Ritual noturno: tomar mamá, escovar os dentes, ler um ou dois livros, apagar o abajur, contar a história do escuro e aguardar a Laura fechar os olhos.
Muitas vezes adormeço junto, acordando tempo depois e me juntando ao Bruno na sala. Outras vezes, vou pra cama antes e o ritual fica por conta dele. Outras tantas, digo no ouvido dela que vou ao banheiro e já volto. Ela vira para o lado e capota o jipe antes de eu fechar a porta do quarto. Ainda tem aquelas vezes que quando começo a me levantar da cama, ela abre os olhos e bate a mãozinha no colchão dizendo:
-Deita aqui com a Laura, mãe!
Ontem, aconteceu isso. Atendendo ao pedido, me deitei novamente ao seu lado. Ela me deu um abraço, um beijo e tentou se ajeitar pra dormir de novo, mas notou que a cama está ficando pequena pra nós duas. Virada de costas pra mim, pegou no meu braço e disse:
- Mãe, pode dormir lá na tua cama. Boa noite.
Definitivamente, o bebê da casa cresceu.
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