sábado, 28 de julho de 2012

Conte até 100...

     28 de julho, dia do batizado da Laura. O dia está lindo, ensolarado, com temperatura agradável. Mesmo assim confesso que não estou nos meus melhores dias. Pelo menos a manhã não foi das mais legais. O Bruno saiu cedo, não sei pra onde, então dei o café da manhã e ajeitei a Laura pra podermos sair. Tinha hora no salão pra fazer uma escova no meu cabelo (não que vá fazer alguma diferença, mas ás vezes a gente quer se fazer um agrado...).  Quando estava me vestindo, minha barriga começou a doer tanto que andava curvada. Uma dor chata, na lateral do abdomen. Mas que nada, pensei, vamos embora.

     O salão fica no quarto andar de um prédio comercial. Lá chegando, constatei, pela espera de alguns intermináveis minutos, que o elevador não estava funcionando. Bolsa no ombro, Laura no colo, juntando o brinquedo que ela teimava em jogar no chão, com dor no lado da barriga, esperando um elevador que nunca chegou. Que raiva!!!! Contei até dez, vinte... e o Bruno ligou. Expliquei onde era o salão e ele disse que passaria lá pra pegar a Laura. Ok! Mas o tempo passava e ele não chegava. Contei até trinta. 

     Cansei de esperar e subi os quatro andares com ela no colo, a bolsa no ombro e me esbaforindo no último lance de escadas. Quando fui abrir a porta de vidro do salão, apertei o dedo na porcaria do engate do miolo. Alguém pode me explicar quem é o molóide que inventa uma porta que aperta os dedos das pessoas que vão abri-la?? É pegadinha, só pode!!!

     Contei até quarenta, pra conter minha vontade de gritar de indignação. Ao adentrar no recinto, fui recebida pelas quatro funcionárias que fizeram a maior festa quando viram a Laura. Prontamente elas pegaram ela, saíram brincando, segurando nas suas mãozinhas e ela caminhando faceira, conhecendo o lugar. Então liguei pro Bruno pra dizer que não precisava mais vir ao nosso encontro, que as gurias ficariam com a Laura. "Mas eu estou chegando aí!", disse ele. Em seguida, levou a pequena e eu fiquei com as gurias do salão e minha dor de barriga.

     Agora estou em casa, sozinha (por vontade própria, não estou sendo boa companhia pra ninguém), com sono e rolos na cabeça (que me impedem de deitar e dormir) pensando porque cargas d'água concordei em colocar os rolos. Meu cabelo é o mais liso do universo!!! O efeito de cabelo de revista vai durar menos do que a missa do batizado, aposto.

     Espero que a dor de barriga passe e que a tarde leve embora meu mau humor. Tenho que encarar uma missa e um jantar ainda hoje, e quero fazer isso sorrindo, porque com a cara que me encontro, não vai ser legal e eu não quero ter que contar até cem.




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