sexta-feira, 24 de maio de 2013

Pela honra de Grayskull!!!!!!

     Hoje de manhã, vi no Facebook de uma amiga minha de longa data, a foto da Mulher Maravilha e o desejo de um ótimo final de semana para as amigas maravilhosas dela. Aí me lembrei de uma passagem da minha infância.  


     Quando crianças, somos obrigadas a conviver com as filhas das amigas das nossas mães. Inevitável, pois não temos como escolher as próprias amizades na tenra idade. Ás vezes isso até dá certo e as amizades se prologam pela vida. Outras vezes, perdemos o contato com essas criaturas, e volta e meia elas aparecem na memória, como hoje.

     Não vou citar nomes, pois isso pouco vem ao caso. O que interessa é que essa guria tinha os cabelos pretos e por isso, nas brincadeiras, era sempre a Mulher Maravilha. Eu até tentava ser a Mulher Maravilha Branca, mas nunca foi a mesma coisa. Sempre ficava meio de cara com aqueles cabelos pretos da heroína e da guria que eu era obrigada a brincar.

     Mas a revanche veio a galope. Veio o Xou da Xuxa (loiríssima), que virou nossa Musa, e eu SEMPRE era a Xuxa nas brincadeiras. Rá!!!! Ela até tentava ser a Xuxa Morena, mas venhamos e convenhamos, ficava sem graça nenhuma!

     E depois, no programa da Xuxa, veio o desenho da She ra. Aí sim eu me senti!!!! A Mulher Maravilha se tornou obsoleta. Todas queriam ser a She ra. E eu SEMPRE era a She ra. Huahuahua!!!! Lavei a égua!!

     Faz dias que o sol não dá as caras aqui por Santa Rosa. E faz dias também que peno com uma infecção urinária que anda me deixando com um humor nada bom. Mas ao me lembrar da história da She ra, comecei a esboçar um sorriso largo no rosto. Por mais que nos decepcionemos com as Musas da infância quando criamos juízo (não sei como era tão fissurada pela Xuxa) ou esqueçamos das heroínas e suas espadas e cabelos dourados, elas merecem um viva por tornarem os dias cinzentos mais alegres. 



Maravilhosa, sim, mas morena.

Pela honra de Grayskull e dos cabelos loiros!!!!
EU SOU SHE RA!!!!!!

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Pedido de socorro

     É o início da dificuldade na educação da Belezinha. A Laura descobriu que existe o escândalo. A onda da vez agora é se atirar no chão, gritar e fazer manha por qualquer coisa. Em casa, deixo ela deitada no chão, até que o choro vira mal e mal um ruído (ela esquece o porque da fiasqueira e fica só atirada no chão, cantando, conversando ou brincando). Na rua, a história se complica.

     Ontem fomos jantar numa pizzaria muito legal que tem aqui em Santa Rosa, e levamos a Laura junto. Depois de ficar bem comportada e explorar o espaço kids, veio em direção a nossa mesa e começou a gritar. Gritinhos com a intensidade de quebrar cristais, ao estilo Cacá Brun - me lembro que na praia, a Cacá gritava de dentro do mar e nos abanava, como quem diz: "Oie!!! Estou bem!!". Mesmo com o barulho das ondas, dos vendedores ambulantes e da multidão conversando na beira do mar, as gritos da Cacá eram ouvidos nitidamente.  Não nega o parentesco com a prima em segundo grau, herdou as cordas vocais potentes da alemoa Cacá.

     Tentamos distraí-la para que ela sossegasse, mas ela resolveu se atirar no chão,
jogando o bico longe e rolando de um lado pra outro. Essa história de jogar o bico longe também é recorrente. Além do bico, o nana e o que ela estiver segurando nas mãos vai pro chão do nada. No mesmo instante, ela pede pelo objeto arremessado. Assim que o tem nas mãos, arremessa pra mais longe ainda. 

     Hoje ao meio dia perdi as estribeiras com essas manhas todas juntas reunidas. Já deixei de castigo, no "canto do pensamento", mas pelo que deu pra perceber ela até gosta de refletir sobre a vida. Só as atitudes continuam iguais.

     Então, aqui estou pra pedir ajuda às mamães mais experientes. O que fazer??? Contar até 1150 ou agir, mesmo em público? 
Aguardo retorno do maior número de mães possível.

quarta-feira, 22 de maio de 2013

A teacher Angela

     Nesta segunda feira concluí a atualização de prótese fixa que iniciei em setembro do ano passado. Meus conhecimentos sobre essa parte da odontologia estavam totalmente defasados. Me senti um E.T. adentrando num mundo desconhecido. Com certeza eu era a maior ignorante da turma. Mas aos poucos fui pegando a manha e aprendendo a lidar com as próteses. 

     O quadro dos professores é muito bom. Na clínica, os que nos acompanharam direto foram o Paim, o Wagner e a Angela. Uma professora com os seguintes adjetivos: alta, magra, estilosa, gosta de cachorro e tem como duas principais qualidades ser muitíssimo gente boa e entender pacas de prótese. Quando a ouvi falando sobre preparos protéticos, casquetes (adoro esse termo...), moldeira individual e pino núcleo fundido, pensei o quanto acho bonito quando uma mulher entende de prótese. 

     Ela é daquelas pessoas que a gente se sente a vontade, sem medo de fazer perguntas idiotas nem de dar o maior furo. Claro que dei os meus (se não desse furo nem falasse alguma bobagem não seria eu...) , mas com a Angela, no final das contas tudo acabava numa risada e num comentário engraçado. Extremamente profissional, ela resolvia os problemas da clínica com uma prática assombrosa.  

     Vendo ela e o Paim trabalhando, cheguei a dizer que quando eu crescer, quero ser um pouco dos dois. A resposta de ambos foi dada em forma de pergunta: "Mas será que tu vais crescer ainda?". Respondi que pros lados é bem capaz que eu cresça ainda; e que se for pra trabalhar como eles, nem me importo de ficar com a busanfa mais larga.

     Confesso que fiquei tentada e fazer especialização de prótese depois de conhecer a Angela. Se a vontade não passar e eu conseguir pagar mais uma especialização, quem sabe não terei aula com ela de novo?? Espero que possamos tomar uma gelada algum dia desses, fora das clínicas e salas de aula da vida. 

     Obrigada por tudo, Angela! E quando eu crescer, quero ser como tu.

quarta-feira, 15 de maio de 2013

8 anos de namoro

Ontem pela manhã, na prefeitura em Santo Ângelo, estava prestes a chamar meu primeiro paciente do dia. Peguei o prontuário dele e escrevi a data: 14/05/13. Aí parei e pensei: "Opa, esse dia me lembra alguma coisa, 14/05, 14/05... Claro! Aniversário de namoro!". Contei nos dedos e constatei que eu e o Bruno estávamos fazendo 8 anos de namoro ontem.

     Embarquei pros EUA numa sexta feira, 13 de maio, com a cara e a coragem. Nunca tinha andado de avião antes, e fiquei com medo de me separar da minha mala, pois o pai disse enfaticamente, várias vezes, que ela seria extraviada e que eu ficaria só com a roupa do corpo na terra do Tio Sam. Bueno, enquanto não vi a mala na esteira, não sosseguei. 

    Achei que o aeroporto de Newark fosse como a rodoviária de Porto Alegre. Quando vi que me enganei (redondamente...), resolvi seguir o fluxo e tentar achar a saída, já que não falava nada em inglês a não ser: "I don't speak English!" (depois disso, criei vergonha e fiz intensivo de Inglês, pelo menos agora bato um papinho de leve...). Eis que o pessoalzinho simpático da imigração me descobriu e me levou pra famigerada salinha que os imigrantes ficam aflitos sem saber o que vai acontecer.

     Alguém aí lembra da Sol, da novela América? Me senti a própria. Estava só esperando me deportarem, e fiquei imaginando minha entrada triunfal no país pelo México, tudo pra ver o Bruno. Mas dúvida da imigração era como eu estava vindo do Brasil com um passaporte Italiano. Até explicar tudo e aguardar a checagem da reserva do hotel, etc, etc passaram-se longos 40 minutos. Pensei cá com os meus botões que o Bruno já estaria cansado de esperar e deveria ter ido embora dormir, pois já eram quase 8 da manhã.

     Depois da carimbada no meu passaporte me dando 30 dias de "licença" pra ficar em terras americanas, continuei seguindo o fluxo até encontrar o Bruno, com um sorriso e de braços abertos me esperando, pacientemente no portão do desembarque.

     Ficamos perdidos dentro do aeroporto procurando a nossa saída por uma hora e meia (aí tive certeza que, se o Bruno não estivesse lá comigo, certamente eu continuaria perdida lá dentro por uns 3 dias, no mínimo), até que conseguirmos pegar a van do hotel. Ele me levou pra conhecer a cidade, saímos com uns amigos dele e no outro dia fomos pra casa que ele morava com o Geison e o Neno, numa cidade próxima. 

     Sinceramente, não tinha maiores pretensões com o Bruno. Queria mesmo era vê-lo, ficar perto dele, já que sempre me senti tri bem ao seu lado. Mas como fui oficialmente pedida em namoro, confesso que fiquei com a boca nas orelhas. Nunca imaginei namorar o Bruninho, que eu almejava desde os 15 anos. Mas essa parte da história merece outro post, outra hora.

     Desde que nos casamos, há quase 4 anos, nem eu nem o Bruno nos lembramos do nosso aniversário de namoro. Espero que nos anos que virão a gente se lembre mais desse dia tão legal.   

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Os iguais

     Sexta feira de manhã cedo, a família Turra Sala já cordada, se arrumando a fim de sair para seus afazeres matutinos. Estávamos os 4 no quarto, a Laura brincando, a Bella se espreguiçando e eu e o Bruno em frente ao roupeiro, cada um pegando as suas roupas, entretidos com a neninha, que conversava sem parar nos descrevendo os bichinhos de um livro. Não vi que roupa o Bruno escolheu, nem ele viu a que eu estava terminando de vestir. Quando olhei pra ele, vi que ele vestiu uma calça de tom cru, sapato marrom, camiseta branca e uma camisa jeans por cima. A roupa que eu estou usando hoje: calça de tom cru (um pouco mais escura, vá lá...), sapato marrom, blusa branca e uma camisa jeans por cima.

     Mereceu uma foto. E olha a "pose"que a gente fez! Iguais mais uma vez!




quinta-feira, 2 de maio de 2013

O sono do feriado

     Quando ganhei a Laura, o conselho mais ouvido foi que quando ela estivesse dormindo, eu deveria aproveitar e dormir também, pois eu não teria ideia de quanto tempo ficaria acordada cuidando das cólicas, choros etc. Graças ao bom Deus, a neninha dormiu e dorme muito bem até hoje. Fora quando toma chimarrão ou tererê, nunca deu baile. Sempre foi boa de cama. 

     O cansaço está batendo agora, principalmente nos finais de semana e feriados, como ontem. Na terça ela foi dormir super tarde, por conta da jantinha que fizemos pra Daia e pro Tiago. Como consequência, dormiu até as 11:00 da manhã de ontem. De tarde, estávamos os 4 na sala (eu, o Bruno, a Laura e a Bella). Papai e mamãe com muito sono, deitados no sofá, a Bella dormindo de boca aberta e a Laura com a corda toda. 

     Tentamos de todas as formas fazer com que ela deitasse conosco e dormisse um pouco, mas nossas tentativas foram frustradas. O jeito foi o revezamento. Enquanto eu cochilava, o Bruno brincava com a Laura, até ela pedir que a mamãe entrasse na brincadeira. Aí eu assumia a pequena e o Bruno dava uma dormida rápida. 

     Obviamente que não descansamos nada. Lá pelas tantas, o Bruno leu os meus pensamentos e com os olhos em "meia espada" me indagou: "Será que não dá pra dar um Dramin pra Laura?". Rimos e respondi que achava que não era aconselhável tomar tal medida.  Saí dar uma volta com ela na rua. Correu por duas quadras, olhos as vitrines e voltamos pra casa depois de uma meia hora.

     Foi então que ela  pegou o nana e o "biti" (chupeta), apontou pra cozinha e pediu um leitão. Tomou tudo e dormiu como um anjo. Me deitei na cama e dormi tão profundamente que quando acordei não sabia onde estava.


Os "gavolas"

     Não sei, mas tenho a impressão que o termo "gavola" é regional. Pra quem não sabe o seu significado, aí vai:
Gavola: pessoa que conta vantagem, que gosta de se vangloriar, de se gavar. O pior é quando a pessoa "gavoleia" uma terceira pessoa. Bem comum entre pais e avós. 

     Esses dias escutei um pai (com quase 40 anos, tão mimado que até hoje não saiu da barra da saia da mamãe) falando do rebento: "O fulaninho  é um amor, uma criança dada, que sorri pra todos. Faz cocô com cheiro de mamãozinho! A criança mais feliz do mundo."  Me deu vontade de responder: "Ok, tomara que não seja mimado como o pai. E no mais... alguém te perguntou o cheiro do cocozinho do fulaninho? "


     Avós "gavolas" também enchem o saco. É só encontrá-los que depois do "oi, tudo bem!", logo vem a metralhadora de gavolices: "Tu tem que ver a sicraninha, porque a sicraninha tá caminhando agora, porque a sicraninha já tem dentes, ai... que saudades da sicraninha!!!" Blá, blá, blá... 


     Certo tempo atrás, convivi por anos com uma mulher que, na época, tinha uma filha. Agora tem mais um guri. Todo santo dia, ela falava da tal da filha, que a fulaninha fez isso, mexeu naquilo, começou a falar tal coisa... isso sem ninguém perguntar. Por sorte, nunca mais vi a vivente, e tirei de lição que, quando e se me tornasse mãe, não iria ser chata e "gavola" como a mãe em questão.Tanto que só falo da Laura pra quem me pede, e ainda sou bem sucinta. Me propus a escrever o blog mais a título de registro. E não escrevo só da Laura, e sim de acontecimentos e temas que fazem parte do meu dia a dia. Quem quer lê, quem não quer ,não lê; simples assim. 

     Um dos vários motivos que fazem com que as amizades mudem depois que se tem filhos, é o fato dos pais (mais a mãe, mas tem pais que peloamordavacajersey!!) só falarem do rebento. Pros casais que ainda não têm filhos, muitas vezes isso se torna massante, chato e desinteressante.  Falem de outras coisas, pessoal! Deixem de ser gavolas.








Retrocesso

     O deputado federal Marco Feliciano saiu com uma essa semana que, sinceramente, me caiu os butiás e tudo mais que eu tinha nos bolsos. Fazer com que profissionais da saúde venham a sugerir a seus pacientes o que ele chama de "cura gay".

     Já escrevi e repito que estamos nesse mundo pra evoluirmos. E dizem os entendidos que a gente não regride em nenhum aspecto. Mas aí, vendo um vivente desses propondo em pleno congresso nacional uma asneiragem dessas, tenho que discordar dos entendidos. Ele regrediu, e bastante.

     Apesar de achar a homofobia coisa de gente ignorante na última instância, fico bem na minha quando escuto, leio ou vejo essa gente vociferar contra os homossexuais. Cada um tem sua opinião e ponto final. Discutir com ignorantes nos torna baixos como tais. 

     Fico pensando nas pessoas que elegeram esse deputado. Se é um país ridiculo e preconceituoso que os eleitores do seu Feliciano querem, pois bem, fizeram uma excelente escolha. 

    Meu sentimento perante o deputado Marco Feliciano é de pena. Gostaria que ele ficasse por dentro dos jornais e demais meios de comunicação. Quem sabe lendo as críticas de pessoas um pouco mais esclarecidas, colocasse a mão na consciência e resolvesse arregaçar as mangas e trabalhar de verdade, apresentando projetos de fundamento no Congresso.