quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Laura "Emília" Turra Sala

     Pais e mães, proponho uma brincadeira: imaginem todos os personagens de desenhos, séries e contos infantis que povoam a imaginação tanto das crianças quanto às suas. Vocês podem incluir tanto os atuais (Shrek, Wood, Ana e Elza, a Porca Pepa, MonstersHight...) quanto os antigos (Thundercats, Penelope Charmosa, Smurfies, Chaves...).


     Agora, pensem naquele personagem que o seu(s) filho(s) ou filha(s) mais se assemelham, levando em conta as atitudes, o temperamento, o comportamento diário...  Eu sempre faço esse tipo de analogia com os filhos e filhas dos nossos amigos e conhecidos.

     Exemplos: O Pedro (Sandro e Gio) é o Relâmpago McQueen, sem tirar nem por. Ele se acha um carro, literalmente. Quando está cansado, diz que ficou sem gasolina, ou que o pneu furou... além de ser gente boa e determinado como o personagem do desenho que ele tanto adora.  A Maitê (Balão e Carol) é a Princesa Sofia. Meiga, delicada, carinhosa, compreensiva, mimosa... Há ainda aquelas crianças que lembram tanto a mãe ou o pai que fica difícil encontrar um personagem pra elas, como a Camila, que é amada, querida e desastrada como a mãe Milena e o Vitor, que parece ter uma pilha Duracell com carga permanente, como o pai João Artur.  

     A Laura, na minha opinião, é a versão criança da Emília, do Sitio do PicaPau Amarelo. Entretenimento de primeira linha, desde dos meus áureos tempos de criança, o Sítio fascina até hoje. Há  uma versão em desenho aminado, muito legal. E a cada episódio assistido com a crespa, tenho a certeza da semelhança dela com a boneca de pano. Brincalhona, esperta, faladeira, aventureira, birrenta, mandona, emburrada, linda e irresistível.

     Esses dias estávamos numa festa infantil onde havia um escorregador imenso e várias fantasias disponíveis pras crianças. A Laura escolheu a da Emília. Ali pude testar minha teoria. Ela começou a subir pela grande escada e escorregar no brinquedo. A crespa (agora com a peruca cor de laranja e amarela da Emília) era só sorrisos com os amigos e as monitoras.  Logo que se familiarizou com a coisa, resolveu subir pelo escorregador, trancando a passagem das outras crianças. Uma monitora chamou a atenção dela, dizendo que ela deveria subir pela escada pra não correr o risco de se machucar caso um amiguinho escorregasse onde ela estava tentando subir. 

      A monitora falou com todo o jeito, mas bastou pra ela ficar com um beiço do tamanho de um bife e enfezar a cara. Sentou-se na escada, cruzou os braços e fez a expressão que a Emília faz quando é contrariada pela Narizinho ou pelo Pedrinho. A pobre da moça veio me contar o ocorrido (que eu havia presenciado de longe), cheia de dedos, preocupada com o burro da Laura. Tranquilizei-a dizendo que estava tudo certo, e que quanto menos ela tentasse conversar e brincar com a crespa naquele instante, melhor.

Passados alguns minutos de total burro e cara amarrada, ela deu uma olhada de desdem pra monitora que a repreendeu, se levantou da escada, deu uma ajeitada na cabeleira colorida e saiu rumo ao escorregador pra seguir brincando, bem ao estilo Emília. 

Caras e bocas da Laura Emília Turra Sala.


Birrenta, mas irresistível com esse jeito de ser...
O momento do "emburramento" e lá no canto a amiga Camila, analisando a cena.

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