quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Cansaço

     Até agora, em quase dois anos desempenhando o papel de mãe, a fase mais cansativa pra mim é essa, tanto no sentido físico quanto no psicológico. 

     Acordar de madrugada pra amamentar? Tirei de letra, até porque isso aconteceu até a Laura completar uns 20 dias, depois ela só pedia pelo peito às 6 da manhã.  Cólicas? Graças ao bom Deus não sei o que é isso. Problemas em dormir sozinha? Desde os 2 meses acostumamos a Laura a dormir sem embalos nem rituais que nos incluíssem. Auxiliar os quilômetros de caminhadas com os indicadores segurado as mãozinhas gorduchas? Ok, admito que foi super cansativo, mas o cansaço de agora é maior, bem maior.

     Erramos em certos aspectos, como por exemplo levar a Laura pra nossa cama pra lermos as historinhas antes de dormir, aí ela acabava dormindo ali, e colocávamos ela na sua cama depois disso (até porque eu sempre dormia junto). Há dois dias colocamos ela dormir direto na cama dela. Rola uma choradeira básica, pedidos de colo e tudo mais, mas depois de uns 10 minutos ela dorme e fica tudo certo. Acredito que mais uma ou duas noites de chororô e a coisa engrena. Mais uma batalha vencida.

     Já escrevi aqui que a personalidade da Laura se assemelha demais à minha. E sabe-se que dois bicudos não se beijam. Essa tem sido a maior causa do meu cansaço. Tento mudar minhas atitudes e não ser tão incisiva, mas educar uma criança requer pulso firme. O problema é que ela tem tanto pulso firme quanto eu, aí a peleia é grande. Se cria uma guerra de braço e muitas vezes eu quero jogar a toalha. 

     O cansaço físico se dá pela pilha Duracell que vem embutida nela (normal em qualquer criança dessa idade). Acompanho bonito as brincadeiras, mas depois de um dia cansativo de trabalho, uma ida à padaria que normalmente leva 5 minutos, se estende pra 35 longos e intermináveis minutos se levo a Laura junto. Ela corre, brinca de se esconder, corre mais um pouco, olha as vitrines das lojas, se esconde de novo... ok, mamãe acompanha tudo e se diverte também. Quando estou na capa da gaita proponho: "Agora vamos pra casa brincar com a Bella?" A resposta vem junto com aquele olhar que me fuzila, de ladial: "Não!!! Agola condi condi!" E tem início a nossa batalha.  

     Esse é só um dos exemplos, fora os gritos histéricos e os tapas citados em posts anteriores. E o fato de jogar tudo no chão. Sobre isso ando tomando as atitudes cabíveis. Fico pedindo, calmamente que ela junto o objeto até ser atendida. Aí elogio a atitude e a brincadeira segue. 

     Na creche, a tia Elaine e a Miti disseram que a Laura é como uma líder. Comanda as brincadeiras e escolhe até o lugar que os colegas irão sentar. Segundo elas, melhor assim do que ser uma criança que se contenta com tudo, estilo Maria vai com as outras. Demonstra que ela tem personalidade forte e no futuro evitará problemas de não fazer escolhas certas. 

     Se desse pra pedir ajuda Divina, que ela se torne pelo menos um pouco parecida com o Bruno no gênio, mais boa praça, não tão teimosa e briguenta (principalmente comigo). Ter uma Déia II em casa não tá sendo mole.

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