O décimo primeiro mês da Laura chegou, e junto com ele uma preocupação. A falta de apetite da moça. Já comentei aqui que as horas das refeições têm nos deixado um pouco tensos, pois na grande maioria das vezes a Laura cerra a boca e não come por nada no mundo.
Ligamos pra Dra. Maria Antônia há uns 20 dias atrás pedindo socorro. Muito atenciosa, nos deu algumas dicas e nos emprestou um livro sobre alimentação infantil. Deu resultado. Paramos de forçar e a Laura começou a pegar a comida com as mãos e comer sozinha. Aceitava melhor os alimentos em pedaços, dados por nós com as mãos (colher nem pensar). Mesmo comendo com vontade, a quantidade era pouca, fora os dias que ela não comia quase nada.
Resultado: 67,5 (crescimento de 2 cm em comparação ao mês passado) e 7,100 Kg, ou seja, perda de 200 g que ela havia ganho nos 10 meses. Não é por falta de tentativa que ela não come. Nos esmeramos ao máximo pra tornar a hora das refeições prazerosa e tal, mas sempre acaba em choradeira e frustração. Escrevi aqui sobre o circo que eu e o Bruno fizemos pra que ela comesse. Agora, a cada colherada que ela engole, bate palminhas esperando a exclamação: "Viva a Laura!".
Entramos ontem com um medicamento que aumenta o apetite e um complemento alimentar. Pelo visto na janta, acho que vai funcionar. Ainda faremos uma ecografia da tireóide e um exame de sangue, pra descartar qualquer distúrbio que possa causar a inapetência.
Segundo a Dra., o mais provável é que tenha um fator genético envolvido, já que eu era uma sarna galega na hora de comer quando pequena. A mãe conta que eu só comia ao som de Cabocla ("Cabocla... seu olhar tá me dizendo que você tá me querendo...").
Tá aí então. Laura Turra Sala: é a cara do pai e puxou à mãe no stress da nora das refeições. Se ela puxou mesmo por mim neste aspecto, essa inapetência está com os dias contados, porque a mamãe aqui é boa de garfo.