segunda-feira, 2 de abril de 2018

Páscoa 2018

     Rotina de Páscoa totalmente modificada nesse 2018. Pela primeira vez, desde o nascimento da Laura, o Bruno não trabalha na madrugada nesta data, e na semana "Santa" nos mudamos pra uma casa.

     O relato da Páscoa 2017 me deixou em maus lençóis (pra quem não leu essa história... vale a pena!), já que a Laura me crivou de perguntas referentes ás pegadas brancas do coelho (feitas com Hipoglós por causa do chão do apartamento e pela inexistência de barro á mão).

     Esse ano, não teve confecção de ovos em casa devido á mudança, e a Laura passou a maior parte do tempo na Nona, em Tuparendi, com as primas que passaram o feriadão juntas (Belli, Martina e Helena).

     Na semana passada, a mãe veio me ajudar a encaixotar as coisas, e levou a crespa ao supermercado pra "encomendar" o ovo pro coelho. Feita a encomenda, ela relatou um dia, indo pra escola:

- Acho que o Coelho da Páscoa não existe.
- Porque tu achas isso, Laura?
- Por causa daquelas pegadas brancas que apareciam lá no apartamento. Tinha que ser de barro, e não brancas daquele jeito!
- Ah, mas ele deve ter pisado em algum pote de creme... sei lá!

     E desconversei, já imaginando como seria na casa, que tem piso claro. Não iria me escapar de fazer as pegadas de barro mesmo. 


     O relato das histórias dessa Páscoa me foram feitos pela tia It (que é madrinha da Laura) e pela "Laura grande", a namorada do Daniel, meu irmão.

     A tia Ita comprou um chocolate numa latinha da Moana pra dar de presente pra afilhada. Na caça aos ovos, a Laura encontrando a latinha, exclamou:

- Não pedi isso! Pode devolver!
- Mas o coelho deixou pra ti, Laura!
- Mas não foi isso que eu encomendei pra ele! Encomendei um ovo cor de rosa com uma boneca dentro. Esse coelho tem que respeitar o pedido dos outros! ( No caso, o ovo que a mãe comprou pra ela, e que estava escondido lá em casa).

     E a melhor parte ainda estava por vir. Com o dedo em riste, ela afirmou em alto e bom som pra quem mais quisesse ouvir:

- E tem mais: o coelho da Páscoa é uma fábula.
A Laura (do Dani), vendo a cara de dúvida e espanto da Helena e da Martina diante de tal afirmativa, indagou:
- Como assim, Laurinha? Ele não deixou ovos de chocolate pra ti?
- Não é o coelho que vem esconder essas coisas. São estranhos que entram na nossa casa e pintam o chão com aquela tinta, pomada branca...
- Acho que não, hein... como esses estranhos entram na casa se ela fica trancada?
- Minha mãe sempre deixa a casa aberta. Meu pai vive brigando com ela por causa disso. Por isso eles entram.

Abre parêntese.

O Bruno sempre me chama atenção pelo fato de eu não trancar a porta, deixar as janelas abertas...


Fecha parêntese.


     Fiquei sabendo que ela comeu os chocolates ganhos na Nona, mesmo discordando do ovo e tal.
Como ela dormiu na Nona do sábado pra domingo, me prestei a fazer um barro com a terra existente no nosso pátio e fazer as pegadas do coelho, no chão branco.

Eu, o Dani e a Laura fomos até Tuparendi buscá-la e fomos preparando a surpresa durante todo o trajeto:
- Olha, Laurinha... eu vi uma sujeirada na sala da casa... nem quis subir pra ver, mas acho que o coelho andou passando por lá.

- Ah é! Quando acordamos de manhã, escutamos uns barulhos na porta do teu quarto mesmo...

Afirmaram os dois...

     O vídeo confirma a reação da moça. As pegadas de barro foram um sucesso!
Não houveram mais perguntas depois delas (pelo menos por enquanto...).



Abaixo segue os relatos das Páscoas passadas, pra quem quiser ler.


Páscoa 2013
 Páscoa 2014
Páscoa 2015


Nenhum comentário:

Postar um comentário