quarta-feira, 9 de julho de 2014

Do contra II

     Não vi nenhum jogo da copa do Mundo padrão Fifa do Brasil. A copa das copas passou desapercebida. Larguei de um trabalho de 10 anos, mudei de casa, me envolvi muito com a mudança, o ap ainda não está 100% pronto (obras infinitas...)... tudo isso fez com que não fizesse parte da "pátria de chuteiras".

     Ontem, na hora do jogo, estava lendo um bom livro no sofá de casa. A Laura estava na TAO com o Bruno, assistindo ao jogo Brasil X Alemanha. Perdi a noção do tempo e quando me dei conta, os dois estavam chegando em casa. Era o fim do primeiro tempo. A Alemanha ainda fez dois gols, que vi porque o Bruno ligou a televisão. Vi a perplexidade nos olhos dele. Imagino a perplexidade nos olhos de muita gente.

     Mas cada vez mais me considero do contra. Minha tristeza não foi pelos 7 gols sofridos pela seleção brasileira ontem. Fico triste em ver que o povo quer pão e circo, e que o voto é trocado por uma churrascada de final de semana. Me entristeço quando vejo tanta gente sem acesso á saúde de qualidade nesse país.  Fico triste, bem triste quando vejo a educação indo de mal a pior. Minha tristeza aumenta consideravelmente quando sou obrigada a pagar impostos altíssimos  - que, na minha inocente conclusão, deveriam ser revertidos em melhorias pro País, pro Estado e pro Município -;  mas não são.

     Chorar, me escabelar porque o Brasil perdeu feio da Alemanha? Não. Sinto vontade de chorar e de me escabelar quando percebo que esse país vai demorar muito pra entrar nos eixos. Sou do contra. Tão do contra que ficarei feliz se a Argentina levar a taça.



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