Eu e a Camila, minha irmã do meio, temos 7 anos de diferença. Portanto, quando eu tinha 12 anos, ela estava caminhando pros seus 5, e era época da Vamp, aquela novela da Globo que fez um baita sucesso. A Camila virou a Natasha (Claudia Ohana) e dizia pra todos que ela era uma "rampira".
Eu corrigia:
- É vampiro, Camila.
- É RAMPIRO.
Afirmava ela com uma certeza que intimidava o mais letrado dos professores de português. Sempre que ouço a palavra vampiro, me lembro da Camila e quando me dou por conta, estou rindo.
A Laura tem uma dicção tri boa, desde cedo, e sempre que ela pronuncia uma palavra errada, nós corrigimos. Hoje, na volta da escolinha, passamos num lugar onde havia bandeirinhas de São João penduradas, e ela logo percebeu:
- Olha ali, mãe. Vai ter festa "carpira"aqui?
- Acho que vai. É "caipira, filha.
- Carpira.
- Caipira.
- Foi o que eu disse: carpira
- T'a... então diz "cai".
- Cai.
- Agora "pira".
- Pira.
- Agora junta tudo: caipira.
- Carpira.
Comecei a rir com o enrolar da língua que ela fazia pra pronunciar o "carpira", e resolvi fazer uma associação:
- É como "caipirinha", só que tu tiras o "inha" e fica caipira.
- Ai... não vou mais dizer "caipirinha". " Carpirinha" , "carpira" e pronto!
Pelo jeito a dinda Camila arrumou uma seguidora à altura.
Nenhum comentário:
Postar um comentário