sábado, 25 de agosto de 2012

O preço da ignorância

     Tem certas coisas nessa vida que podem me explicar duzentas, quinhentas vezes e mesmo assim eu não aprendo, não consigo entender. Não adianta. Tenho um bloqueio por exemplo com o tal de truco, jogo que faz a cabeça da gauchada e que já tentei aprender inúmeras vezes.  Outra coisa que não me entra na cabeça, é o Imposto de Renda. O leão, o cálculo, as notas fiscais... não entendo.

     Quando fiz a pós sobre Gestão e Marketing em Saúde, tive uma aula só disso. Pensei que tivesse entendido. Mas foi só sair pro intervalo que tudo se embaralhou de tal forma na minha cabeça que passei a compreender o assunto menos que antes.

     Pra isso tenho mandado fazer minha declaração do Imposto de Renda desde 2007, 2008 (não me lembro nem quando comecei!!) em um profissional do ramo: uma contadora. Meu pai é contador de formação, mas sabe como é: casa de ferreiro, espeto de pau. Até esse ano, achei que minhas declarações feitas nos anos anteriores estavam certas. Mas como dizia Jack, o Estripador, vamos por partes.

     Desde o ano passado, os assuntos do consultório e coisaradas referentes à impostos etc, estão aos cuidados da querida e competente Marlene, amiga do pai e da mãe e indicada por eles. Depois de entregue a minha declaração deste ano, ela encontrou "pendências" minhas com a Receita Federal. Sem entrar muito em detalhes, mesmo antes de ser notificada, minha dívida com o leãozinho chegou a um valor que ultrapassa 5 dígitos, isso antes da vírgula e dos dois zeros. Dois anos seguidos declarando coisas absurdas. Não quero me eximir da culpa, mas se pagava uma pessoa pra fazer isso, é porque não sei como se faz. No mínimo, esta cidadã deveria ter feito a coisa certa. Pela confusão, obviamente não fez.

 Quando recebi a notícia, ontem de manhã, pensei cá com meus botões: "Agora lascou-se." E a Marlene tentando me explicar o que tinha acontecido e o que poderia fazer pra diminuir o valor devido. Aí, explicação vai, explicação vem, ela me perguntou se eu tinha guardado os recibos que eu tinha dado naqueles anos. Por meio deles, ela daria um jeito em tudo e o valor da dívida cairia bastante.

     Me larguei pra Santo Ängelo pra procurar as tais notas no meu aquivo morto, na casa do pai e da mãe. Achei tudo, entreguei pra Marlene, que depois de calcular tudo, me mandou as guias de recolhimento pra eu pagar. Diante do número de 5 dígitos, esse novo valor virou troco. Fiquei aliviada, mesmo raspando minhas economias do banco pra quitar tudo.

     A lição que eu tiro de tudo, ainda sem entender como funciona o tal Imposto de Renda:
- Não brincar com o leão. Ele abocanha mesmo, não é fábula.
- Mantenha uma relação de confiança com o seu contador.
- Dinheiro vai, dinheiro vem. Não é o fim do mundo raspar as economias pra pagar impostos, mas que dá raiva, ah, isso dá!

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