Sexta pela manhã, a Laura se levantou e veio correndo em minha direção. Me abraçou, com um sorriso largo no rosto:
- Feliz dia das mães! Te amo!
Retribuí o abraço e agradeci. Entendi o carinho dela. Naquele dia seria a apresentação da escola, então dia das mães.
Então, hoje, é oficialmente o dia das mães. O Bruno trabalhou a noite inteira, chegou em casa ás 7:30 da manhã. Como de costume, foi sapear na televisão e acabou dormindo no sofá.
Fui acordada pela Laura, ás 9:30, esperando outro abraço como o de sexta.
- Bom dia mãe. Vamos levantar?
- Bom dia, filha. Vamos sim.
Prontamente ela abriu a persiana do nosso quarto e saiu de lá, enquanto eu ainda tentava abrir os olhos. Cheguei na sala, recebi um abraço, um beijo e um parabéns do Bruno, que despertou quando a Laura passou por ele em direção á cozinha. Ele perguntou pra crespa:
- Laura, sabe que dia é hoje?
Não obtendo resposta, ele me perguntou onde ela estava. Respondi que ela estava na cozinha, abrindo a geladeira. Novamente ele pergunta:
- Sabe que dia é hoje, Laura? Dia das mães! Vem dar um abraço e um beijo na mamãe!
A resposta foi surpreendente:
- Ninguém me dá comida!
Caímos na risada. Passado um tempo, nos encontramos no banheiro. Eu escovando os dentes e ela sentada no vaso, fazendo xixi.
- Hoje não é mais teu dia, mãe.
- Como não?
- Não. Já passou.
E me olhando com uma cara de desalento, completou:
- Que pena, né?
Depois de gargalhar novamente, fiquei pensando na romantização que ocorre em datas como hoje. E em como as crianças são espontâneas. O dia das mães pra ela já foi comemorado. Deu pra bola!
Agora, o Bruno foi pro quarto e mais tarde almoçaremos na minha sogra. Quem sabe eu ganhe mais um abraço de dia das mães da Laura. E se não ganhar, tudo bem. Ganho beijos e afagos todos os dias.
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