domingo, 18 de março de 2012

Deus e o cotidiano

     O relato do dia se resume em um fato cotidiano, corriqueiro que aconteceu aqui na casa dos meus pais agora há pouco.

     Como de costume, a Laura dormiu às 20:00, no quarto que era meu e da Camila, onde ficamos hospedadas quando viemos pra cá todo o início de semana. Split ligado, ela de pijama comprido, babá eletrônica à postos... quando lá pelas 22:30 noto que ela estava inqueta, acordada no cercadinho (que está servindo de cama). Quando entrei no quarto senti o calor escaldante que estava lá dentro. O split não estava funcionando e a Laura estava toda suada. Depois de tirar o pijama comprido pra evitar que estourasse o sarampo na neninha, fiz várias tentativas de fazer o bagunho funcionar e nada. Resolvi que dormiríamos na salinha da TV, que tem ar condicionado. Era o início da função...

     Fora os quartos, o restante da casa estava tomado por mosquitos famintos e desaforados. Depois de colocar SBP (terrível contra os insetos...) na sala e deixá-la fechada por um tempo, abri o sofá, coloquei o forro de cama, peguei coberta, travesseiro, liguei o ar, coloquei a Laura sobre o sofá, recoloquei o pijama comprido nela e eu e a mãe transportamos o cercadinho até a sala.  

     Com toda a movimentação, o sono da Belezinha foi-se pras cucuias e ela estava risonha, faceira e querendo conversa com quem passasse perto dela. Ficou cuidando os movimentos da nona Mana por toda a sala e se virava pra mim às vezes dando sorrisos como quem diz: "Que legal! Vamos dormir em outro lugar hoje!!"

     Depois de tudo organizado, coloquei a pequena no cercadinho  e pensei cá com os meus botões: "Essa guria não vai querer dormir tão logo... vai ficar acordada um bom tempo ainda." Pensei ainda que ela iria ficar manhosa, choroninha por conta do carnaval ocorrido.  De fato, ela demorou uns 15 minutos pra pegar no sono, mas pra minha grata surpresa, ficou quietinha todo o tempo, olhou um pouco de televisão e quando eu menos esperava, se virou pro lado e dormiu.

     Fiquei olhando aquela boneca deitada, toda querida dormindo segurando a fraldinha com as duas mãos e com o bico na boca e pensei de novo cá com os meus botões: "Que Deus conserve essa criança feliz e saudável, que ela tenha uma vida longa e se torne uma pessoa de bem", depois agradeci à esse mesmo Deus por ser mãe desse anjo e por Ele a ter colocado na minha vida.

     Mesmo com calor, sono e enfrentando uma mudança de ambiente no meio do descanso merecido, a Laura manteve o bom humor. Obrigada de novo, meu Deus, pois o gênio dela é tal qual o do pai.  Eu já estava ficando braba com o split e o mosquitedo enfarento.

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