terça-feira, 30 de outubro de 2012

Dia de consulta e Halloween

     Por orientação da pediatra, parei de dar o remédio pra abrir o apetite pra Laura dia 29, ontem. Então, desde ontem, a reinação na hora das refeições impera novamente. Hoje tínhamos consulta mensal. Choradeira costumeira, com lágrimas e gritaria. Vamos aos dados: 7,600 Kg e 70 cm.

     Vamos continuar dando o santo remedinho do apetite por mais um mês. Metade da dose de agora. Se mesmo assim a situação continuar difícil, a sugestão da Dra. é colocar a Laura na creche, pra ver como ela se comporta diante de outras crianças comendo. No mais, tudo tri. Mesmo com esse problema da alimentação, os exames estão ótimos.

      Depois da consulta, fomos até a TAO, onde estava rolando uma festa de Halloween. Pena que não levei a máquina fotográfica junto. A Laura ficou em extase. Meio desconfiada com aquele monte de crianças com roupas pretas, máscaras e demais apetrechos, gostou mesmo das luzes e da música. Dançou em cima do balcão, não soltando o pescoço do Bruno. Não quis caminhar na pista, mas adorou os balões que formavam aranhas e as teias nas paredes. O comentário do pessoal da TAO ao ver a Laura se requebrar toda dançando foi que seria muito estranho filho de tigre não nascer pintado.

     As crianças estavam se divertindo muito. Todas à carater. Encontrei até uma paciente minha, a Marina, lindamente fantasiada de abóbora. O máximo! Os pais entravam com seus filhos, todos cuidadosos com os rebentos. Depois de averiguar tudo, deixavam os pequenos aos cuidados das profes do Yazigi, e eles curtindo tudo. Me vi assim daqui há alguns anos.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Coisa que só a Déia faz por você - parte VI

- Volta de Porto Alegre, 23 de outubro. Vó Mari dirigindo, eu e a Laura no banco de trás. A neninha cansada de ficar no cadeirão, queria sair dali a qualquer custo. A mamãe então, cantou, brincou e fez o possível pra mantê-la sentada. Uma hora cocei meu nariz com a palma da mão, e a laura deu altas gargalhadas. Continuei com a brincadeira, e ela rindo muito. Até que finquei o dedo dentro da narina esquerda com toda a força. Doeu tanto que cheguei a lacrimejar. E a Laura sem ar, de tanto que ria de mim. Passado alguns segundos, senti o nariz sangrando. Aí comecei a procurar um lencinho de papel dentro da bolsa, e o nariz pingando. Estanquei o sangramento enfiando uma bucha de papel na narina. E a Laura sem ar, de tanto que ria de mim. Acho que ela está tendo consciência das coisas absurdas que eu consigo fazer na vida.

- Chegamos em Santo Ângelo pra deixar a mãe em casa. O Bruno foi ao nosso encontro e acabamos dormindo por lá. Eu estava muito cansada, e foi melhor não seguirmos viagem até Santa Rosa. Na hora do banho da Laura, enchi a banheirinha inflável dela no box do banheiro da mãe e do pai. Como tenho um sério problema em acertar a temperatura da água no chuveiro deles, a água da banheira ficou pelando de quente. Coloquei água fria e fui conferir a temperatura. Puxei a calça pra cima e coloquei o pé esquerdo dentro da banheira. "Água quentinha, que delícia", pensei. Como estava com frio e os pés gelados, coloquei o outro pé dentro da banheira, mas esqueci de levantar a barra da calça. Quando me dei por conta, estava com uma perna da calça molhada, aí fui levantar a calça do lado direito e soltei a outra, que ainda estava seca. Final da história: fiquei com os pés quentinhos, mas a calça molhada até as canelas. Tirei as calças, me enrolei na toalha e fui buscar a Laura na sala, pro banho. Não conseguia contar pra mãe e pro pai o motivo de eu estar enrolada na toalha, de tanto que eu ria. Eles, consequentemente, também começaram a rir e imaginar a razão da vestimenta inusitada. Quando consegui contar, as gargalhadas aumentaram consideravelmente.


- Véspera do aniversário da Laura. Primeiro banho de chuveiro em família. No início, a Laura ficou desconfiada, com medo e tal. Depois tudo virou festa. Saí do banho em trio, me sequei, coloquei o roupão, peguei a máquina fotográfica para registrar os momentos da nossa pequena no chuveiro. Feito  isso, busquei a toalha dela e fim de banho. Aí o Bruno me pediu a toalha de banho "dos adultos". Ah é, a toalha! Já te alcanço!". Saí de roupão, com a Laura no colo em busca da toalha pela casa. Procurei no quarto dela, no nosso quarto, na sala... e nada. Aí o Bruno viu que eu estava andando de um lado pro outro da casa à procura da toalha. Me chamou e disse: "Déia, na tua cabeça.". A toalha de banho estava enrolada na cabeça, e eu procurando a dita cuja pelo apartamento todo.

Lidas

     Desde a véspera do seu aniversário, a Laura anda dormindo bem tarde. Pra voltar ao horário habitual de sono e se acostumar de vez com o horário de verão (que eu particularmente não simpatizo) a lida teve início hoje, e foi das grandes.

     Volta e meia se instala um parque de diversões bem pertinho da casa da mãe e do pai aqui em Santo Ângelo. E os vovôs apresentaram à Laura as milhares de luzinhas, os brinquedos e todo o movimento do lugar. Pois bem, sempre que passamos pelo dito parque, temos que dar uma chegada pra ela apagar as luzes coloridas e olhar atentamente os brinquedos e as crianças se divertindo.

     Hoje, depois de um passeio na rua (e aquela chegadinha básica no parque...) e uma soneca rápida lá pelas 7 da noite, a Laura ainda estava com sono. Deixei a pequena brincando no banho, pra ela se cansar bem e capotar logo. Dei o leitão e o cobertor amigo e ela quase, quase dormiu (não sem antes se virar de um lado pra outro umas vinte vezes, mais ou menos). Mas aí escutou as músicas vindas do parque e resolveu que precisava ver as luzinhas antes de dormir. 

     Apontava pra porta do quarto, choramingava e dançava, quase dormindo. Fui até a escada do pátio onde se vê as luzes de alguns brinquedos. Alegria total. Ela erguia os bracinhos, vibrava, dava gritinhos de excitação, dançava no meu colo e apagava as luzinhas, torcendo o narizinho pra um lado e pra outro (modo que ela apaga as luzes). Intercalando com os gestos de alegria, vinham bocejos, coçadinhas nos cachos e mãozinhas nos olhos, acusando o sono que já estava instalado há tempo.

     Depois de dar tchau pras luzinhas, voltei com ela pro quarto revoltada, obviamente. Chorava, querendo voltar pra porta. Expliquei de novo que as luzinhas foram dormir e que era hora da Laura dormir também e tal... Peguei o cobertor amigo no colo, ela de deitou no meu ombro e dormiu instantaneamente. Coloquei-a no berço e estava ajeitando o quarto quando a Belezinha se lentou lépida e faceira, se rindo toda pra mim. 

     Bom, pelos meus cálculos já tinha se passado mais ou menos uma hora e meia de lida. Fui até ela, dei um beijo de boa noite, deitei na minha cama, ela me abanou, me mandou um beijo e torceu o nariz pra apagar a luz. Desliguei o interruptor e ficamos no escuro. Depois de 15 minutos de choramingos e tentativas de me fazer tirá-la do berço, finalmente ela se deitou, enrolada no cobertor amigo, rolou por mais algum tempo e dormiu.

     Fico pensando na função quando ela puder andar no minhocão, nos carrinhos e cavalinhos do parque. Ainda bem que ele fica perto da casa dos nônos...

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Doze meses


Laura, querida.

Logo que tu nasceste, agradeci ao Papai do Céu por tu seres essa menina querida, abençoada e cheia de saúde; e pedi a Ele que fizesse o tempo passar mais devagar, pra que eu e o teu papai pudéssemos curtir ao máximo todos os momentos contigo. Acho que Ele não entendeu essa parte, pois esse primeiro ano na tua adorável companhia passou muito, muito rápido.

Obrigada por fazer das nossas vidas "essa Coca Cola toda". Desejamos muitos anos de vida pra ti, pequena. Que tu tenhas saúde, pois estará sempre cercada de pessoas que te amam demais. 


Demais agradecimentos pelos últimos 365 dias.
Dr. Juarez Formolo: obstetra nota 10. A Laura veio ao mundo por ótimas mãos.
Dra. Maria Antônia: pediatra nota 10. Muito obrigada por ser tão solícita quando precisamos da senhora. 
Bruno: graças a ti me tornei mãe. Obrigada por ser meu parceiro e o melhor pai que eu poderia desejar pra Laura.
Família em geral, dindas, dindos, tias, tios e primos: obrigada pela mão sempre que precisamos.
Mãe: pelos inícios de semana em Santo Angelo, sempre tão cheios de carinho, cuidados e brincadeiras com a pequena.
Táta Angélica: Obrigada por cuidar tão bem da Laura quanto da tua filha.

Viva a \Laura!!!





sábado, 20 de outubro de 2012

As novidades dos 11 meses

     As novidades nessa fase aparecem todos os dias. Esses dias, a Laura encontrou um bebéis na mesa da sala. Ao invés de colocar na boca, pegou o tictac e tentou colocar nos cabelos. Quando está sendo vestida, pega a sandália e tenta calçá-la no pezinho.
 
     Há poucos dias não queria caminhar, agora está no controle das pernocas. Caminha menos afoita do que antes, mas as marcas dos tombos ainda são visíveis. Está com uma canela e uma bochecha roxa.
 
     Faz "ginástica" quando sentada e dança ao som de alguma música que a agrade. A loucura pelo Kuduro foi diminuíndo gradativamente (graças a Deus...) e agora ela dá só uma dançadinha de nada na abertura da novela. Aproveitou o último capítulo ontem.
 
     Me divirto muito quando levo a Laura e a Bella na praça perto de casa. A Laura aponta pra todos os passarinhos e pombas que encontra. Quer também levar a guia da peluda. Essa, por sua vez, sai correndo pra grama pra fazer seu xixi e cheirar os arredores. O que acontece é a reclamatória da Laura diante do afastamento da Bella. Na sua linguagem, bate as mãozinhas nas pernas, como se dissesse: "Bella!! Volta aqui!! Vem, Bella!!"
 
 
     A neninha descobriu que tomatinho cereja é uma delícia e continua mandando bem na bóia.
Daqui uns dias teremos certa pessoinha de aniversário e o post será especialíssimo.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

"Vai com fé!"

     Retrocesso da Laura. Depois que querer voar as tranças caminhando e correndo, o negócio agora é engatinhar, muito calmamente.  Quando instigada a ir até alguém, senta e engatinha até a pessoa. Desde que começou a se soltar, ela não queria saber de brincar sentada.

     Acho que a causa de diminuir o ritmo alucinante foram as quedas. As marcas mais visíveis são os roxos nas cochas e nas bochechas. Nada de sério, mas creio que ela tenha se assustado e se travou. Os intensivos de caminhada sozinha, comigo e o Bruno, ou com a vó Mari não estão mais tendo ibope. Até pra brincar com Bella ela fica sentadinha ou engatinha atrás da peluda.

     Numa das tentativas frustradas de fazer ela se soltar, a mãe largou essa: "Vai com fé, Laura, vai com fé!!". Se eu não estivesse sentada no chão, certamente cairia, de tanto rir.

     O lado bom é que agora ela senta e brinca tranquila. Mas quando quer caminhar, o dedo amigo é obrigatório.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Boa nova

     Desde o dia 29 de setembro estou seguindo as orientações da Dra. Maria Antônia, dando uma medicação pra abrir o apetite da Laura e o complemento alimentar, pra ver se ela ganha peso. Nesses quase 15 dias (13, mas especificamente) tivemos um bom progresso. Ela está se alimentando super bem. Aceitou bem o complemento e não reclama quando tem que tomar o remédio. A ecografia da tireóide foi feita pela metade por causa da choradeira da moça, normal pra uma criança pequena como ela. Mesmo assim não foi detectada nenhuma disfunção na glândula. O exame de sangue ainda não foi providenciado (função essa destinada ao papai Bruno, já que é bem capaz da mãe Déia chorar mais que a Laura durante a coleta do sengue).

     Hoje era o dia marcado pra irmos na pediatra tirar a prova dos nove. Resultado: ganho de 300 g, chegando a 7, 400 Kg. A vó Mari nos acompanhou à consulta.  A  Dra. comentou que a Laura só poderia ter saído pequenina mesmo, com as duas avós, um avô  e os pais pequenos... 
Ah! Em 13 dias, ela cresceu mais um cm. Quem sabe se ela puxar ao vô Roque e passa de todo mundo na altura?

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

O Eleito

     Uma boa parte das crianças gosta de dormir com algum objeto. Seja segurando, abraçando, cheirando, mexendo... e esses objetos podem variar bastante.  A Greici, minha prima, tinha o "Ciapo", que eu me lembre era um cobertor que ela levava pra onde quer que fosse e não deixava que fosse lavado. Eu tinha o "pano", uma simples fralda de algodão que fazia minha alegria. A Renata, minha amiga de infância, dormia mexendo na ponta da fronha do travesseiro. O Vicente, outro primo, hoje com quase 7 anos, ainda dorme com o amigo  Lúcio, seu boneco de pano que já está com a perna encardida e fininha, de tantos afagos. Já ouvi relatos de gente que gostava de dormir mexendo em uma gola de camisa velha e, pasmem, tem até que não dormia sem abraçar uma peruca velha. 

     Logo que a Laura nasceu, sempre colocava uma fraldinha de algodão nas suas mãozinhas pra que ela se acostumasse a dormir assim. Não rolou fraldinha. Depois de um tempo, lá pelos 6, 7 meses, ela gostava de brincar com o porquinho rosa (já comentado aqui no blog) e com os demais bichinhos de pelúcia que ela tem no quarto. Mas pra dormir mesmo, ela não dava a menor bola pra nenhum deles. Não rolou bichinho de pelúcia.

     Há algumas semanas, ela elegeu um cobertor como fiel escudeiro das suas noites de sono. É um cobertor daqueles modernos, que não são de lã, acho que o material é sintético mesmo, mas muito macio e uma gostosura de segurar. É só abraçar o cobertor que os olhinhos vão fechando, fechando...  Comprado especialmente pra ela, por ser pequeno, foi também eleito por nós pra levarmos pra todos os lugares onde pode-se precisar de algo quentinho pra aquecer a Laura.  Depois que ela "se achou" com o cobertor, ele virou item de primeira necessidade na bolsa da neninha.

     A dúvida que não quer calar é como vai ser a relação do amigo cobertor e da Laura no auge do verão. Cenas para os próximos capítulos.


segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Ensinamentos

     Incrível como a Laura sabe no que pode ou não mexer. Quando ela chega perto de uma tomada, já sacode a cabeça imitando o "não, não" que ensinamos. A mesma coisa acontece com o prato de ração da Bella. Mas a balançada de cabeça às vezes não impede uma tentiada no buraquinho da tomada ou uma bolinha de ração em direção à boca. Não se pode tirar os olhos dela nem por um instante. 

     Domingo passado levamos a Laura na praça 10 de agosto, praça essa que por vezes fez parte da minha infância, e mais ainda do Bruno. Caminhando ao nosso lado, segurando o dedo amigo do papai (sim, porque ela não dá as duas mãozinhas quando estamos em três caminhando) ela adorou o trajeto até a entrada da praça, olhava e ria pra todas as crianças que passavam por ela, queria segurar a guia da Bella, nos mostrava os passarinhos nas árvores. Oportunamente, o Bruno achou por bem ensinar algo que ela vai levar pro resto da vida:

- Filha, sempre que a gente caminha, se olha pro chão, pra não tropeçar, cair e se machucar como a mamãe.

Espero que ela tenha entendido o recado.

Sonho

     A Laura caiu uns bons tombos e retrocedeu um pouco nas caminhadas. Até vai sozinha, mas depois de muito reclamar e revindicar o dedo amigo da gente. Mesmo assim, está com a pilha toda. Funciona o dia inteiro, e nem a hora de dormir ela se acalma. Se vira de um lado pro outro, vida de bruços e empina o bumbum, se vira de novo... até dormir. Lá pelas tantas da madrugada se senta no berço, dorme pro outro lado, levanta as pernocas pro ar. 

     Ela já caiu da nossa cama, há mais ou menos um mês. Mas muito, muito antes disso, eu sonho basicamente a mesma coisa quase todas as noites. Que ela está entre nós, na cama e que de tanto saracotear ela cai. E o que vem a seguir também se repete há longos meses. Eu acordo no susto, me sento na cama, sacudo o Bruno  perguntando: "Cadê a Laura, cadê a Laura??!" e continuo procurando ela na cama, até que me acordo mesmo e me dou conta de que tudo não passou de um sonho, pela enésima vez.  

     As reações dele e as respostas variam conforme o estado de sono. Mas geralmente ele se acorda com as minhas sacudidas e responde, calmamente: "Ela tá na cama dela, dormindo, Déia." ou só liga a TV da babá eletrônica e me mostra a neninha no quinto sono, mesmo que a gente só enxergue os pezinhos dela.