Dia de verão em pleno inverno

Novidades no dia quente de inverno.

Era uma vez a bacia de pipocas...

     Aproveitamos o lindo dia ensolarado e quente que fez hoje e fomos passear no Parque de Exposições com a Laura e a Bella. Lá encontramos a Dinda Ita, a Lari, a Cris e Jane (mãe da Cris).

     A Laura aproveitou muito a tarde. Achou as folhas secas na grama uma baita atração e conseguiu até virar a bacia de pipocas. Diversão garantida! Ela nem dormiu de tarde pra poder curtir todas as novidades. Encontramos a Camila e a Milena andando de bicicleta no final da tarde e logo depois, nossa pequena caiu no sono no colo do Bruno.

''Bebê lindo''

     Essa semana escutei um relato muito querido envolvendo a Laura. Estávamos almoçando num restaurante aqui de Santa Rosa e encontramos a Camila, uma arquiteta que assim como a grande maioria de nós, mulheres "prafrentex" (como diria o meu pai) exerce mil e uma atividades. Além de trabalhar nos projetos dos clientes, ela ainda é professora de arquitetura em Santo Ângelo. Suponho que a função de educadora deva consumir um baita tempo dela (preparação das aulas, carga horária em sala de aula, correção de provas e trabalhos..., cansei só de pensar).

     Ela contou que dia desses estava corrigindo as provas dos alunos, cansada, quando resolveu dar um tempo. Disse que abriu uma foto da Laura que ela salvou no seu computador, numa pasta chamada ''Bebê lindo'' e ficou olhando pra ela por alguns instantes.

     Enquanto falava, a Camila inclinou a cabeça pro lado e sorriu, imitando como fez quando viu a foto da Laura na tela do computador. Nem preciso dizer que fiquei com a boca nas orelhas de orgulho! Nunca pensei que a imagem da Laura pudesse servir de alento durante uma tarefa cansativa como a que a Camila estava exercendo.

     Só posso agradecer pelo carinho, Camila. E sinta-se à vontade pra copiar quantas fotos da Laura tu quiseres! Temos uma variedade enorme disponível!

Resfriado dos grandes

     Semana de pouco sono e aflições básicas da maternidade. Na segunda levamos a Laura na pediatra. Tudo certo. Na terça ela amanheceu toda congestionada, ranhentinha como eu digo, e com o passar do dia surgiu uma tosse pra completar o quadro. Tentei entrar em contato com a pediatra, mesmo sabendo que ela iria à um congresso e não consegui. Então comecei a dar um xarope expectorante fitoterápico, um descongestionante nasal via oral e Kaloba, pra aumentar a imunidade da neninha. 

     Durante o dia ela fica bem ativa, brinca, saracoteia... tudo dentro da normalidade, fora o nariz escorrendo e alguns espirros. Mas é só o sol se por que os espirros se multiplicam, a tosse surge com força e o nariz congestiona totalmente. Mesmo com muito sono ela não consegue dormir direito. Ninguém nessa situação consegue!  Tentamos entrar em contato com outros padiatras da cidade, mas pelo jeito todos foram pro tal congresso. Ficamos da dúvida se levávamos ou não ela no médico (em Santo Angelo mesmo...), mas resolvemos seguir as orientações das mamães mais experientes: sem febre e sem secreção amarelada, é só acompanhar e manter a criança hidratada.

     Ontem a noite levamos a Laura pra nossa cama, porque cada vez que ela tossia acabava  acordando e se erguendo no berço. Resumindo: eu e o Bruno não dormimos praticamente nada. Levamos chutes e tapas involuntários, sem contar as viradas espetaculares que ela dá na cama, vindo parar encima de mim umas 3, 4 vezes. Exaustos, resolvemos colocá-la de volta no berço depois da mamada matutina (quase 6 da manhã) e conseguimos dormir um pouco, até o dia clarear.

     Hoje resolvemos seguir mais um conselho das mães mais experientes:  massageamos o peito da Laura antes dela ir pra cama com o famoso Vick Vaporub. Santo remédio. Desde às 21:00 ela dorme sem tossir.

Suponho que teremos uma boa noite de sono, sem chutes nem escaladas na mamãe e no papai de madrugada.

Turbo

     Nossa neninha anda com o turbo ligado ultimamente. Quando pegamos ela no colo, parece que ela quer ir além, escalar nossos ombros e continuar subindo. Quando colocada no chão, continha dando as poucas engatinhadas e depois se arrasta pra debaixo dos móveis ou pro piso gelado, longe da área inocentemente delimitada pra ela. O berço já foi baixado, porque esses dias pegamos ela toda faceira em pé na cama, se debruçando na grade (perigo!).

     Nem a Bella escapa da Laura. Ontem ela estava deitada no braço do sofá e a Laura tentou, tentou até que conseguiu pegar uma das patas traseiras da peluda e por pouco não coloca na boca! Adora o corredor do prédio, acho que por causa do eco que faz, ela dá gritinhos e conversa alucinadamente quando abrimos a porta de casa ou estamos chegando no prédio.

     Quando acorda à tarde ou no meio da noite, não conseguimos mais vê-la na TV da babá eletrônica, porque ela fica de bruços, sai engatinhando pelo berço até conseguir se levantar apoiada nas grades. A hora da troca de fraldas se transformou numa operação de risco. O cuidadotem que ser redobrado pra evitar que ela caia do trocador, pois se vira de um lado pra outro, quer sentar e pegar tudo o que está ao seu alcance. Ficar parada no carrinho? Só se o mesmo estiver em constante movimento, se não, nada feito.

     Agora entendo porque algumas mães se transofrmam em cadarços de tão magras quando os filhos começam a engatinhar ou entram lá pelo oitavo ou nono mês. Haja fôlego!

Oitavo mês

     E se finda o sétimo mês da Laura. Nesses últimos 30 dias foram várias as conquistas da nossa pequena. Poucos dias antes de fazer 7 meses, ela começou a sentar sozinha. Agora, quando sentada, já se levanta se apoiando em mesas, no cercadinho, no berço ou nas pessoas, aos trancos e barrancos, mas se levanta. Engatinhar, no sentido literal da palavra, ainda não, mas começou se arrastando pra trás e agora já progrediu na vida e se arrasta pra frente. Está quase quase engatinhando legal, já fica na posição certa e dá o primeiro "passo", mas logo depois acha mais fácil ir se arrastando mesmo. Se deixarmos, ela vai longe, mas por causa do piso frio aqui de casa, temos limitado um pouco a área de ação dela. Comprei aquelas peças de E.V.A pra forrar uma parte da sala, pra que ela possa treinar o "engatinhamento". Aliás, a única parte livre da sala era essa, pois agora a decoração da casa mudou totalmente com as coisas da Laura. Móbile, cercadinho, caixa de brinquedos, livros, cadeira de alimentação... o espaço está ficando pequeno pra tanta coisa.

     Outra coisa que ela faz, e isso há tempos, é pegar os brinquedos, objetos e até os pêlos da Bella com 3 dedos: polegar, indicador e médio, os outros dois ficam sempre erguidos, como uma madame...

 Ah, tem mais uma coisa! Ela faz "tchau tchau" com a mãozinha! Muito fofa! Mas só faz quando está afim, e não quando pedimos.

     Como ela está comendo bem e bastante, eu e o Bruno tínhamos a expectativa que ela tivesse engordado no mínimo 1 Kg. Ledo engano. Ela engordou só 350 gr, estando portanto, no auge dos seus 6, 650g, e está 1 cm mais alta. Ótima de saúde, não pára de saracotear nenhum minuto sequer. Segundo a pediatra, isso é o que importa, pois a Laura é miudinha (não poderia ser diferente com os pais que tem!).

     Ela está linda, cada dia mais querida e carinhosa conosco. Hoje, esperando a nossa vez na consulta da pediatra, eu e o Bruno comentamos que daqui há 4 meses, nossa Belezinha vai fazer 1 ano já. O tempo passa, o tempo voa...

Vô Pedro e Vó Taninha

O colinho do vô Pedro.

     Hoje passamos uma tarde muito agradável por conta de um delicioso chá na casa dos avós mais frescos da praça: o Pedro e a Tania Steffen. Pra que não os conhece, vamos às apresentações: eles são pais do Marcelo e da Caro, amigos de infância do Bruno. Ele e o Marcelo são muito amigos e se criaram juntos.

     Recentemente nasceu a filhinha do Marcelo e da Fabi, a Pietra. Calminha, pequenininha e muito amada por essa família tão especial. O chá da Pietra contou com a participação de vários amigos da família, e consequentemente, a prole de cada um. Entre pequenos e "médios" perdi a conta de quantas crianças estavam lá.  O Marcelo se transformou num pai coruja e o vô Pedro e a vó Taninha não escondiam a alegria de ter a Pietra por perto.

     Sempre que encontramos o tio Pedro e a tia Tania, eles fazem a maior festa com  Laura. E hoje não foi diferente. O Pedro se revezava no colo e nas brincadeiras com a Joana (da Fofa e do Diogo) e a Laura. A Taninha sempre atenciosa, distribuíndo simpatia e sorrisos. E ainda tem a tia Caro, que não vê a hora da Pietra crescer um pouco pra poder apertar bastante a boneca. Enquanto isso não acontece, ela se contenta em apertar a Jo e hoje aproveitou pra afofar a Laura também, além de brincar e dar toda a atenção pra Duda (filha do Augusto e da Ju Barboza). A Fabi, mãe da Pietra, está tirando as primeiras lições da maternidade de letra, mesmo assim me coloquei à disposição pra quebrar qualquer galho.

      Desejamos muita saúde pra Pietra e músculos fortes aos avós, pois daqui há pouco tempo eles vão estar correndo atrás da ex pequena Pietra.Com tanta demostração de carinho, temos certeza que ela erá uma criança muito feliz tendo tanta gente bacana ao seu redor.

A luz

     Terça feira à noite, frio, cansada, desde sexta feira longe de casa, sem roupas limpas na mala, ainda tendo que enfrentar a rotina de janta, banho, mamá, boa noite e cama da Laura. Louca pra tomar um banho quente, me atirar no sofá, tomar uma taça de vinho e assistir a novela.

     Eis que entro em casa, carregada de mala, mochila, sacolas, tento acender a luz da sala... e nada. O Bruno vem logo atrás com a Laura no colo, e eu pergunto se ele pagou a conta da luz do mês retrasado, que andava extraviada por aí. Ele respondeu que não, que só tinha pago a do mês passado. Então nos cortaram a luz. Que ótimo!

     Após a constatação do fato, ascendemos todos os castiçais e velas da casa e fizemos outra mala nossa e da Laura pra passarmos a noite na casa do Seu Bruno, com a Márcia, o Temi, a Bruna e o Tiago (que estão lá de caseiros). Eu de um lado pra outro do apartamento colocando roupas limpas na mochila e o Bruno atrás de mim, com a Laura no colo e a vela na outra mão, iluminando o caminho.

     Segue o nosso diálogo, já no carro, à caminho de um banho quente:

Bruno: Com ar de aventura do rosto, pra variar:

- Foi cagada minha... desculpe. Mas esse tipo de coisa acontece! 

Após alguns minutos de silêncio da minha parte...

Bruno:

- Ainda bem que a mamãe levou tudo na esportiva, né, Laura?

Eu:

-Sem comentários...

Bruno, dando risada:

- Eu sabia que tu iria dizer isso!!

  

Foi-se a taça de vinho atirada no sofá vendo a novela... mas garanti o banho quente.

A noitada da mamãe

     Em retribuição à minha benevolência em passar o último feriado sozinha com a Laura enquanto o Bruno enchia a barriga de carne e cerveja na Argentina, fomos à Porto Alegre na sexta feira pra que eu pudesse curtir uma noite na Cidade Baixa, como nos velhos e bons tempos.

     Noite com temperatura super agradável, tudo planejado, o Bruno e o Fábio ficaram com as crianças (Laura, Vicente e Martina) enquanto eu, a Tani e Camila e a Cássia desbravamos os bares da Cidade Baixa. A programação começou no Ocip, com cerveja e a inigualável pizza de lá. Como não amamentei às 21:00, tive que esgotar o leite no banheiro do bar, sem os apetrechos da bombinha, na mão mesmo. Depois de um tempo, recebemos uma foto via celular do Bruno dando banho na Laura (ambos molhados!) e retribuímos o gesto com uma foto do quarteto tomando uma gelada.

     Seguimos pro 512, um bar muito legal onde escutamos ótima música e tomamos mais cerveja. No meu caso, intercalava a gelada com água, por causa da amamentação. No 512 também esgotei o leite, pois meus peitos já estavam estourando. Entre muita risada, fotos e`remelexos, curtimos reagge, MPB e black music de primeira. Por causa da história dos alvarás, esse bar fica aberto até às 2:00.

     Não satisfeitas, fomos então pro Bongô, que tem alvará pra funcionar até às 6 da manhã. O bar estava praticamente vazio, o que nos deixou muito à vontade pra tomar mais e mais geladas (e eu diluíndo a ceva com água) e dançar bastante. Enquanto nos divertíamos, eu dava umas chegadas no banheiro pra esgotar a leitaria e só pensava: "Que falta que a bombinha faz!". Já estava com dor nos seios de tanto leite!

     Chegamos em casa às 4 da manhã e eu corri pro quarto pra amamentar a Laura. Depois dela se saciar, ainda tirei 120 ml de leite com a bombinha. Recebi o relatório do Bruno (a que horas ela mamou, a que horas dormiu, se fez cocô...) e dormi abraçadinha com ele com os cabelos fedendo à cigarro.

     Saldo da noitada na Cidade Baixa: positivo e operante!! Decididamente tenho que fazer isso mais vezes. Mesmo sentindo muita, mas muita saudades da Laura, dor nos peitos de tanto leite, ter que intercalar a cerveja com água e cair de sono durante todo dia de sábado, adorei ter me divertido com as C's (Camila, Cristiane e Cássia), dar boas gaitadas e sair um pouco da rotina.

     Um agradecimento especial às perceiras de festa e ao tio Fábio, por ter me emprestado a Tani por na sexta feira pra que eu pudesse aproveitar a noite em excelente companhia.

Papápápá e banho.

Segue o link do vídeo da Laura pedindo por papá, e o Bruno tentando fazer ela dizer ``papai``.

http://www.youtube.com/watch?v=WAamsVbEqKc&feature=relmfu

O link abaixo é uma amostra de como estão sendo os banhos da Laura: divertidos e bem molhados!

http://www.youtube.com/watch?v=aCYK0d8Pst4&feature=share

O dia dos namorados

A melhor massa, com coração de molho de tomate.

     Segunda feira à noite, a Laura deu um baile na hora de dormir, e se aquietou lá pela 01:00 da madrugada. Tal fato nos deixou um tanto apreensivos diante das próximas noites, principalmente na noite do dia 12 de junho, dia dos namorados. Será que conseguiríamos comemorar ou ficaríamos nos revezando pra cuidar dela até que pegasse no sono, como na última noite?

     Fizemos tudo conforme a rotina da Laura: janta, banho, titão, um boa noite carinhoso e cama. Graças à Deus ela voltou a se comportar exemplarmente, nos deixando comemorar a noite dos namorados. Claro que sem excessos nem nada, coisa caseira, mas especial. Afinal, pela primeira vez em 7 anos, temos companhia nesse dia.

     O Bruno fez uma das suas especialidades, a massa deliciosa de capeletti (com a qual ele me pegou pelo estômago, há anos atrás). Tomamos vinho, jantamos à luz de velas, conversamos (baixinho, pra não perturbar o sono da Belezinha), nos aconchegamos no sofá com o edredom e curtimos a noite como bons namorados.

     Certamente nossas próximas jantas do dia 12 de junho serão à três, mas sempre com muito amor.

Músicas

     Sabem aqueles livros do bebê, onde se registra as primeiras visitas no hospital, os primeiros presentinhos, as medidas do bebezinho..., e as mães fazem questão de registrar tudo o que está acontecendo na vida dos seus pimpolhos? Tmbém temos um desses, e achei por bem registrar no livro de Bebê da Laura a música que estava estourada na época que ela nasceu. "Ai, se eu te pego, ai, ai, se eu te pego...".

     Sucesso mundial, encheou os bolsos do Michel Teló e se tornou um chiclé de ouvido: impossível não cantar. Definitivamente não gosto desse estilo musical, mas ao menos a letra é bem feita, sem os tão comuns erros de português que ando escutando no tal de sertanojo universitário. Sertanojo mesmo, não escrevi errado. Peço escusas aos leitores que apreciam o sertanojo, mas...

     Me prestei a procurar as letras na internet pra ter certeza que os "compositores" de tais jóias tinham escrito errado mesmo ou era implicância minha.

 Analisem o primor da "Casa das prima": a barbaridade já começa no título...

"... É que eu so sim memo, so sim memo
Se a mulher começa a sorta o veneno...

...Wisk do bom e mulher bunita
Na casa das prima, na casa das prima..."

E a famigerada musiquinha do Neymar, o tal de Tchun tcha tcha:

"... no nordeste as mina faz..."

      De duas uma: ou ninguém tá nem aí pra letra nenhuma ou eu que implico sim com essas bobagens (que alguns chamam de música) que estão escutando por aí. As duas opções estão corretas.

     Aí vocês vão me dizer: "Mas a Laura adora o Kuduro!" Sim, e é uma graça ver ela pulando, rindo e dando gritinhos de alegria ao som do Kuduro. Mas que seja excessão à regra Uma criança que desde a barriga escutava David Gilmour e foi até no show do U2 não pode vir a curtir "Cachorro, perigoso, safado, carinhoso e pronto pra te dar amor...". Laura, assim você mata o papai (e a mamãe!).

Pronto, escrevi...

     Segue um breve desabafo de uma mãe, sozinha com sua filha numa noite de um feriadão. Sábado gelado, feriadão quase terminando, tecnicamente estamos no domingo, 10 de junho (00:10). Estou na casa dos meus pais em Santo Angelo e a Laura está deitada na cama comigo, brincando feliz da vida enquanto eu aguardo o sono da pequena retornar. Não sei porque, mas acho que esta vai ser uma noite bem longa. Peguei dois filmes do Almodóvar na locadora a fim de curtir um programa que há meses não faço, mas pelo jeito meu programinha foi-se por água abaixo...

     Meu excelentíssimo esposo encontra-se na Argentina, num encontro de motos desde quinta feira. Detalhe, ele vendeu a moto semana passada e foi pro tal encontro de Fusca, sem ar quente, nesse frio. Bueno, tem louco pra tudo nessa vida. Já eu não tivem muita opção. Queria muito ter ido visitar a Carol e a Luana (e o restante da turma) em Santa Maria, mas não me animei em viajar léguas e léguas nesse frio com a Laura. Então, fiquei em Santa Rosa mesmo e hoje vim pra cá.

     Nessas horas fico me perguntando quando que vou poder me dar ao luxo de viajar sozinha de novo, caminhando contra o vento, sem lenço, sem documento e sem a Laura, como o Bruno fez.  Resposta: não tenho nem idéia. Primeiro pelas questões práticas que a amamentação materna envolve, depois porque não sei se aguentaria de saudades.

     Mas hei de conseguir suportar a falta da pequena e me aventurar - obviamente de carro, ônibus ou avião, moto e fusca estão completamente fora de cogitação - por alguns dias, assim como papai Bruno.

A melhor recompensa

     Essa história de '' fazer o bem não importa a quem'', '' amar e não esperar nada em troca'' é coisa de muito bom samaritano. Acho lindo quem consegue fazer esse o seu lema de vida e ser amigo de tudo mundo, ajudar o próximo mesmo que isso te deixe mal de alguma forma, perdoar quem te fez sofrer ou te sacaneia... beleza. Até tento, mas não consigo fazer menos da metade dessas ações acima citadas. Também não é pra achar que eu sou a pior pessoa do mundo, ok? Claro que sou gente boa, mas de vez em quando espero reconhecimento pelo meu esforço, tanto no trabalho quanto na vida pessoal, amorosa, nas amizades... quem não quer se sentir querida, afagada, importante na vida de alguém??

     Fiz toda essa introdução pra dizer o quão feliz me sinto ao ver que a Laura demonstra que sabe quem eu sou. Há pouco tempo ela começou a reagir a minha chegada com sorrisos, gritinhos e braços estendidos em busca do colinho da mãe.

     Essa noite aconteceu algo que fez meu coração se aquecer a ponto de derreter, mesmo com toda essa friaca de temperaturas negativas que atinge Santa Rosa. Eu e a Laura estávamos dividindo a mesma cama (em busca de mais calor humano na madrugada gelada), ela já dormindo há horas, eu recém chegada no quarto. Me deitei silenciosamente e fiquei olhando aquele anjinho dormir de bruços (o seu jeito predileto de dormir). Passado uns dez minutos de contemplação, ela acordou, levantou a cabecinha, me viu, sorriu pra mim e segurou o meu pijama com as duas mãozinhas me puxando pra perto dela como se dissesse: ''Vem pra perto de mim, mãe!''. Prontamente nos aconchegamos e dormimos as duas abraçadas.

     Naquele momento senti que ela sabe que eu sou a mãe dela. Quer melhor recompensa do que essa na vida?

Horas de sono a menos = mau humor do cão

     O post que eu escrevi ontem teve mais fotos do que fatos escritos, pois estava me recuperando de um início de semana medonho. Não sei o que aconteceu com a Laura nesse final de semana, só sei que de domingo pra segunda e pior, de segunda pra terça, ela pouco dormiu, e consequentemente eu também. Acordava, fazia manha, não queria saber de dormir e só pegava no sono muito tempo depois de tirar meus peitos como chupeta (coisa que me deixou preocupada...). 

     A vida tinha que seguir, mesmo eu estando com umas olheiras horríveis e um mau humor do cão, precisava trabalhar. E lá fui eu. Procurei falar o mínimo possível, correndo o perigo de soltar os cachorros nos pacientes ou em qualquer cidadão que ousasse falar comigo além do estritamente necessário.

Pode parecer exagero, mas se tem coisa que me deixa fora de mim é quando não posso dormir as horas que preciso. Se ela estivesse doente, tudo bem, mas sem motivo aparente pra fazer esparro na madrugada... putz!! Na sexta feira fui parar no ohospital por conta de uma crise de enxaqueca, e ontem achei que precisaria dar uma chegada lá de novo, pra tomar um calmante intra venoso.

     Chegando em Santa Rosa, a Laura começou com a choradeira de novo. Dava pra ver que estava caíndo de sono, mas não dormia, só chorava e esperneava. E a mamãe aqui... contando até dez, vinte, trinta... até que não tive mais alternativas: liguei pro Bruno e só disse que precisava dele NAQUELE MOMENTO em casa, coloquei ela na cama e deixei que chorasse. Tinha vontade de largar tudo, sair correndo pela rua.

     Depois de mais ou menos uns dez minutos de ranço com o pai, ela finalmente se acalmou e adormeceu. De volta à vida normal. Meu mau humor foi se dissipando conforme o tempo passava, mas fiquei tão tensa que meu corpo todo doía. Avisei o Bruno pra não falar muito comigo nesse tempo, não queria descarregar o mau humor nele.

Depois de uma noite de sono relativamente tranquila (sonhei toda a noite que estava funcionando com a Laura no colo, chamava o Bruno pra ele pegar ela um pouco, me acordava procurando ela na nossa cama...) acordei de bem com a vida hoje de manhã. As mães mais experientes me disseram que a  vontade de sair correndo é normal e que passa. De fato, sou outra pessoa hoje, bem mais humana e calma do que ontem.

Progresso

      Na casa da nona Mana e do nono Roque. Estampada no rosto da Laura a alegria de ser independente! Mesmo pisando nos próprios pés, ela conseguiu fazer metado do percurso do cercadinho e ficou feliz da vida!!! Caiu vários e vários tombos e logo vai estar se levantando sozinha.

     Acho que teremos que providenciar um cercadinho aqui pra casa.

Nham nham!

A bergamota.

O bife.

 

O arroz do sushi.

     Estamos tentando, minha gente!! A tia Márcia ainda é a preferida na hora de comer, mas encontramos uma outra opção muito interessante: O dindo Grilo. A Laura se rendeu ao tempero e ao carinho do dindo abrindo o bocão e comendo todo o almoço!

É bem vindo um pedaço de bife - que ela chupa até se desmanchar -  e a papinha de bolacha maria e e leite também sempre agrada. Ontem ela se engraçou até pro nosso sushi! Comeu com gosto o arroz e pediu mais!  Um gominho de pergamota também faz sucesso (e lambuzeira).

     Não quero cantar vitória antes do tempo, mas pelo jeito nossa Belezinha está ficando boa de garfo (e de rashi também).