sábado, 24 de novembro de 2012

Apetrechos natalinos

     Quem me conhece sabe da minha ojeriza pela época do ano a qual estamos adentrando. Não gosto de Natal. Acho esse período extremamente depressivo e apelativo. Aos primeiros indícios dos laços vermelhos e pinheirinhos enfeitados, murcho completamente. Quando era criança, nunca entendia porque o Papai Noel se vestia daquele jeito, se no Natal sempre faz calor. Quando fiquei sabendo que importamos uma cultura criada pela Coca Cola (sim, meus amigos, o Bom velhinho foi criação da Coca Cola) e investiguei a verdadeira história do Natal, me decepcionei de vez. Isso é assunto pra um post à parte, mas só pra instigar a curiosidade de vocês: alguém aí sabe que mês que Jesus Cristo nasceu? Não, meus queridos, 25 de dezembro é história da carochinha. Março é a resposta certa.

     Ano passado, a Laura era bem pequena, e pelo menos aqui em casa, o Natal passou em branco. Até porque nunca comprei nada que fizesse alusão ao evento. Teve ceia, troca de presentes e aquele ritual todo na casa dos parentes de ambos os lados, os quais nos revezamos todos os anos.

     Mas este ano, não tive como escapar. Vários amigos já haviam me indagado se o pinheirinho já tinha sido montado aqui em casa e me olhavam com aquela cara de: " E aí... o que será que ela vai responder? Sim, porque que ela não goste de Natal, tudo bem, mas agora tem a Laura!" 

     Ontem, num momento de lazer com a Fer Gudini (mulher do Kéko, que tem um sobrenome comprido e difícil de escrever...), a pergunta foi feita novamente. Como sempre, respondi que ainda não tinha providenciado nada e que não estava com pressa. Pois a Fer me respondeu prontamente: " Então vem comigo que eu preciso comprar uns arranjos de Natal novos lá pra casa, vai que tu te entusiasme?!". Revirei os olhos e fui, meio a contra gosto, mais pela parceria do que pela vontade de comprar algo.

     Lá chegando, a Fer foi pra um lado pra procurar as coisas que ela queria, e eu fiquei vagando pela loja, achando aquela bando de pinheirinhos, bolinhas e bonecos vestidos de lã um saco. Perguntei pra vendedora se ela tinha um Papai Noel de bermuda e camiseta, mais condizente com o nosso clima. Pra minha surpresa, ela respondeu que sim. Quando vi o bom velhinho do tamanho da Laura, de bermuda vermelha, camiseta floreada, chinelos de dedo e segurando uma prancha de surf, comprei na hora e entreguei pro Bruno, num pacote de presente bem lindo e grande. 

     Ele achou o máximo o Papai Noel, comentou que era a minha cara a vestimenta dele. Respondi que sim, que se temos que ter itens natalinos em casa, que sejam segundo o nosso clima, no mínimo. Brinquei que se ele me liberasse uma verba, compraria guirlanda, pinheirinho e demais apetrechos natalinos. Resultado: recebi o cartão de crédito dele  e a instrução: "Compra uma guirlanda bem bacana pra porta do nosso apartamento."

     Experiência no mínimo diferente, porque não sou nada consumista e não sei como montar uma guirlanda. No final, deixei a tarefa ao encargo da dona da loja, a Leti, entendida em montagem de guirlandas e pinheirinhos. Ah! Acabei comprando um pinheiro também. Nada convencional, pra seguir o estilo do papai noel dos trópicos, mas bem bonita.  

     A Laura adorou o Papai Noel. Sai caminhando com ele pela casa e põe o guizo da touca dele na boca. Está devidamente instruída a não mexer na árvore e nas suas luzinhas. A guirlanda ficou bonita (não tem nada em dourado e vermelho) e já está pendurada na porta do apê.

     Tudo isso pela Laura, que por ser criança, passará muitos anos acreditando que se ela se comportar bem durante o ano, o Papai Noel vai trazer um presente pra ela, tirado de dentro do seu saco vermelho, bla, bla, bla... A experiência nem doeu, achei que seria mais difícil, mas o espírito natalino ainda demora a me pegar, disso eu tenho certeza.

O Papai Noel Tropical. Esse sim é de fundamento ao meu ver!

A nossa guirlanda diferente.

Pinheirinho estilizado...

... e suas luzes.

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