quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Mais Ônus do que Bônus

     O ano de 2014 está repleto de bônus e ônus. Pessoalmente, foi um ano de muitas mudanças, que me fizeram sair totalmente da minha zona de conforto (ônus e bônus, nesse caso a ordem dos fatores não altera o valor do produto). Mudança também no sentido literal da palavra, já que estamos morando na nossa casa (bônus pra mudança e ônus pras dívidas, mas isso passa... uma hora a gente termina de pagar tudo).

     Pro país, de um modo geral, também houve ônus e bônus. Aí entro num terreno perigoso, cheio de minas, pois sei que vários discordarão de mim. Copa do mundo: pra mim, mais ônus do que bônus. Não vou entrar em detalhes pois já escrevi à respeito, inclusive sobre os 7X1 que o Brasil levou da Alemanha (prost!!!!!). Mas o que me motivou a escrever hoje foi a eleição que está prestes a sair. 

     Ao meu ver, só ônus. E um ônus daqueles gigantes. Acho o Brasil um lugar fantástico, de belezas naturais exuberantes, que tem um povo alegre, receptivo e que vota mal, muito mal. Consequência disso é essa política podre, que me envergonha. Esses dias participei de uma palestra onde se falou que tudo na vida tem relação com o inconsciente coletivo. A palestrante citou a política brasileira como exemplo. Pode ser... mas a culpa é de quem vota nesse tipo de governantes. Não estou dizendo que só existe político corrupto e sem vergonha no país. Tem gente boa por aí, mas estão sendo engolidos pela corja maior. Fica impossível separar o joio do trigo. Em ano eleitoral, pouco vale querer eleger alguém honesto, sério, de princípios e valores concretos. 

     Me considero apolítica e tenho consciência que pago o pato por isso. Pouco vi do horário eleitoral político, pois sinto vergonha alheia e acho que mentir é feio. Por melhor que sejam as intensões (de uma minoria insignificante, aos meus olhos) sinceramente não acredito que nenhum candidato possa dar jeito nesse país. A maracutaia é parte da cultura nacional. A propina e o interesse próprio estão embutidos quando o assunto é o poder público.

      Não apoio Marina, Aécio, Dilma, Luciana. Ana Amélia, Tarso... muito menos Tiririca, Maluf ou seja lá quem estiver se candidatando aos cargos nesse próximo pleito. Meu voto não mudará em nada a situação triste e vergonhosa que desde sempre assola o Brasil. Sabem porquê? Por que não faço parte do inconsciente coletivo. Por que não vendo meu voto por uma churrascada com chopp liberado. Por que acredito que político não deveria receber um centavo, uma regalia se quer. Simplesmente por que sou do contra e por que não acredito no sentimento altruísta de candidato nenhum. 

     É muito ônus. Vou continuar pagando essa exorbitância de impostos e não ver meu suado dinheirinho sendo aplicado em nada que preste. Vou continuar precisando de plano de saúde por não poder contar com o Sistema de Saúde deficitário que meu país oferece. Vou continuar tendo que engolir cotas raciais, de renda, disso e daquilo. Perdi a esperança de que isso mude algum dia. Cada vez me convenço mais que o povo tem o governo que merece, por isso, a tendência é piorar. Pobre de quem elege essa gente. Pobre de quem tem que ser governado por essa gente (me incluo no bolo, triste por não poder fazer nada). Pobre da Laura que vai continuar a viver num país corrupto quando for adulta. 

 


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