quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Livros

     O Felipe Basso, meu colega de segundo grau (sim, sou do tempo do segundo grau...), postou um link de um blog no Facebook hoje que me inspirou a escrever sobre os livros. O título do post de cara me chamou a atenção: "Os livros são os meus sapatos". 

     A analogia é perfeita e se aplica pra mim como um par de sapatos 34. O meu prazer em consumir literatura se assemelha ao de muitas mulheres em comprar sapatos. Não sou uma mulher consumista, que digam os que convivem comigo. Tenho pares de sapato que passam de 10 anos e roupas de quando eu entrei na faculdade. Sou avessa à modismos, de tão básica, jamais peguei uma blusa de mil novecentos e antigamente (que ainda mora no meu guarda roupas) e penso: "Como tive coragem de usar isso?". No garimpo anual do roupeiro, a frase que eu mais digo é: "Madona! Que legal ainda ter essa roupa! Vou voltar a usar ela!" 

      Não me lembro da última vez que me apaixonei por algum item de vestuário e "tive" que comprar pra satisfazer meu ego. Mas se tem uma coisa que eu gosto mesmo, é de sair de uma feira do livro, de um sebo ou de uma livraria com pelo menos um exemplar na sacola, ansiosa por me atirar no sofá e devorar a historia que me aguarda. Adoro livros. Fico horas em livrarias fuçando em prateleiras, respiro fundo quando abro um livro novo (é um dos meus cheiros prediletos). Livros despertam o meu lado consumista. 

     No criado mudo do meu lado da cama, sempre tem um ou mais livros. Todas as noites leio pra Laura, e leio pra mim também. Os armários de casa estão com as prateleiras pesadas de tantos livros. Na casa dos meus pais, volta e meia foleio outros tantos que eu li e reli na adolescência e quando ainda morava lá.

     Na última prateleira da biblioteca da casa dos Turra, estão todas as coleções infantis que eu e os meus irmãos ganhamos na nossa infância. Me lembro da minha alegria quando o pai chegava em casa do trabalho com aquelas caixas de livros. O bom é que vinham em coleções; e estão todas lá, esperando os leitores mirins da família que aí estão e que ainda virão.  A Laura já se familiarizou com a prateleira e faço votos que ela tenha prazer em ler todos os exemplares que lá se encontram, assim como nós lemos.

     Não preciso de roupas de marcas nem sapatos lindos que me dão bolhas nos pés. O que eu quero mesmo é ter um biblioteca em casa.  

PS: vai aí uma dica do livros mais legal que eu li esse ano: A sombra do Vento do Carlos Ruiz Zafón. 
Livros: paixão que passa de mãe pra filha.

2 comentários:

  1. "O que eu quero mesmo é ter uma biblioteca em casa". Disse tudo. Agora, só o que me resta é ir atrás da tua dica, que não conheço o autor!

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  2. Um baita romance, Felipe. Daqueles que tu não consegue parar de ler enquanto não souber do final, e quando o final chega, tu ficas triste porque acabou...

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