintadinha, Ícone infantil de 10 entre 10 crianças. A Laura fica hipnotizada em frente ao computador quando coloco algum vídeo da galinácea azul no Youtube.

     

     Então subi pra pegar o HD externo, onde o Paulo gravou todo o conteúdo que pedi. Lá chegando, ele colocou um dos DVDs pra tocar na sua hiper mega ultra tela do computador. Não sei quantas polegadas ela tem (como vocês já devem saber,  polegada   é uma medida que eu não domino),  só sei que é grande, muito grande. Com a aparelhagem de som que ele tem no estúdio, e a galinha pintadinha naquele tamanho todo,  imaginem o estado de euforia que a Laura ficou!  E o Paulo e a Vânia curtindo junto com a pequena as musiquinhas da Galinha Pintadinha. E como diz a Vânia: “Haja braços, haja braços” pra acompanhar o pula pula da Laura!

     

     Carinhosamente chamada de Sula pelo Paulo (Sula de Sulapenta, segundo ele), a Laura adora as brincadeiras que ele faz com ela. Entre vozes diferentes e demais folias, os dois passam horas brincando e se divertindo, tanto um quanto o outro. 

     A Vânia não fica atrás em se tratando de carinhos com a Laura. Cuida da pequena vizinha quando eu preciso de uma ajudinha rápida e adora dar uns apertões nela.

     Obrigada pelo companheirismo e atenção que vocês nos dão! Quando o(a) herdeiro(a) de vocês chegar, retribuiremos à altura!

9 meses - Caminhar é preciso!

     Já! Inacreditável! Parece que foi ontem que a gente trouxe aquele bebezinho pra casa. E dizer que ela já está procurando os nossos dedos pra sair caminhando por aí.

     Essa é uma nova fase, a de explorar o mundo por meio dos passos. Engatinhar pra Laura se tornou obsoleto. O negócio agora é gastar a sola dos tênis. E as costas dos condutores que doam! Estava no pacote e sabíamos que essa hora iria chegar. Após achar os dedos de quem estiver mais perto dela, segura firme neles e avante!! Sai em disparada caminhando por toda casa, grama, pátio... esteja onde estiver, nossa Belezinha descobriu que caminhar é o máximo!

     Uma alternativa que encontramos é passar um lenço, fralda ou manta ao redor do tronco da Laura, por baixo dos braços dela pra não ficarmos tão curvados na hora dos passeios. Ajuda, mas aí ela se acha no direito de correr, correr!!!

     A Laura está mostrando suas vontades e preferências. Tente "fugir" do colo quando quer caminhar, não engole as comidas que não gosta (ainda são poucas, mas já sabemos bem quais que ela não curte comer), chora quando contrariada e quando não quer engatinhar ou ficar sentada no chão, aponta com as mãozinhas os objetos que quer pegar e atende aos nossos pedidos de bater palminhas. Está batendo direitinho agora! Linda!

     Depois da mudança nos horários de comida, o processo está fluindo bem melhor e ela só reina bem de vez em quando na hora das refeições. Adora caqui bem maduro, feijão e lentilha. A cada dia apresentamos um novo alimento pra ela. Já experimentou salmão, capeletti, polenta com molho de galinha...enfim, o cardápio é vasto e ela aprecia bastante.

     Devido à esse intensivo culinário, finalmente a Laura saiu dos 6 Kg. Pesa agora 7,100 Kg e mede 65 cm, de pura gostosura! Fomos instruídos pela pediatra a deixar ela brincar e tentar comer sozinha com uma colher. Certamente a sujeira vai ser grande, mas renderá muitas fotos e risadas.

A nona Mana conduzindo a Laura. Mesmo fitness como ela, as costas pedem arrego lá pelas tantas... 

Manta ajudando o papai. E ai dele se não for pro lado que ela quer!!

Bodas de Granito

Pra quem não sabe, as bodas de Granito designam 48 anos de casamento. Ontem o vô Bruno e a vó Lurdinha comemoraram os seus 48 anos juntos. Com todos os filhos presentes e  alguns netos, as comemorações começaram com uma linda celebração na Igreja onde sábado a Laura será batizada. Tivemos uma prévia de como será o comportamento da neninha durante a missa. Muito conversadeira, ficou quieta só por alguns minutos, e depois eu e o Bruno nos revezamos nos passeios pela Igreja com ela.

Teve uma janta muito caprichada com direito à bolo com velinhas e efeitos pirotécnicos. A família reunida, muita risada e lembranças dos 48 anos dessa linda união.

Fiquei pensando nas várias situações que eles já passaram em todo esse tempo, e em quanta tolerância, conversa, amor e paciência precisa pra que o casamento tenha uma vida longa assim. Hoje em dia, em que todos andam tão individualistas e só olham pro próprio umbigo, manter um casamento por 48 anos definitivamente não é pra qualquer um!

Parabéns Seu Bruno e Dona Lurdinha. Os valores que vocês ensinaram pro Bruno estão sendo passados pra Luiza serão ensinados pra Laura logo logo.

Economia de sorrisos

     Todos os meses eu levo a Laura na queridíssima Vick Almeida pra que ela registre a nossa pequena mês a mês do seu primeiro ano de vida. Todas as fotos que ela tira a Laura ficam lindas, mas desde o sexto mês tanto eu quanto a Vick fazemos o possível e o impossível pra arrancar alguns sorrisos da Laura. Sucesso no sétimo mês, que digam as lindíssimas fotos da Belezinha de caipira, mas aqueles foram os únicos sorrisos em 3 meses de lida.

     Ela chega distribuíndo sorrisos pras gurias que trabalham lá. A Vick até brincou esses dias: "Economiza esses sorrisos pra minha câmera, Laurinha!!". Dito e feito, é só entrar no estúdio e pronto: ela olha tudo ao redor atentamente e fecha a cara. Não há macaquice, brinquedo nem música que faça ela mostrar seus dois dentes pras lentes da máquina.  Não roal choro nem manha, mas a cara é de total desconfiança. Nesse mês, até bolhas de sabão foram feitas na tentativa de uma carinha mais faceira. Nada. Quando ela não vê a máquina fotográfica, até que sai um sorriso amarelo, meio de canto, mas nada além disso.

     Depois de várias e várias fotos, saímos do estúdio e como num passe de mágica, a Laura se põe a dar gritinhos e risos pra quem passar por ela. Vá enteder!!!! Pelo terceiro mês consecutivo é a mesma coisa.

Vou propor pras gurias que trabalham lá que escondam a máquina dentro de um urso ou coisa parecida, pra ver se a neninha colabora e mostra seus lindos sorrisos pras lentes da tia Vick no mês que vem.

Ajustes

     Hoje a mãe ajustou alguns hábitos na rotina da Laura, e acredito que serão muito úteis. Há dias que ela reinava pra comer. Só comia se eu abrisse a sua boca à força e abaixo e choro a cada colherada. Parava de chorar só pra mastigar. Só queria mamar, tanto no peito quanto na mamadeira e passava o tempo todo com o bico (ou chupeta) na boca. Uma novela mexicana.

     O dia foi atípico na prefeitura, trabalhei até tarde e quando cheguei em casa, tanto de manhã quanto à tarde, fui informada pela nona Mana que a Laura comportou-se muito bem na hora da comida. Bóia a cada 3 horas, sem bico durante o dia, a não ser pra dormir. Testemunhei a janta da Belezinha, às 18:00 e concluí que as novas regras fazem sentido.  Comeu abrindo o bocão, deu gosto de ver!!

     A choradeira da hora do banho não aconeceu hoje. Dei um brinquedo diferente antes de tirar ela da banheira. A chiadinha básica foi só na hora de colocar o pijama, mas sem escândalo nem lágrimas.

     Pela primeira vez a roupa a Laura ficou suja de tanto ela engatinhar. Aproveitei que o dia estava quente e larguei a bonita no chão. Foi a glória! Engatinhou por toda a casa, correu atrás da Bella com a mãe, caminhou e engatinhou na grama e até o tênis ficou encardidinho da nossa terra vermelha.  Feliz era ela solta no pátio brincando!

Vou colocar em prática os ajustes e espero que a novela mexicana tenha um final feliz.

Banho em pé

     Haja força nos braços e coordenação motora. O banho da Laura se encontra em mais um momento crítico. Depois das conquistas de se sentar sozinha e de molhar tudo e todos ao redor da banheira, a coisa se acalmou por algum tempo, até agora. A moda agora é tomar banho em pé.

    De todo jeito, a Laura tenta ficar em pé na banheira. Deixa as pernas durinhas e não senta por nada! Pra tirar o shampoo e o condicionador do cabelo é um sacrifício, pois quaqndo consigo colocá-la deitada, ela fica empurrando os pés contra a banheira dobrando os joelhos, como se estivesse fazendo aquele exercício de academia, de levantar peso com as pernas. Só que no caso, o que movimenta é o restante do corpo dela. Um sarro!! Aí eu começo a rir e ela dá altas gargalhadas também. 

     Vale fazer um parênteses sobre o condicionador. O produto é específico para bebês de cabelos cacheados. E merece ter esse nome mesmo, pois só ele consegue condicionar os fios ondulados e rebeldes da Laura. Depois que comecei a usá-lo, o cabelo dela ficou menos armado, e com os "cachos definidos". 

     Voltemos ao banho. É um senta e levanta tremendo. Ela fica sentada batendo as mãozinhas na água por poucos segundos, quando muito. Todo bebê gosta de bater as mãos na água, e a neninha não poderia ser diferente. Então com uma mão eu seguro ela (em pé, na maior parte do tempo) e com a outra vou ensaboando, enxaguando, me protegendo da água que ela joga em mim... 

     O problema é a saída do banho. Choradeira na certa.  Ela fica tão maguary que chega a sair lágrima dos olhos! Dou brinquedos e os demais apetrechos que ficam encima do trocador, até que o choro vira conversa e tudo volta às boas novamente. 

     Aguardo ansiosamente as novidades no banho nos próximos meses. 

Amizade

     20 de julho, dia do amigo. Nessa semana que se finda acredito que tenha feito bem o meu papel de amiga. Sábado reencontrei as gurias da "célula" da Joana. Conheci essa figuraça no carnaval de 2003 e desde então, ela se tornou uma grande amiga. Por meio dela, conheci o restante da célula: Laura (a irmã gêmea da Joana e não menos figura que ela), Luana (que parece que eu conheço há uns 20 anos, tamanha a identificação que eu tenho com ela), Rose (e seu sorriso lindo) e Carol (divertida, inteligente e sabichona na área odontológica). Todas parceiras e que me fazem muito bem, por mais que eu fique um tempão sem ver nenhuma delas, quando a gente se encontra é como se todas morassem perto e se vissem seguidamente. Adoro.

     Ontem, à convite da minha vizinha que se tornou outra grande amiga, a Vânia, fui numa "trip" até Oberá, com uma turma muito divertida. Denise (nunca se sabe quando ela fala sério ou brinca, divertidíssima), as 4 irmãs Ana Lucia, Eliane, Marisa e Vera (cada uma com suas particularidades, mas todas gente finíssima), Sheila (que eu conhecia desde adolescente, lá de Santo Angelo) e a Vânia (já citada por vezes aqui no blog, fez parte de inúmeros episódios envolvendo a Laura, a Bella... totalmente excelente em se tratando de amizade e parceria). Nos metemos numa indiada daquelas! Ficamos esperando por horas até a neblina sumir, mais um tempão no outro lado do rio (já em terras hermanas) pra só depois seguir viagem e chegar ao nosso destino. Frio, mas pensem num frio!!! Rolou empréstimos de cobertores, jornal dentro das botas e só conseguimos aguentar a friaca devido á parceria e às risadas. Quero repetir a dose por várias e várias vezes!

     Então, concluo que a amizade é a sensação boa quando estamos com  aquelas pessoas que já são "de casa", mas também pode surgir num dia frio, dentro de um ônibus gelado e com alguns jornais e cobertores à disposição.  

 Lauriña (de rolos), a Luana lá atrás, Carol de manta branca e azul, Joana com a Laura no colo (também de rolos) e yo.

 Denise no cantinho, yo, Marisa lá atrás, Vania de cabeça pro lado (meiga... huahuahua!!!) e Eliane.

A Sheila, que me emprestou  um peddaço do cobertor (gracias!!!!!).

Feliz dia do amigo!

Pai exibido

     Já escrevi aqui que o Bruno se derrete todo quando sai com a Laura. Adora receber os elogios destinados à pequena e fica babando quando ela sorri ou dá uma conversada com o pessoal na rua (bababa, papapa...).

     Toda quinta e sexta pela manhã (e algumas quartas feiras também) ele fica responsável pela Laura. Eu sigo pro consultório e não tenho idéia da programação matutina dos dois. Ouço o itinerário ao meio dia, junto com os comentários do pessoal que eles encontram sobre como a Laura é querida, linda e tudo mais (e o Bruno com uma cara de orgulho que só vendo!). Sei que ela a leva nos bancos, Detran e nos demais estabelecimentos que têm fila preferencial pra quem carrega crianças no colo. Reuniões e os cafezinhos nesses dias, sempre tem a Laura como presença garantida. 

     Hoje, no início da tarde, fui passear com a Laura e aproveitei pra buscar um par de brincos que estava pra arrumar na joalheria. Quando a dona da loja viu a Laura, veio correndo, pegou ela no colo e disse já estar com saudades dela. E me contou que semana passada o Bruno entrou na loja, colocou ela em cima do balcão  e promoveu o "desfile" da bonita, com direito a mão na cintura e tudo! 

     Volta e meia ouço de conhecidos que tem loja, escritório de arquitetura e estabelecimentos afins: "Hoje de manhã a Laurinha veio me visitar!!" Deve ser por isso que ela não estranha ninguém e é uma simpatia só! Com um pai exibido e babão desses...

As consequências das excessões

     Algo me dizia que essa história de colocar a Laura na nossa cama, deixar ela dormir no colo, etc, etc teria consequências. E elas chegaram.

     Há quase 20 dias que ela acorda no meio da madrugada e só dorme depois de no mínimo uma hora de lida. Vou eu, vai o Bruno, um tenta, o outro também.... até que me rendo e acabo dando o seio pra ela. Só assim ela volta a dormir no berço até de manhã. Isso quando o bailinho não se repete duas ou até três vezes na noite.

     Sempre fui faca na bota a respeito das crianças dormirem no quarto dos pais ou serem cheias de frufru na hora do sono (dormirem embaladas, no colo, etc...), isso até esses dias. Tento resistir em dar mamá altas horas da madrugada e em não colocar ela na nossa cama pra que pegue no sono, mas o cansaço acaba prevalecendo e meus olhos, prestes a se fechar, são o sinal de que a rendição é próxima. 

     Ontem eu e o Bruno conversamos a respeito das noites mal dormidas da Laura e nossas, consequentemente. Que engraçado... quando ela era bem bebezinho dormia tri bem, e agora, depois de ''moça'', deu pra fazer essas coisas. No final das contas ela dormiu (mais tarde do que o normal, dançou o Kuduro e tudo...) e pra nossa surpresa, acordou só pra mamar a meia noite e dormiu direto como um anjo até às 6 da manhã, hora da mamada do café da manhã. Ainda esticou o sono até às 9:15, pra minha alegria!

     Papai e mamãe agradecem, meu bem! E queremos que tu continues a dormir por toda noite, como ontem. Bem querida!

A semana

     Essa semana tem sido movimentada e cheia de novidades. Na segunda feira, em Santo Ângelo, descobri mais um dentinho da Laura. Agora ela tem dois grãozinhos de arroz na mandíbula. Uma lindeza! Ainda na segunda, voltei pra Santa Rosa pra participar do curso de batismo. Estamos devidamente habilitados à batizar a Laura agora. Batizado marcado pro dia 28 de julho.

     Na terça fomos visitar a Dra. Maria Antônia, pra ver o que fazer com o eterno nariz trancado da Belezinha. Ela está pesando 6800 Kg, ótimo ganho pra 15 dias!!

     Hoje ela começou a treinar as palminhas. Fica com uma mãozinha parada e a outra que bate. Anda acordando de madrugada querendo mamar. No mais, continua uma querida e cada dia mais linda.

     A novidade da minha parte é que voltarei a estudar em breve. Em agosto inicio uma atualização em Prótese e Estética, em Porto Alegre. Desde antes de engravidar queria me atualizar, mas não encontrava um curso que me interessasse. Depois, de barrigão, as viagens ficaram limitadas, agora que a Laura já está prestes à fazer 1 ano (já!!!!), chegou a hora da mamãe estudar novamente. A amamentação no peito segue firme e forte, e pelo que tudo indica terei a companhia da filhota na capital por uns bons meses do curso.

Velhice

     Esse era pra ser um final de semana que eu iria sair na noite. Sábado cheio. Festa de 1 aninho da Camila (filha do Jefe e da Milena), Janta tradicional aqui de Santa Rosa (o Homem na Cozinha) e Cezar Oliveira e Rogério Melo na TAO. 

     Sou fã deles. Canto a maioria das músicas, vibro e até me atrevo a imitar o grito do sapucai. Grávida de 7 meses, fui num show deles e cheguei em casa extasiada, sem voz de tanto cantar (cantei valendo, e só fico sem voz quando gosto muito do som). Foi minha única saída noturna na gestação.  Imagina se eu iria perder o show deles na TAO, podendo tietar a vontade?!!

     Pois perdi. E descobri que minha velhice é maior do que meus prazeres. Não dormi bem de sexta a noite, aí já amanheci de ovo virado (se eu tivesse ovo, certamente ele estaria virado).  Dia frio, mas pensa em frio! Mais um motivo pra me fazer pensar duas, três, quatro vezes antes de sair de casa - sinal de velhice crônica.  Levamos a Laura na festa da Camila e eu saí de lá caíndo de sono. Só fomos no jantar do Homem na Cozinha porque a mãe se abalou de Santo Ângelo pra nossa casa especialmente pra cuidar da Laura, pra podermos aproveitar a noite. Terminada a janta, voamos pra casa pra nos esquentarmos, pois tinha um vento encanado no lugar da janta que fez com que minha rabugentice aflorasse ainda  mais.

     Quando meus pés já estavam descongelando e voltando a ganhar movimento, a Laura acordou pra mamar e queria festa. E meus olhos pareciam cheios de areia. A mãe acordada e o Bruno esperando a luta do Anderson Silva e do enfarento mor do Sonnen.  Acabei de amamentar, deixei a Laura aos cuidados do papai e da vó Mana, dei boa noite e pedi pro Bruno conseguir um DVD ou CD autografado dos gaudérios. Não tinha condições de ver show nenhum. Liguei o lençol térmico e virei as patas, de tanto que dormir.

    Vamos aos demais sinais da minha velhice precoce: odeio som alto, bebedeira em demasia, gritaria de criança (isso é grave se considerar o que me espera...), cachorro histérico definitivamente não é comigo,  enfim, tudo o que ultrapassa os decibéis aceitáveis à uma pessoa idosa e que não apresente problemas auditivos (sim, sim, sei que isso é raro, mas é assim que me sinto...). Show com multidão se empurrando (e me empurrando, principalmente) também dispenso com todo o meu fervor. Passei da idade dessas indiadas...

    Admito que sou velha e chata ainda por cima. Mas no episódio acima citado, sou bem mais de curtir as músicas do Cezar Oliveira e Rogerio Melo no conforto do lar, aquecida (com a minha inseparável bolsa de água quente - outro sintoma indiscutível de velhice!!), num volume aceitável, sem ninguém gritando do meu lado, nem me empurrando nem  pisando nos meus pés.

    Só falta ensinar a Laura a não gritar como a maioria das crianças quando teima com alguma coisa, mas tenho certeza que ela vai saber que não é legal se esganiçar perto da mamãe.

Exceções

     Desde os dois meses de idade a Laura dorme no seu quarto e quase sempre dorme sozinha, sem naninha nem nada. Só que do dia 26 de junho em diante, a neninha esta resfriada. Já teve tosse, nariz entupido (que continua) e nos últimos dias está rouca, sem voz. Por conta disso, ando abrindo exceções quanto às regras estabelecidas em casa. 

     Quando acorda no meio da noite com o nariz trancado, coloco o descongestionante e fico com ela aninhada no meu colo até se acalmar e dormir novamente. Ás seis da manhã, na hora da primeira mamada do dia, se ela se acorda querendo festa, levo ela pra nossa cama pra podermos dormir juntos  e curtir nossa pequeninha. E lá ficamos os três, até todos levantarem e darmos início ao dia. Hoje de manhã, quando o Bruno chegou da TAO, lá pelas 7 da manhã, se juntou às suas bonitas na nossa cama. Claro que quando e Laura acordou, fui com ela pra sala antes que ela começasse a puxar os cabelos dele ou enfiar os dedinhos no nariz do papai.

     Hoje, aqui na casa da mãe, fiquei deitada na cama com ela na sua hora de dormir. Ela veio se achegando, se achegando... até que encostou a cabecinha na minha a adormeceu. Não tive coragem de colocá-la no berço. Vou dormir com a Laurinha bem pertinho de mim.

     Desde que não se torne regra, vou curtir ao máximo essas exceções. Não quero ser rígida a ponto de deixar de aproveitar os momentos que ela acorda cedinho com um sorrisão no rosto ou quando a vejo adormecer tão querida como hoje. Ela vai ser bebê uma vez só na vida. Depois que o resfriado e tudo mais passar, cada macaco no seu galho e cada um na sua cama de novo.

Anjinho.

Coisas que só a Déia faz por você, parte IV

     Conseguimos emprestado um cercadinho pra usarmos aqui em casa. Ele se assemelha muito com um berço normal. Só que a Laura ainda é muito baixinha pra poder andar nele como faz no cercadinho da casa da mãe, em Santo Angelo. A vó Mari, muito esperta, colocou uma sobra de espuma no fundo do cercadinho fazendo a alegria da Laura.

     Resolvi dar uma de esperta também e mandei fazer uma espuma semelhante pro cercadinho daqui. Achei que estava fazendo uma grande coisa e me fui pra estofaria indicada pelo Bruno. Com as medidas em mãos, expliquei a finalidade da espuma pra mulher que me atendeu e aguardei pelo telefonema dela, quando a encomenda ficasse pronta.

     Antes de relatar o fato, quero tentar me explicar: não tenho a mínima noção de espaço, nem em centímetro, nem em metros e muito menos em quilômetros. Como ortodontista, me garanto muito bem nos milímetros, mas só.  

     Ela me ligou essa segunda feira, e eu em Santo Ângelo. Então liguei pro Bruno ir buscar pra mim. Na terça feira, perto do meio dia, ele me liga.

- Déia, que lado da trena que tu mediu o cercadinho?

- Como assim?

- Acho que tu te enganou. Tu deve ter medido nas polegadas e não nos centímetros. Deu tantos centímetros por tanto?

 ( Não me lembro de cabeça as medidas, também pouco iria adiantar... )

 - Ah, sei lá das medidas!

- Então pega aí uma trena pra gente confirmar. Eu espero.

     Foi aí que comecei a sentir uma baita raiva de mim mesma.  

- Mas o que aconteceu?

- Eu tô aqui na estofaria, e a dona Fulana (não me lembro o nome da mulher) tá aqui com a tua encomenda: um mini travesseiro, parece mais uma almofada, sei lá! Por isso que eu te pergunto: que lado da trena tu usou?

     Peguei a trena e dito e feito. Medi nas polegadas...

- #@^&* pqp!!! Ah, também!!!! Tu sabe que eu sou uma negação pra essas coisas de medidas!!!

- Tá bom, tá bom. Fica fria que eu resolvo aqui.

     Certamente ele estava rindo por dentro. E eu, cada vez mais injuriada. Como é que eu consigo fazer essas coisas? E que mulher mais sem noção a da estofaria! Falei a utlilidade da espuma e tudo! Se desconfiou que o negócio era pequeno, me ligasse pra confirmar! Quem sabe eu iria medir certo da segunda vez?

     Cheguei na sala e contei o episódio pra mãe e pra tia Fátima, que estava lá tomando chimarão. Elas se rolavam de tanto rir de mim. A tia disse que a gente poderia utilizar a almofadinha pra Bella. Ri junto (e bastante), pensando em como consigo ser tão molóide às vezes.

     Hoje o Bruno trouxe pra casa o acessório que eu pretendia ter feito na semana passada, agora do tamanho certo. Só não colocamos a Laura pra testar a big almofada, porque ela já está dormindo.

Eis a encomenda com as medidas certas.

O blazer branco

     Me considero uma mulher diferente da maioria. Não sou de modismos, uso a mesma roupa por anos a fio. Compro roupas quando realmente preciso, e não por estar de TPM, deprimida ou simplesmente pra alegrar o meu dia. Nada contra quem faça isso, mas não me enquadro no grande grupo.

     Devido à essa minha característica, tenho um blazer branco  de broderi há uns 6 anos que eu adoro. Foi amor à primeira vista. A última vez que havia usado o meu amado blazer branco foi pra tirar algumas fotos com a Luíza e o Bruno, no ano passado, com 6 ou 7 meses de gravidez. Já sabendo que ele não fecharia devido ao barrigão, nem tentei. Tão pouco me preocupei em entrar nele novamente. Até ontem.

     Jantar japonês num restaurante aqui de Santa Rosa com uma turma de bons amigos. Resolvei colocar meu blazer branco. Ai de mim!! Por mais que tenha emagrecido com a amamenação, dieta e a correria diária atrás da Laura, meu querido blazer branco continua não fechando!!!

     O motivo é o tamanho dos meus  peitos por causa da amamentação.  Nunca pensei que eles estivessem tão grandes! Me senti uma bisnaga de patê com ele fechado. Minh alternativa foi adaptar a roupa pra poder us-alo aberto. E lá fui eu, feliz, contente e pensando que algum dia vou poder fechar o botão do meu blazer branco de broderi novmente. 

     Mas o mais legal, foi o sentimento de tranquilidade que eu senti. Sei que hei de entrar nele de novo, com o botão fechado, como antigamente. Mas sem pressa, porque pra mim, amamentar a Laura está sendo uma baita curtição. Simplesmente adoro.

Domingo de festa, dente e engatinhadas

     É oficial: a Laura está engatinhando, no sentido literal da palavra, não se arrastando como antes; engatinhando. Passei o domingo de manhã todo observando e registrando com filmagens as engatinhadas fofas dela pela sala.

     De tarde, o trio do arrepio estava se preparando pra comemorar o primeiro aninho da Isabela, filha do Marco e da Andressa. Enquanto esperávamos o Bruno terminar de se arrumar, a Laura quiz mordiscar o meu dedo. E mordiscou mesmo!!! Eis que erupcionou na nossa filha o seu primeiro dentinho decíduo, o 71!!! Papos de dentista à parte, vamos à liguagem coloquial: apontou o primeiro dentinho da bonita. Ai, que emoção!!! Gritei pro Bruno tão alto que cheguei a assustar a Laura.  

Momento da descoberta do primeiro dentinho.

     A festa da Isabela, na TAO, estava linda. A Laura ficou alucinada com as luzes, a chuva de prata, os balões e a piscina de bolinhas. Ela olhava tudo com uma carinha incrédula, parecia que estava pensando: "Nooossa... quanta coisa...".

     Depois da festa, seguimos pra casa do Vô Bruno e da Vó Lulu, pra reencontrá-los após 1 mês de passeio dos dois. Eles ficaram impressionados com a "desenvoltura" da Laura, que não parou nenhum minuto até dormir.

 

"Chuva de prata que cai sem parar..."