sexta-feira, 13 de abril de 2012

Agruras da maternidade

     Eita semaminha doída essa. Vamos aos fatos doloridos então:
     Primeiro relato da semana foi a massagem power pra colocar tudo o que quase 9 anos de profissão fizeram com as minhas pernas. Descobri que o movimento que eu faço com as pernas no mocho (a cadeirinha com rodinhas que os dentistas usam pra trabalhar) diariamente, inúmeras vezes por dia detonaram meus joelhos e o restante das minhas pernas. Isso fora a torção no tornozelo que eu consegui fazer em setembro, resumindo: tá tudo fora do prumo. E pra colocar tudo pro seu devido lugar doeu, mas doeu muito. E segue doendo, já que além de ficar com as pernas sensíveis e cheias de marcas arroxeadas, não podia tomar anti inflamatório por causa da amamentação. Escrevi certo, não podia porque o relato a seguir me permitiu a ingestão de tal medicamento milagroso.

     Segundo relato dolorido da semana: leite empedrado. Pelo amor da vaca jérsey.... não há como descrever a sensação se ter o seio com uma bola de tênis dentro. Percebi a bola (ainda do tamanho de uma de ping pong) ontem pela manhã. Mas amamentei e segui com a vida, coloquei a Laura dormir depois do almoço e fui trabalhar. No meio da tarde, não consegui mais atender os pacientes, tamanho era o incômodo e o crescimento visível da bola no meu seio esquerdo.

     Fui pra casa e segui as orientações do Dr. Juarez: banho quente, massagem pra desfazer o caroço e esgotar o leite com a bombinha, amamentando ou ordenhando com as mãos. Depois de vários banhos, massagens e analgésicos, a bola continuava me perturbando. Fui até a maternidade na esperança de que alguma enfermeira bondosa me ajudasse a ordenhar e me livrar da tal bola. As enfermeiras bondosas não me deram a mínima boa e me mandaram falar com o meu obstetra. Liguei de novo pro Dr. Juarez, agora aos prantos, de tanta dor. Ele me receitou um spray nasal que ajuda o leite a descer. Pouco adiantou.  Consegui passar a noite rezoavelmente bem depois de tomar uns analgésicos e de mais uma boa quantia de banhos quentes e massagens no peito.

     De manhã falei com a pediatra da Laura, a Dra. Maria Antônia, que me receitou - quem diria!!! - um antiinflamatório dispersível (que desmancha na boca). Pelo menos agora consigo pegar a Laura no colo e trabalhar. A bola parece não estar mais tão dura (mas segue firme e forte) e a dor agora deu uma amenizada. No final da tarde vou mostrar o peitão pra Dra. e ver o que ela acha.

     Foi só elogiar o titão há alguns dias atrás que deu no que deu... Comentário da minha cunhada Márcia no início da tarde: "Bem vinda à maternidade, meu bem!".

     A seguir cenas do próximo capítulo.

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