quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Expressões

     Em Porto Alegre, em dezembro, os 3 dentro do taxi e o ar condicionado do veículo estava em uns -5º (pelo menos pra mim que estava recebendo a vento todo e com os braços e pernas arrepiados).
- Tá com frio, mãe?
- É... um pouco.
     
     O taxista, gentilmente mudou a direção do vento e aumentou um pouco a temperatura do ar condicionado. O Bruno perguntou pra pequena:
- E tu, Laura; também estás com frio?
- Não, pai! Eu tô quentinha!
- Então puxou ao papai! Eu também tô bem quentinho!
... passados alguns segundos, ela indagou:
- Puxei com o que?
- O que?
- Puxei com o que?
- O que?

     Sim... confusão armada. Os dois não se entendiam. Resolvi ajudar:
- Como assim, puxou com o que, filha?
- O pai disse que eu puxei ele. Mas puxei com o que: corda, com a mão? Não entendi!

     O Bruno então, explicou pra ela que aquele era um jeito de dizer que ela se parecia com ele em se tratando de não sentir tanto frio; de uma maneira lúdica, que ela entendeu no fim das contas. Eu, o Bruno e o taxista comentando como usamos expressões pra nos comunicarmos com as pessoas. E como deve ser difícil pra um estrangeiro entender tais expressões. 

     Chegando ao nosso destino, comentei que tinha sido bom sair de casa antes, caso contrário teríamos que voar as tranças pra não nos atrasarmos. Os 3 adultos riram. Automaticamente a Laura me olhou com uma cara como quem diz: "Como assim: 'voando as tranças'??"
. Ela, com cara de desconfiada, comentou:
- Vocês dizem cada coisa...








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