segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Coisas que só a Déia faz por você - parte VII

Quarta feira da semana passada, eu sozinha em casa com a Laura e a Bella (o Bruno foi viajar a negócios e voltou na quinta). Tudo nos conformes, a Laura dormiu cedo, depois de uma tarde intensa de brincadeiras na pracinha com a Angélica, a Bella atirada no lado direito do sofá (o predileto) e eu dormindo, também no sofá, bodiada depois de um dia cheio no trabalho. 

Depois de uma baita cochilada na sala, resolvi ir pra cama e seguir no embalo do sono. Era quase 1 da manhã. Desliguei a TV, o abajur e segui em direção ao raque da sala pra desligar a régua dos aparelhos eletrônicos, na maior escuridão da madrugada. Só conseguia ver a luzinha vermelha da régua acesa. Quando me abaixei pra desligá-la, dei com o supercilio esquerdo na quina da televisão.

Uma paulada e tanto. Fiquei tonta e quase caí por cima da mesinha de centro. Putz, que dor!! Fui pro quarto rindo da bocabertice que cometi, com a mão na sobrancelha esquerda (a afetada); quando acendi a luz do quarto, senti minha mão molhada e olhei pro espelho do quarto. Tinha começado a sair sangue (muito sangue) da sobrancelha. Aí dei uma gargalhada e fui em direção ao banheiro, pra tentar estancar o sangramento com uma gaze.

 Isso levou poucos segundos, mas já me passaram mil coisas na cabeça: "Se está saindo sangue é porque cortou. Se cortou e não parar de sangrar, vou ter que fazer ponto, no hospital. Mas e vou deixar a Laura com quem? Mas eu sou uma molóide mesmo! ..."  Quando meus devaneios pararam, tirei  a gaze e consegui ver, com esforço, o corte mínimo, escondido na sobrancelha. Deve ter uns 3 milímetros.  Obviamente o sangue parou de sair e o local atingido ficou inchado.  

Quando vi o inchaço e o vermelhão daquele cortezinho de nada, me sentei no vaso e comecei a rir, de novo. Impressionante como tenho o dom de aprontar coisas desse tipo e me divertir com isso!

Tomei um analgésico e fui pra cama. Sim, porque por menos que tenha sido o corte, doeu bastante! No outro dia, fui trabalhar com o supercílio inchado e dolorido, mas cada vez que  me lembrava da minha façanha, caía na gargalhada.  

Não desligo mais a régua do raque da sala na escuridão total. E vou tratar de pendurar a TV no suporte que lhe é de direito, assim minha cabeça fica livre de cicatrizes maiores.

Nenhum comentário:

Postar um comentário