Quinta à noite, eu e o Bruno estávamos com vontade de comer algo diferente. Ele de Fusca com a Laura e eu com outro carro. Ficamos de nos encontrar em frente ao bistrô de um conhecido. Passei por lá e só reduzi a marcha, nem cheguei a parar. Vi que estava tudo fechado e peguei o celular pra ligar pro Bruno.
Foi quando ele me ligou e disse:
- Não me viu?
- Não, está tudo fechado! Onde tu estás?
- Do outro lado da rua, estacionado, te esperando!
- Bah, não vi mesmo...
- Mas é uma bocaberta! Huahuahua! Vamos em que lugar então?
...
E o diálogo se seguiu até decidirmos onde iríamos comer.
Sexta á tardinha, após pegar a Laura na creche, estava fazendo as últimas tarefas do dia, quando do cadeirão do carro ela me pergunta:
- Mãe?
- O que, filha?
- Tu é bocaberta?
Me lembrei na hora do telefonema e, segurando o riso, perguntei:
- Hã? Quem disse que a mamãe é bocaberta?
- O papai disse, no fuca.
- Não! Não sou não! O papai estava brincando...
- Ah, tá bom então.
Será que fui convincente?
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