segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Coisa que só a Déia faz por você - parte VI

- Volta de Porto Alegre, 23 de outubro. Vó Mari dirigindo, eu e a Laura no banco de trás. A neninha cansada de ficar no cadeirão, queria sair dali a qualquer custo. A mamãe então, cantou, brincou e fez o possível pra mantê-la sentada. Uma hora cocei meu nariz com a palma da mão, e a laura deu altas gargalhadas. Continuei com a brincadeira, e ela rindo muito. Até que finquei o dedo dentro da narina esquerda com toda a força. Doeu tanto que cheguei a lacrimejar. E a Laura sem ar, de tanto que ria de mim. Passado alguns segundos, senti o nariz sangrando. Aí comecei a procurar um lencinho de papel dentro da bolsa, e o nariz pingando. Estanquei o sangramento enfiando uma bucha de papel na narina. E a Laura sem ar, de tanto que ria de mim. Acho que ela está tendo consciência das coisas absurdas que eu consigo fazer na vida.

- Chegamos em Santo Ângelo pra deixar a mãe em casa. O Bruno foi ao nosso encontro e acabamos dormindo por lá. Eu estava muito cansada, e foi melhor não seguirmos viagem até Santa Rosa. Na hora do banho da Laura, enchi a banheirinha inflável dela no box do banheiro da mãe e do pai. Como tenho um sério problema em acertar a temperatura da água no chuveiro deles, a água da banheira ficou pelando de quente. Coloquei água fria e fui conferir a temperatura. Puxei a calça pra cima e coloquei o pé esquerdo dentro da banheira. "Água quentinha, que delícia", pensei. Como estava com frio e os pés gelados, coloquei o outro pé dentro da banheira, mas esqueci de levantar a barra da calça. Quando me dei por conta, estava com uma perna da calça molhada, aí fui levantar a calça do lado direito e soltei a outra, que ainda estava seca. Final da história: fiquei com os pés quentinhos, mas a calça molhada até as canelas. Tirei as calças, me enrolei na toalha e fui buscar a Laura na sala, pro banho. Não conseguia contar pra mãe e pro pai o motivo de eu estar enrolada na toalha, de tanto que eu ria. Eles, consequentemente, também começaram a rir e imaginar a razão da vestimenta inusitada. Quando consegui contar, as gargalhadas aumentaram consideravelmente.


- Véspera do aniversário da Laura. Primeiro banho de chuveiro em família. No início, a Laura ficou desconfiada, com medo e tal. Depois tudo virou festa. Saí do banho em trio, me sequei, coloquei o roupão, peguei a máquina fotográfica para registrar os momentos da nossa pequena no chuveiro. Feito  isso, busquei a toalha dela e fim de banho. Aí o Bruno me pediu a toalha de banho "dos adultos". Ah é, a toalha! Já te alcanço!". Saí de roupão, com a Laura no colo em busca da toalha pela casa. Procurei no quarto dela, no nosso quarto, na sala... e nada. Aí o Bruno viu que eu estava andando de um lado pro outro da casa à procura da toalha. Me chamou e disse: "Déia, na tua cabeça.". A toalha de banho estava enrolada na cabeça, e eu procurando a dita cuja pelo apartamento todo.

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