quarta-feira, 17 de novembro de 2021

Essa é das boas

      Quem me conhece (ao menos um pouco) sabe que tem certas coisas que a maioria das pessoas gosta e eu não.

     Natal, som alto são algumas dessas coisas; a outra, é gênero musical super, hiper, mega difundido chamado Sertanejo Universitário (e todas as suas vertentes modernosas). Infelizmente, pra mim, é a coisa que mais toca no Brasil há anos. Há pouco tempo, faleceu a Marília Mendonça, e eu nem sabia quem era. Conheço (de nome) algumas duplas dessas novas (novas pra mim...) ainda do tempo que o Bruno tinha a TAO (lá se vão mais de 3 anos que ele mudou de ramo), mas não tenho nem ideia das letras das músicas. Não curto.

     Muito escutei Chitãozinho e Xororó, Milionário e José Rico, Chrystian e Ralf, Leandro e Leonardo... os sertanejos das antigas, e até gosto de escutar algumas músicas desse tempo, no máximo 2 ou 3, e tá bom). Quando escuto os sertanejos e demais canções que nos instigam a cortar os pulsos com bolacha maria (hoje em dia chamam de "sofrência"), exclamo:

- Essa é das boas!

     Na grande maioria das vezes a Laura está presente quando eu exclamo minha admiração pela velha guarda do gênero musical em questão. Essa introdução toda foi pra contar um episódio que aconteceu semana passada.

     Estava voltando do trabalho (Camboriú) e parei no aniversário de uma corretora, colega de trabalho do Bruno. A comemoração aconteceu numa adega de Itapema, e tinha um músico que tocava "de um tudo", (voz, violão e volume aceitável) pra minha alegria.

     A Laura está curtindo uma música do Seu Jorge (Amiga da minha mulher). Estávamos curtindo o som e ela veio:

- Mãe, vai comigo pedir pra ele tocar a música do Seu Horge?

- Vai tu, filha!

- Ai... eu tenho vergonha.

- Vergonha do que? O máximo que tu vais escutar é que ele não sabe tocar a música que tu queres. Só isso.

- Não quero ir sozinha.

     Então o Pablo, nosso amigo e também colega do Bruno, se ofereceu pra ir com ela.

- Vamos, Laura; vou pedir uma música pra ele também.


     Após alguns minutos, volta o Pablo rindo muito, nos contando o que a Laura conversou com o músico.

- Oi! Tu sabe tocar aquela: "Ela é amiga da minha mulher, pois é, pois é..."

- Ah... conheço essa música, mas não sei tocar ela não. Desculpe.

- Ah... que pena. Toca "boate Azul pra minha mãe, então".

Virou as costas e saiu.


     Após escutar umas duas músicas, ela me contou que o músico não sabia tocar o que ela queria e que havia pedido uma pra mim. 

- Pedi "Boate Azul".

- Por que Boate Azul?

- Porque quando toca essas coisas antigas tu sempre diz: "Essa é das boas!"


Laura, Laura... a cada fase nos surpreendendo e nos divertindo mais. Essa é das boas!



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