sexta-feira, 26 de julho de 2013

Frio

     Ainda bem que nessa vida há gosto pra tudo. Aos que gostam de inverno e frio, fica registrada aqui minha admiração. Não consigo curtir a estação. Isso desde a tenra idade. Tínhamos em casa uma daquelas estufas que embutem um botijão de gás atrás. Me lembro de viver trepada na estufa, de tanto frio que sentia.

     Tenho que usar tanta roupa que não consigo encontrar o charme e a elegância que se fala das vestimentas de inverno. Pareço uma cebola, tenho várias camadas de meia calça, meias, camiseta, blusão... Esses dias li no Facebook que quem acha que o inverno é elegante, nunca viu um mijão. Tem gente que conhece tal peça do vestuário como cuecão. É feio do mesmo jeito. 

     E namorar com esse monte de roupa, alguém se anima?? Quando as camadas vão sendo tiradas e o cidadão encontra aquela meia calça furada e a camiseta que a gente usava na copa de 1994, se ele seguir em frente é porque o amor é grande!!!!

     Meus pés estão constantemente gelados. Consigo mantê-los quentes quando minha bolsa de água quente entra em ação. Ela me acompanha na yoga, na cama na casa da mãe, na casa de amigos bem chegados... mas como não consigo levá-la ao trabalho e é lá que passo a maior parte do dia, me lasquei.

     Sempre tomo banho á noite, antes de dormir. No inverno principalmente, pois só assim consigo me esquentar e dormir tranquila. Só que como tenho que colocar muita roupa e tenho alergia a coisas de lã, me coço inteira. Então além de ficar me coçando durante o dia inteiro, de noite, no banho, passo um escovão no corpo pra coçar tudo de uma vez só. Parece que tomei um torrão no sol, de tão vermelha que eu fico. Coisa linda de se ver...

     E a comilança nessa época do ano??  Muita gente deve estar pensando: "'É a melhor parte!!". Concordo que é bem bom comer. O problema é que com o frio, a gente acaba se empanturrando. Terça feira, o dia que fez o frio mais desumando dos últimos tempos, resolvi aderir á tradição e comer até não poder mais. Barquete e trouxinha do Pag Menos (não há melhor...), vinho, pizza... No outro dia, além de ainda estar embugada, acordei com uma dor de cabeça pra me lembrar que não posso abusar desse jeito.

     Tem os que acham delicioso tomar um vinho vendo o fogo da lareira. No meu caso, se meus pés não estiverem dentro da lareira, ou com uma bolsa de água fervendo em cima, com no mínimo um edredom ou um cobertor grosso me tapando, não consigo achar graça no programa.

     Sei que quando o auge do verão chegar, vou reclamar também. Que é muito quente, que a gente mal acorda de manhã e já está grudando... na verdade não sou nada chegada em extremos. Mas ainda prefiro um calor do que essa friaca desgraçada.

O que me resta é planejar o futuro da família TurraSala em um lugar com temperaturas amenas, sem extremos. Pauta para os assuntos sérios a serem tratados com o Bruno. Não quero ficar velha e continuar passando frio. Já imaginaram o ranço??!

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Salve Jorge

     Show do Jorge Benjor, no anfiteatro Araújo Vianna, dia 18 de julho de 2013. Planejamento de mais ou menos 2 meses pra esse dia. Depósito da grana na conta do Daniel pra ele comprar os ingressos, remanejamento da agenda  pra não deixar meus pacientes na mão na quinta do show e na sexta (quando voltamos de Porto Alegre), conversa e esquema com a vó Lulu e com a vó Mari a fim de deixar a Bella e a Laura com elas (respectivamente)... mas valeu a pena.

     Saímos de Santa Rosa na quarta á tardinha, depois da comemoração do dia da Vovó na creche da Miti (Piti, segundo a Laura). Viajamos até o sono bater, paramos na estrada pra dormir e seguimos viagem cedinho. Porto Alegre estava um nojo. Choveu horrores na quinta feira e fez um frio de renguiar cusco.

     Na hora do show (o casal 20, a Camila e o Daniel) chegando no Araújo Vianna, o Dani torceu pra que alguém estivesse vendendo quentão nas imediações. Encontramos várias panelas de quentão fumegando no vento de ladial que batia na Redenção.

     Copos na mão, seguimos em direção á entrada do anfiteatro. Os seguranças não deixavam o pessoal que estava consumindo quentão  adentrar o recinto. Tivemos que ficar debaixo do pórtico, tremendo de frio até terminarmos de tomar o quentão. Lá dentro, a temperatura estava ótima. e o show mais ainda!

     Fui num show do Jorge Benjor quando tinha 14 anos, em Ijuí. Desde então, aguardava pelo próximo "encontro". Garanto que me senti com 14 anos novamente. Dancei, pulei, cantei e ri muito durante as duas horas e pouco que o Jorge cantou. E não só eu aproveitei. A Camila e o Dani lembraram de um verão que passamos escutando Jorge Benjor de manhã, de tarde e de noite. Detalhe: o Dani tinha uns 3 anos e a Camila uns 7. O Bruno também dançou bastante, fez coreografia e como vários, ria ao prestar atenção nas letras de algumas músicas (destaque pra "gravata florida, que gravata sensacional...").

     Já na finaleira do show, umas 15 mulheres foram convidadas a subirem no palco pra dançar uma música com o Jorge. Baixinhas, altas, gordas, magras, encasacadas e, claro, semi nuas. Ok. Se a participação do bando fosse de apenas uma música, ok. Mas ela ficaram lá até o final do show. A maioria dançando, na boa,mas as semi nuas se atracaram a cantar (com vozinhas de taquaras rachadas... pelo amor da vaca jersey!). Os expectadores não curtiram o espetáculo a parte e muitos nem viram o Jorge deixar o palco (nós entre eles...).

     Chegamos em casa com frio, mas realizados. A trilha sonora da viagem no dia seguinte? Jorge Benjor, claro! "Os alquimistas estão chegando...".

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Expectativas

     Semana passada eu e o Bruno viajamos á Porto alegre pra assistirmos ao show do Jorge Benjor no Araújo Vianna. O show e as impressões causadas em nós é assunto para outro post.

     Viajamos eu e ele de carro, sem a Laura (que ficou na vó Mari), nem a Bella (que ficou na vó Lulu). Deu tempo de escutarmos música e conversarmos bastante sobre os mais variado assuntos. 

     Lá pelas tantas, comentei o quanto é comum entre os pais - principalmente os de primeira viagem - criarem expectativas de como será o (a) filho (a), do que ele (a) vai gostar, o que vai ser quando crescer, pra que time vai torcer... vi (e chorei, como sempre) o Boas Vindas no GNT naquela semana, onde um pai disse que a filha que nasceria naquele episódio tinha que gostar de bateria, ser flamenguista e não me lembro mais o que. 

     Aí disse pro Bruno que eu jamais criei expectativas em relação à Laura. Até porque a vida é dela; não minha nem dele. Não sei se ela vai começar a namorar cedo, se vai gostar de meninos ou meninas (pois é... vá saber!!!), se vai querer conhecer o mundo ou morar no interior do interior do RS; se vai ser médica, engenheira ou dondoca.

     A resposta do Bruno me surpreendeu:

     - Eu só achava que a Laura seria loira e com os cabelos bem lisos, uma "alemoa aguada" como tu. Errei feio. Mas uma coisa eu tinha certeza sobre ela: que ela seria muito esperta. E está nos mostrando que isso ela é!

     Depois que ele disse isso, percebi que sim, que criei uma única expectativa em relação à Laura: que ela seria uma alemoa aguada, como eu. 

     Também errei feio, Bruno. E adoro aqueles cachos cor de mel.

quarta-feira, 17 de julho de 2013

O quarteto dançante

4 gerações

     Domingo á noite, na casa da vó Mari, aconteceu uma cena típica daqueles comerciais de margarina. A Laura pediu pro vô G tocar gaita, coisa que ela adora. Atendendo ao pedido da neninha, o vô começou a dedilhar os acordes. E a Laura, sem perder tempo, chamou a vó Mari e a Nona pra irem até a sala (antiga sacada) a fim de acompanhá-la na dança.

     Eu estava no quarto, arrumando a cama pra ela dormir, quando ouço as gargalhadas das três, vindas da sala. Quando cheguei lá, encontrei a Nona e a mãe imitando a Laura na sua dança, algo do gênero do Coisinha de Jesus, só que balançando os braços pra cima e pra baixo, como se imitasse o vô G tocando a gaita ou o papai Bruno dançando o "Bailãodancer", estilo de dança assim batizado por ele. 

     Pensei em buscar logo o celular ou a máquina digital e filmar a cena, mas me rendi à vontade de dançar junto com elas. E não me arrependi. Dançamos, rimos e aproveitamos o momento. 

     Um viva à Nona Sybilla, que acompanhou bonito a coreografia da bisneta e ao vô G, que foi o responsável pela trilha sonora.

     A cena se repetiu na segunda à noite. E novamente deixei de filmar o momento pra dançar com a minha filha, minha nona e minha mãe. 

     Momentos assim não têm preço.

sexta-feira, 12 de julho de 2013

A cara do pai, o gênio da mãe

     O título do post já diz tudo. O meu lado que predomina na Laura não é o físico, mas o "genial". Cada dia mais me convenço disso. Os sinais? Querer tudo na hora, pra ontem, teimosia, brabeza e uma certa tendência á brigar. Como diz o ditado, que sai aos seus não degenera. 

     Duas situações essa semana mostram que mesmo tendo o gênio da mamãe aqui, a Laura tem um lado mais calmo, ponderado (lado este que eu também tenho, mesmo demonstrando pouco).

     Levei o seu Bruno e a Dona Lurdinha pra conhecer a Cirene, minha profe de yoga de Santo Ângelo. E a Laura estava junto. Chegamos os quatro na casa da Cirene e eu logo pensei que assim que a visse, a pequena daria aqueles gritos a lá Cacá Brun, que é o normal quando ela encontra alguém pela primeira vez ou quando faz muito tempo que não vê tal pessoa (a profe Cissa conheceu a Laura bebezinho, ano passado ainda).

     Surpreendentemente, ela ficou calma, deu "oi" pra tia Cissa, foi no colo dela pra explorarem os "oms" da casa, conversou bem querida e não queria ir embora! Fiquei pasma! Falei pra minha sogra que aquela não era a Laura que conhecíamos. Ela concordou.  A Cirene disse que a Laura e ela já se conheciam do tempo que a pequena estava na minha barriga e que eu fazia yoga. Não duvido que o reconhecimento existiu ali, pois o comportamento da Laura foi ímpar.


     Levei a Laura na Dra. Maria Antônia essa semana, pra ver se ela está bem recuperada da gripe que teve há alguns dias. Sempre que vamos até o consultório da Dra., ao vê-la, a Laura abre o berreiro. Dessa vez, preparei o terreno antes, dizendo pra ela durante todo o dia que iríamos visitar a Tia Maria Antônia, que ela é amiga da Laura e que não precisava chorar quando chegasse a hora de visitá-la. "Tá", respondia a neninha a cada discurso meu.

     Durante a espera pela consulta, tudo tranquilo. Na hora que a Dra. chamou pelo nome da Laura, ela se agarrou no meu pescoço e começou a choramingar. Expliquei de novo que a tia era amiga dela e que não precisava ter medo e chorar. A Dra. estava falando no telefone quando entramos na sala, e até nos acomodarmos na cadeira, ficou olhando e sorrindo pra Laura, que disse: "Tonha, miga."

     Olhando meio desconfiada pra Dra., ficou bem quietinha, brincando até a hora do exame. Choradeira na hora de examinar, pesar, medir... mas depois, enquanto eu a vestia, ela parou de chorar e começou a conversar com a "Tonha", na saída a Dra. ganhou um "Tchau, Tonha miga!".



     Estamos evoluíndo!


sexta-feira, 5 de julho de 2013

Coisas de Laurinha

     "Coisas de Laurinha..." Quem lembra desse bordão da Rainha da Sucata? É lá do século passado, pra quem não sabe (!!!). E a nossa Laurinha é dona de fazer as suas, por isso ás vezes me lembro do bordão que se referia á Glória Menezes.

     Estamos descobrindo que a Laura tem personalidade forte. Quando ela quer algo e a gente tenta distraí-la pra que ela esqueça o objeto de desejo, muitas vezes ela não esquece do que pediu, aí entra em ação a negociação. A tática tem dado certo, mas a baixinha é deveras teimosa em certas ocasiões.

     Certa noite, estávamos na sala; eu brincando com a pequena e a peluda Bella, o Bruno jogando CandyCrush no iPad (Parêntese aberto pra confessar que  o tal de CandyCrush virou um vício entre os papais da Laura. Eu já me encontro em fase de recuperação, parei de jogar tanto...). De repente, a Laura pára de brincar, olha bem séria pro Bruno e diz, enfática e com a testa enrugada:
- Pai, chega!!

     Caímos na gargalhada e prontamente o bruno deixou a iPad de lado e se juntou na brincadeira.

     Uma das brincadeiras prediletas é "a secondê" (tradução simultânea do bebenês para o português:  a secondê= se esconder). Ela põe a cabeça entre os braços, apoiados no sofá ou na poltrona, conta até dez direitinho (mas dá umas espiadas de vem em quando) e sai a procura do escondido da vez. Nunca quer ser a escondida, então os adultos que se revezem nos esconderijos.

     Em algumas palavras ou frases, a Laura coloca a vogal "a" na frente. Exemplos: "a bico" "a tem" (na tradução simultânea, essa quer dizer "não tem").  Quando não quer dormir, pede pra ir "a sala", apontando o dedinho pro cômodo do apartamento. 

     Quando perguntamos como são os dentes da Bella, a Laura coloca a mandíbula pra frente e cruza a mordida, mostrando os dentinhos debaixo. Pra mostrar a cara da coruja, arregala os olhinhos e faz um bico com os lábios. O bico também aparece na hora de cantar o mantra da vó Lulu. Sempre caio na risada ao vê-la entonando o mantra, porque além do bico, agora ela gesticula as mãos junto e dá uma dançadinha moderada, pela música ser calma. 

     A questão da alimentação está sob controle. Semana passada, devido a uma gripe que está fazendo o ciclo familiar (da Laura passou pra mim e de mim provavelmente pro Bruno...), a neninha andou meio enjoada pra comer. Ficou no "mamá" o final de semana todo, e só ontem voltou a comer normalmente. Adora uva passa, ameixa seca, amêndoa, castanha e todos os tipos de sucos e chás que oferecemos. 

     Sempre que chegamos do trabalho, corre em nossa direção e nos enche de abraços. Na hora do banho, sempre se esmera em lavas os pés, a barriga e a pinta que ela tem na canela esquerda. Ela está numa fase muito divertida e carinhosa.  Que permaneça assim, e que o tempo demore mais pra passar.

quarta-feira, 3 de julho de 2013

O (re) encontro

No longínquo ano de 1999, todas vestibulandas: Déia (Turra), Preta, Aline  e Fabi.
28/06/2013 Cris, Déia e Fabi. Reencontro inusitado!

O Bruno tem um amigão de infância chamado Fernando. Se criaram juntos, e quando a irmã mais nova do Bruno nasceu, colocaram o nome dela de Fernanda, á pedido do mano, que queria que o bebê tivesse o nome do seu melhor amigo. Hoje ele mora em Porto Alegre com a mulher e o filho, e volta e meia o Fernando aparece por Santa Rosa, por ter a família de origem morando aqui ainda.

Quando o encontrava por essas bandas conversávamos um pouco, sempre correndo, nunca chegamos a nos sentarmos com calma e batermos um papo de mais de meia hora. Mas enfim, o Fernando é um cara muito legal. E nesse final de semana que passou encontrei a mulher do Fernando. Ou melhor, reencontrei.

Depois que atendi meus pacientes do curso de prótese, em Porto Alegre, eu, o Bruno e a Camila fomos dar uma banda na noite da capital. Combinamos de encontrarmos o Fernando e a sua esposa. Chegamos no local e fomos direto ás apresentações: Cristina, a esposa do Fernando, Andrea e Camila, esposa e cunhada do Bruno (nessa ordem), Fernando, o amigo de infância do Bruno...

De cara as mulheres se identificaram. A Cristina disse que tem uma irmã gêmea que se chama Andrea, e eu e a Camila confessamos que nosso segundo nome é Cristina - sim, pra quem não sabe, somos batizadas, registradas e sacramentadas Andrea Cristina e Camila Cristina; mas o que importa é ter saúde!

Conversamos muito, rimos mais ainda com as histórias da Cris, e ás vezes ela me fazia umas perguntas meio fora dos assuntos em debate: "Quanto tempo faz que tu estás com o Bruno?" "Teu pai é promotor?" e por aí vai.

Até que depois de muito papo, e Cris me saiu com essa: "Conheci uma moça muito parecida contigo uma vez... que fez odonto e Torres... tu por acaso conhece a Preta e a Fabi?"

"CLARO!!!!" Foi a minha resposta imediata, quase dando um pulo da cadeira.

"Então é tu mesma que eu conheci!! Eu sou a Cris, amiga da Aline que morou com a Preta e a Fabi!"

Sei que quem está lendo isso e não conhece as personagens dessa história não está entendendo nada. Eu explico, vamos lá: Sou amiga da Preta e da Fabi há mais de 15 anos e fomos todas morar em Porto Alegre a fim de estudarmos. Morei com a Preta e depois que me mudei, a Fabi e uma guria de Ijuí, a Aline, foram morar com a Preta. Aí, quando eu ia a Porto Alegre, sempre ficava na casa delas. E por vezes encontrava a Andrea e a Cristina com elas. Nos cruzamos num carnaval em Santo Ângelo há... sei lá eu quantos anos atrás. E depois, nunca mais soube notícias da Aline e das gêmeas Déia e Cris.

O Bruno e o Fernando não entenderam quando começamos a gritar e a falar sem parar (muito mais do que antes...). Contamos que já nos conhecíamos há um bom tempo e constatamos que eles casaram bem!! Somos mulheres de fundamento! A Camila só ria e repetia a frase: "Conheci uma moça muito parecida contigo...". 

Pra fechar com chave de ouro, encontramos na festa a Fabi e o marido. 
Reencontrar a Cris foi uma surpresa muito boa e me fez relembrar muitas coisas legais daquela época de cursinho e início da faculdade. 

Foi corrido o encontro, mas com certeza voltaremos a nos reunir, de preferência com a Andrea, a Preta e a Aline junto.

Aí, gurias! Podem levar os maridos e a prole junto! Mas agora de bateu uma dúvida: vamos nos juntar antes ou depois da neninha da Preta nascer? Vá que até lá mais uma de nós resolva aumentar a família...!


terça-feira, 2 de julho de 2013

Gosto Musical

     Eclético. Este é o termo mais apropriada para definir o gosto musical da Laura. Além da Galinha Pintadinha, Patati Patatá e demais cantigas infantis, ela adora escutar os mantras da vó Lulu (um CD inteiro com o "Om Mani Padme Hum". Já passou pela fase do Kuduro, quando tinha meses de vida e agora, para o meu total desaprovamento e desapontamento, ela anda alucinada pelo Psy, mais especificamente pelo Gangnastyle, ou  "Essieide" (Sexy Ladie, nas palavras da neninha).

     E o pior é que ela gosta de todas as variações da famigerada música. A das bailarinas rebolantes e com pernas de saracura,, a das crianças com os olhinhos puxados, remixado...   Evito de todas as formas incentivar ela a escutar tal bobageira, mas quando o pedido é demasiado, coloco o Pocoyo fazendo a performance do Psy (o menos pior e mais infantilizado).  Ela dança enlouquecidamente, faz a coreografia (inclusive a parte do chão), canta e pede pra repetir o vídeo mais "n" vezes.

     Todos acham lindo, engraçado, divertido e ficam abobalhados com a esperteza dela. Também fico pasma em ver como ela é esperta, mas sinceramente não acho a coisa mais linda desse mundo ver a Laura se rebolando toda ao som de uma música que não diz nada que valha perder tempo escutando-a.

     Sei que muitos vão me achar chata, exagerada. Outros vão dizer que a Laura é criança, e que isso não vai fazer mal algum pra ela. Pode ser. Mas prefiro incentivar a pequena a brincar ao ar livre do que deixá-la na frente do computador ou televisão a mercê de tanta bobagem que se encontra ao alcance dela. 

     Não quero que ela goste das mesmas coisas que eu, e se ela resolver ser dançarina do "Tchan" quando for adulta, o jeito vai ser apoiar (me encontro batendo na madeira três vezes neste momento...). Nem por isso vou incentivar ela a escutar coisas que eu, particularmente acho desagradáveis. Coisas de mãe, dá pra entender? 

     Continuemos com as cantigas infantis (que estão sendo cantadas quase que na sua totalidade), os mantras da Vó Lulu, rock and roll, blues e MPB - os trës últimos gëneros musicais mais apreciados e escutados aqui em casa.