domingo, 24 de novembro de 2013

"A televisão me deixou burro, muito burro, demais...".

     A televisão sempre fez parte da minha vida. Me lembro que antes da chegada da Camila e do Daniel, quando criança,  eu, o pai e a mãe assistíamos as novelas das 8 da Globo. Nas manhãs me divertia com a Turma do Balão Mágico e o Fofão. Depois, maiorzinha, me tornei fã da Xuxa. Mais velha um pouco, não perdia nenhuma novela e adorava assistir a TV Pirata. Teve uma época que eu assistia todas as novelas da Globo e sabia mais ou menos as últimas 3 ou 4 que tinham passado antes daquela que estava no ar. 

     Família formada e a televisão sempre ligada. A que mais ficava na frente da TV era eu. Só a desligava na hora de ler meus livros, estudar e dormir. Me lembro de ser repreendida pelo Tio Nola várias vezes. Ele dizia que televisão era perda de tempo. Eu ficava sem entender como alguém podia não gostar de televisão (hoje entendo).

     Com o passar dos anos, a televisão deixou de ser o principal eletrodoméstico em casa. Ficava mais tempo lendo, escutando música ou no pátio com a Camila e o Dani. Quando fui morar fora pra estudar, continuei com o hábito da novela das 8 (que virou das 9) e algum programa que outro, até porque estudava bastante e, morando na praia, só ficava na frente da TV quando chovia muito e a turma se reunia pra assistir algum filme legal. Nessa época teve início a febre dos reality shows. Até assisti às primeiras edições do tal de Big Brother, mas percebi que não era lá grande coisa e larguei de mão isso também. 

     Programas que mostram o drama das pessoas, reformam casa, carro, pagam rancho e dão banho de loja pra guriazinha... tô fora. Gugu enfarento, Fausto ex gordo e chato mor, Silvio Santos octogenário... não me pegam. Nunca gostei disso. Só assisto televisão no final de semana se fico doente ou se vem o mundo abaixo de chuva, o que me impossibilita de sair de casa; e mesmo assim dou preferência em assistir algum filme. Telejornal que apela pro sensacionalismo, onde o apresentador fica gritando por justiça aos quatro ventos... me nego a assistir.  

     Depois de casada, colocamos TV por assinatura em casa. Comecei a pensar que ou eu virei muito seletiva em relação ao que me interessa assistir ou o conteúdo da televisão decaiu consideravelmente de um tempo pra cá. 

Na casa dos meus pais, tem dias que a televisão só é ligada a fim de auxiliar o pai a pegar no sono, na hora da sestia (ainda não inventaram sonífero melhor). Definitivamente, ela deixou de ser a queridinha da casa. Seu Turra e Dona Mari  sabem que há coisas na vida bem mais interessantes a fazer.

     Então chegou a Laura, e o meu tempo na frente da televisão diminuiu mais um pouco. Prefiro mil vezes ficar brincando com ela do que ficar assistindo o que quer que seja. Nesses dois anos de maternidade, a última novela das 9 que eu assisti de cabo a rabo foi Avenida Brasil (inesquecível Carminha...). Depois dessa, não acompanhei mais nenhuma, e pra ser bem sincera, não sinto a mínima falta. 
  
     Tem uma música dos Titãs que diz: "A televisão me deixou burro, muito burro, demais...". Concordo. Tudo o que é demais, faz mal. Dá pra continuar assistindo TV, mas moderadamente. 

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