quarta-feira, 1 de abril de 2015

Dentista menina, dentista menino.


     No final de semana passado, fizemos uma janta pros nossos sempre vizinhos Paulo e Vania (mais e senhorita bochechas Valentina) e pra um casal que a gente gosta bastante, e que estávamos devendo uma bóia há horas: a Karini e o Tiago (mais o Henrique, amigão da Laura e dono do topete mais lindo da região). Ambos dentistas.  O Henrique e a Laura brincaram muito e se deram tri bem. Ainda naquele dia, a Laura começou a se queixar de dor de dente. Estranhei... mas não dei muita bola. No domingo, mais queixas, aí disse que iria levar ela até o consultório pra que eu pudesse examinar os dentinhos. Recebi uma negativa como resposta. Aí disse que levaria ela em outro dentista. E me lembrei de comentar que os pais do Henrique são meus colegas de profissão.

- Laura, lembra da tia Karini? A mamãe do Henrique que jantou lá em casa?\
- Ahã.
- Ela é dentista!
- Que legal!
- E o pai do Henrique também é dentista! Legal, né?
- Mas ele é menino!
- E daí?
- E daí que só menina pode ser dentista.
- Menino também pode, filha!
- Não pode nada, mãe! Aí ele é... é... dentisto. Eu disse que não pode!

      Nunca tinha me dado por conta, mas a Laura só conhece dentistas mulheres. Eu, a Camila (minha irmã e dinda dela) e a Daia (minha parceira de consultório em Santa Rosa). E que o nome dentista, na cabeça dela, pela terminação, se refere a uma profissão exercida por meninAS. 

     Nessas horas a gente aprende a controlar o riso e a das as devidas explicações aos pequenos. Depois de esclarecidos os pontos sobre os dentistas e as dentistas, fiquei me lembrando do nosso diálogo e rindo (agora sim, sozinha).

     Ah! O que doía era uma afta, que já cicatrizou mas que continua rendendo assunto em casa.


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