quinta-feira, 3 de março de 2016

Divagando sobre casamento e irmãos

     Até um tempo atrás, a Laura achava que a Camila e o Daniel (meus irmãos e padrinhos dela) eram casados. Isso porque ambos estavam solteiros quando foram convidados a apadrinhar a crespa.
Nesse verão, ela fez o convite oficial a Laura (namorada do Dani) e ao Rodrigo (namorado da Camila) para eles fazerem parte da equipe de padrinhos e madrinhas dela. Até ela entender que a Camila e o Dani moram juntos, são irmãos, não são casados... demorou um pouco.

    há duas semana, a mãe apareceu lá em casa com um vestido de aia meu, de quando eu tinha uns 4 anos. Ele tá todo manchado, mas me lembro bem dos casamentos em que eu o usei. Deve estar servindo pra Laura agora, e combinamos com ela de que, depois que a gente lavar o vestido, ela pode usá-lo. A alegria dela foi imensa! Mas aí começaram os questionamentos:

- E eu vou ter que casar pra usar esse vestido?
- Não, filha. Esse vestido é da aia, a daminha, que vai na frente da noiva na Igreja. Mas tu podes usá-lo pra festa caipira, festa a fantasia... a mãe vai ajeitar ele pra ti.
-  Tá bom!

- Mas mãe...
- O que?
- Eu acho que quando eu for grande, eu vou querer casar.
- Ok. Pode ser. Isso tu vais poder decidir quando cresceres, sim.
- Mas eu não quero dar beijo na boca. Fui... que nojo!!!

     Eu e a mãe rimos bastante com o comentário. E ela seguiu explicando que não achava legal dar beijo na boca e que os casados sempre faziam isso... aí completou, se referindo á relação que o Dani e a Camila tem:
- Acho que vou querer mesmo ser só irmã e morar com um irmão... sem casamento nem beijo na boca.
- Mas aí eu e o papai vamos ter que providenciar um irmãozinho pra ti!

     Nesse momento o papo mudou de rumo, e ela voltou a enfatizar que não queria que eu fosse pro hospital pra cortarem minha barriga, blá, blá, blá.... mas a inclinação por ser "só irmã" continuou firme.

     Depois eu e a mãe ficamos conversando a respeito da forma com que ela expôs a questão e concluímos que se o problema do casamento se resumisse só em beijar ou não na boca... a vida conjugal estaria resolvida! E que se irmãos que moram juntos (mesmo sem beijo na boca) não brigassem, tudo estaria certo.  

     Legal a solução que ela encontra. Bom mesmo seria se a gente pudesse resolver tudo com a simplicidade deles. Já que nem sempre é possível, o bom é continuar curtindo as tiradas sensacionais que a Laura nos proporciona diariamente.

Nenhum comentário:

Postar um comentário