quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Cozinheira, madrasta e "pum di mim"

     Encontro da gurizadinha no Boliche: Pedro (2,5 anos), Henrique (3,8 anos) e Laura (3,1 anos). Os piás, tri queridos, interagiram de primeira e foram brincar no Espaço Kids. A Laura, por ser a única menina, ficou pelas beiradas, sussurrando que não queria brincar com os guris. Se contentou em ficar subindo no gradil que limitam as pistas do boliche. Tentei intermediar uma aproximação:
  - Laura, acho que os guris estão com fome! Quem sabe tu preparas uma comida bem gostosa pra vocês comerem! 
- Mas eu não sou cozinheira! Não tenho chapéu de cozinheira, nem avental de cozinheira... não posso fazer comida pra ninguém assim!
     Então o Henrique se propôs a cozinhar, e a brincadeira do trio engrenou.



     A onda da vez é contar histórias durante o almoço. A do João e o pé de feijão eu contei umas 6 vezes só durante um meio dia lá em casa. Ontem, almoçamos somente eu e a crespa. E o pedido da história veio na primeira garfada do arroz e feijão.
- Mãe, conta uma história!
- Tá. Hoje vou contar a história do João e da Maria.
     E comecei com o habitual "Era uma vez...". Falei da madrasta que queria abandonar as crianças na floresta...
- Que que é madrasta, mãe?
Expliquei que na falta da mãe ou quando o pai casa com outra mulher, ela vira madrasta dos filhos e tal... tentei usar um vocabulário condizente com a idade dela. Aí, pra mostrar que madrasta pode ser uma coisa legal:
- Sabia que eu sou madrasta da Mana Luiza?
    Nessa hora, ela me olhou com um ar melancólico, como se tivesse sentindo muita, mas muita pena de mim. Colocou as mãozinhas no meu rosto, uma de cada lado da bochecha e disse, me confortando:
- Mas mãe... tu não é madrasta. Olha a tua cara!!
Aí teve início toda uma conversa sobre madrastas boas e más... 
Á noite, quando o Bruno voltou pra casa, ela contou, em tom de confidência, a novidade pra ele.


     Brincando com a Bella, estávamos sentadas no corredor do apartamento, o lugar predileto da peluda correr atrás do seu pinguim. Numa das corridas da Bella, a Laura diz:
- Hummm, tô sentindo um cheiro ruim.
- Engraçado, eu não senti nada, filha!
- Ah, já sei! Foi um "pum di mim". 
Ainda bem que eu já estava sentada, porque me atraquei numa gargalhada com o "pumdimim" que até ela me acompanhou.

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