terça-feira, 22 de julho de 2014

O primeiro galo

     Domingo à noite, alguns Bruns reunidos no lar, doce lar dos Turra Sala. Acabávamos de sentar à mesa no festeiro para saborear a especialidade culinária do Bruno; o carreteiro.
A Laura, que se negou a experimentar o "arroz especial do papai", estava em pé numa poltrona, brincando. Eu, estava separando os talheres, o Bruno estava colocando a panela na mesa e o restante do pessoal se acomodava nas cadeiras, prontos para o jantar. Aí, pensei com os meus botões: " A Laura precisa tomar cuidado, se não é capaz de cair dessa poltrona ainda...". Foi o tempo de eu terminar de formular a frase mentalmente pra ouvir uma batida seca no chão e o choro dela. Sexto sentido de mãe...

     Descrito acima o primeiro galo da Laura. Sabia que esse fato aconteceria mais cedo ou mais tarde. Não há criança que não tenha tido um galo na cabeça de tamanho considerável sequer uma vez.  Claro que nesses dois anos e quase nove meses a Laura já bateu a cabeça. Mas não à ponto de criar o famigerado galo. O primogênito, no caso, encontra-se na parte posterior da cabeça (ela caiu de costas no chão),  e mesmo ficando imperceptível por causa dos cachos, é sim, de tamanho considerável.

     Depois de devidamente acudida, acalmada e aninhada no colo, ela voltou às brincadeiras. Só lembrou do galo na hora de dormir, deitada de costas na cama:
- Mãe, o galo tá doendo!
Não podia deixar de perder a piada:
- Então deita de lado, se não ele vai começar a cantar!

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